São Paulo, quarta-feira, 11 de maio de 2011

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RUY CASTRO

Conspirações

RIO DE JANEIRO - Segundo a teoria da conspiração, Getúlio Vargas não se matou com um tiro em 1954. Foi morto com vários tiros pelos homens de Carlos Lacerda, que entraram pela janela de seu quarto no Catete quando ele estava na cama com a vedete Virginia Lane. A própria Virginia garante que foi assim. A carta-testamento, o pijama listrado com um só buraco de bala, a ira de seus inimigos pelo suicídio que o imortalizou, é tudo ficção.
O presidente John Kennedy, por sua vez, não foi assassinado por um atirador solitário, Lee Harvey Oswald, em 1963, mas por elementos que foram a Dallas naquele dia para executar o plano macabro. Entre estes, estavam Richard Nixon (que nunca se conformara com a derrota para ele em 1960), Aristoteles Onassis (já de olho na sua futura viúva, Jacqueline), Frank Sinatra (porque Kennedy fora à Califórnia e se hospedara na casa do republicano Bing Crosby) e o muito jovem Oliver Stone (que, décadas depois, faria um filme bobo a respeito).
E quem disse que o homem chegou à Lua em 1969? As cenas mostradas na televisão foram filmadas em Pinewood, Londres, por Stanley Kubrick, com a tecnologia desenvolvida para "2001: Uma Odisseia no Espaço". Além disso, a bandeira americana pode ser vista tremulando -o que seria impossível na Lua.
Por fim, as torres gêmeas de NY não foram atingidas por aviões no 11/9, ou não teriam desabado daquele jeito. Foram implodidas com dinamite plantada por George Bush para justificar a invasão do Iraque.
Da mesma forma, não importam a declaração oficial da Al Qaeda, os vídeos mostrando o interior da fortaleza, os relatos dos moradores de Abbottabad e o consenso universal da imprensa. A teoria da conspiração garante que Osama bin Laden não morreu, nem foi jogado no mar. Está a salvo em algum ponto do globo, jogando baralho com Glenn Miller, Ulysses Guimarães e o monstro do lago Ness.


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