São Paulo, quinta-feira, 11 de agosto de 2005

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

PAINEL DO LEITOR @ - leitor@uol.com.br


Acusações ao governo
"O STF distribui habeas corpus para indivíduos que prejudicaram toda a nação. O procurador geral da República recusa a delação premiada. Nos dois casos, as ações propostas poderiam revelar de vez o atual esquema de corrupção. O presidente da Câmara segura processos do interesse do seu grupo e do governo. Lula diz não saber de nada, e toda a sociedade aceita essa enganação passivamente. Todos querem evidências materiais de crimes quando o comportamento do bando, por si só, já o é. Desse jeito, Roberto Jefferson vai se tornar o acusado mais simpático de toda essa história: foi o único que, sejam quais forem os motivos, mostrou a deformação da estrutura pública do Brasil."
Gabriel Bombonato (Brasília, DF)

 

"De nada adiantam os fantasiosos e manipulados índices de desenvolvimento social divulgados pelo atual governo: a realidade nua e crua do Brasil depõe contra eles. Nem os discursos populistas do "pseudopresidente" Lula, recheados de desgastados chavões, e as suas acusações de estar sendo vítima de um golpe, maquinado pela imprensa e pelas elites (ora, este é o governo das elites!). O destino do PT e de todos os pivôs desta crise política, incluindo Lula, será a lata de lixo da história. Eu e 52 milhões de brasileiros elegemos Lula e o PT para serem diferentes de tudo já visto. É lamentável e perverso que eles tenham optado por ser simplesmente "indecentes"."
Túllio Marco Soares Carvalho (Belo Horizonte, MG)

 

"Lula nunca escondeu seu fascínio pelos palanques e, desde sua posse, "governa" como se estivesse em um. Mas, em tempos de CPI, ele está totalmente omisso: disfarça e segue procurando alguma obra para inaugurar, algum palanque para subir, algum boné para colocar. Seria bom pôr o do PT, só para variar. Uma atitude, uma postura, é o que esperam os milhões de brasileiros que o elegeram e principalmente os que não o elegeram."
Camila Razzante (São Caetano do Sul, SP)

 

"Se a intenção da camarilha era transformar o PT no PRI (Partido Revolucionário Institucional) do México, então nosso Jefferson merece ser transformado em herói nacional."
João Bosco Conegundes (Belo Horizonte, MG)

A mídia e o presidente
"Permitam-me parabenizar o grande jornalista Clóvis Rossi pela lucidez de seu texto "Crise, humor e grandeza" (Opinião, pág. A2, 4 de agosto). Respeito é bom e o povo gosta. A mídia televisiva, como no programa "Casseta e Planeta", foi desrespeitosa com o presidente Lula. Às vezes penso que a mídia se coloca acima dos deuses. Há excesso, sim."
Maria Mira Kairuz Bordin (Presidente Epitácio, SP)

Manifestação
"Equivoca-se a nota do Painel ("Lista de chamada", pág. A4 de anteontem) ao tratar como pró-governo o protesto da UNE que será realizado em 16 de agosto em Brasília. A manifestação exigirá a apuração de todos os casos de corrupção e a punição exemplar dos corruptos e dos corruptores. Como saída para a crise defendemos, além das investigações, uma profunda reforma política, com financiamento público exclusivo de campanhas e fidelidade partidária".
Vinícius Resende, assessor de imprensa da União Nacional dos Estudantes (São Paulo, SP)

Olívio Dutra
"Em relação ao patrocínio de sua defesa, em duas ocasiões, pelo escritório de advocacia de Aristides Junqueira (Painel, pág. A4 de anteontem), o ex-ministro Olívio Dutra esclarece: 1) Foi o então presidente do PT, José Genoino, quem fez a indicação, a partir de uma relação institucional e de confiança sobre a qual, na época dos fatos, não cabiam questionamentos sobre supostas irregularidades na forma de pagamento, das quais só agora se tomou conhecimento. 2) O ex-ministro sempre pagou em dia suas contribuições financeiras ao PT, assim como milhares de filiados, o que torna legítimo o patrocínio de sua defesa pelo partido e supor ser essa a fonte dos recursos. 3) Aristides Junqueira é conhecido por sua retidão e competência profissional, e assim agiu nos dois casos nos quais patrocinou a defesa de Dutra. 4) No primeiro, o inquérito criminal pelo não-pagamento de precatórios como governador do Estado foi arquivado, sem a abertura da ação penal; o atraso nos pagamentos não foi por vontade do governante, mas pelas dificuldades financeiras do Estado. 5) No segundo, a ação por suposto favorecimento eleitoral movida pelo PSDB foi considerada improcedente em primeira instância, o que foi confirmado por unanimidade no TRE."
Laerte Meliga, ex-subsecretário de Planejamento, Orçamento e Administração do Ministério das Cidades (Brasília, DF)

Biblioteca Mário de Andrade
"Tendo em vista a carta de José Castilho Marques Neto, ex-diretor da Biblioteca Mário de Andrade, publicada por esta seção em 1º/8, venho esclarecer: 1) Não é intenção da atual administração da Secretaria da Cultura ou da Biblioteca Mário de Andrade "destruir ou apequenar o que foi duramente conquistado". De fato, realizações da gestão anterior tiraram a biblioteca do imobilismo e lançaram bases que contribuem para sua recuperação institucional. 2) O processo de decadência da Biblioteca Mário de Andrade, no entanto, é profundo e persistente. Sua recuperação depende da concretização de uma série de atitudes administrativas voltadas para a restauração de seu edifício, a ampliação de seus espaços e a modernização de suas coleções e seus serviços. 3) Decidiu-se pela revisão do projeto de reforma desenvolvido na gestão anterior em virtude da disponibilidade de recursos e de soluções alternativas consideradas mais adequadas."
Luís Francisco Carvalho Filho, diretor da Biblioteca Mário de Andrade (São Paulo, SP)

Lucros dos bancos
"Tente deixar por um mês qualquer quantia, irrisória ou portentosa, na poupança bancária. No mesmo momento, tente deixar de pagar a mesma quantia a qualquer banco no Brasil. Ao final do mês, os resultados serão bastante antagônicos. Do lado do poupador, haverá uma grande desilusão com os parcos ganhos obtidos. Já as instituições financeiras estarão rindo à toa diante dos lucros com os juros sobre a dívida do cliente. Há pelo menos três décadas nós, cidadãos brasileiros, convivemos com esse sistema financeiro perverso e injusto. Tinha esperança de que tudo isso mudasse com a chegada de Lula à Presidência. Ao final do terceiro ano, não só as esperanças se foram como aumentou em progressão geométrica a minha revolta. Há algo de errado nessa política econômica adotada no Brasil desde a subida dos neoliberais. Enquanto eu, cidadão comum, e boa parte do setor produtivo brasileiro vamos "descendo a ladeira" social, os bancos e outras instituições financeiras propalam lucros históricos."
Walland Silva (São Luís, MA)

País do futebol
"No futebol, quando o presidente do clube acha que as coisas não vão bem, ele demite, sem pestanejar, comissão técnica, diretores de futebol e outros. O presidente Lula dormiu no ponto. Quando percebeu que o governo rumava para um desastre, deveria ter demitido todo o primeiro e o segundo escalão, além dos milhares de apadrinhados, para que sua credibilidade não despencasse. Enquanto isso, nós, brasileiros, vamos torcendo pelo nosso futebol, pulando o Carnaval e tomando nossa cerveja."
Valentim Granzotto (São José do Rio Preto, SP)


Texto Anterior: Augusto de Franco: Salvando o governo do naufrágio

Próximo Texto: Erramos
Índice


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.