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Huck e Ferréz
"Ferréz e Huck defendem seus lados na guerra que se instala na sociedade. Eles são resultado de uma
sociedade errada, permissiva, consumista, corrupta e cada vez mais
sem família. A desesperança que
sinto ao ouvir Mano Brown é a mesma que sinto ao ler textos hipócritas de burgueses sulistas bem-sucedidos."
FÁBIO AUGUSTO DA SILVA SALVADOR (Curitiba, PR)
"O policial Roger Franchini será
punido por ter dito que sabe onde
está o relógio do apresentador Luciano Huck. Ora, isso faz lembrar a
antiga fábula na qual um rei desfila
pela sua cidade totalmente despido
e toda a população finge não ver isso
até que um garotinho diz: "o rei está
nu". A criança pode ser ingênua,
mas com certeza não está contaminada pelo cinismo dos adultos."
REGINA TEIXEIRA DA SILVA (São paulo, SP)
"Uma boa polêmica.
Acho que essa foi a intenção de
Ferréz. Ou alguém pensa que só a
classe média "cansou" desse estado
de coisas? E os que sempre viveram
na pior, catando no lixo a sua sobrevivência? Esses não contam mais,
são "derrotados", como falariam
aqueles jovens bem nascidos que
andam espancando "pobres" e queimando índios pelo país afora.
E Luciano despertou do seu sonho de comunicador global."
CARLOS SÁ (São Paulo, SP)
"Impressionante a reação das
pessoas contra o livre direito de expressão de Ferréz. Lamentável é a
falta de percepção de que, enquanto
se tentar tratar o problema da violência urbana apenas por meio de
conceitos morais e religiosos, não
se ajudará em nada na solução do
problema. O texto de Ferréz foi um
alerta sobre o que realmente ocorre
hoje em nossa sociedade. Quem
quiser que continue imaginando
que esses episódios são conjunturais e passageiros; pior ainda, imaginando que polícia é a solução."
PAULO DE TARSO S. SANTOS (Jaguariúna, SP)
O caldeirão do Ascher
"Nelson Ascher ("Entre Hobsbawm e Huck", Ilustrada, 8/10)
sentenciou que "não houve no
mundo sistema mais desprezado e
odiado por suas vítimas" que o comunismo. Ao acrescentar que
"mesmo o nazismo foi mais popular, pelo menos entre os alemães", o
colunista deixa claro que não são só
os esquerdistas que se distinguem
das pessoas normais e racionais.
Comunismo, socialismo, PT, historiadores, islamismo e terrorismo
são ingredientes da mesma sopa no
"caldeirão do Ascher". Uma sopa de
detritos, tendo como tempero principal o mito de Che Guevara.
Entre Hobsbawn e Huck, ainda
fico com o primeiro, irracional que
sou. Já entre Ascher e Huck, fico
com o segundo, pelo menos no que
diz respeito ao talento para redigir
um texto."
MARCIO J. C. FARIA (Bragança Paulista, SP)
"O texto de Nelson Ascher, que a
princípio me parecia apenas mais
um texto reacionário, tocou-me
profundamente. Primeiramente
pelo desrespeito ao maior historiador ainda vivo do mundo, Erick
Hobsbawm. Além disso, Ascher,
conseguiu, sabe-se lá como, "linkar"
a entrevista deste escritor (publicada semana passada) com o artigo de
Luciano Huck de 1º/10.
Acho que o senhor Ascher não seria capaz de compreender, por
exemplo, o texto de Ferréz. Acredito que, para ele, assim como para
parte da população brasileira, não
há população excluída, não há miséria e, conseqüentemente, não há revolta. Para essas pessoas, o discurso
da falta de qualificação ou da "preguiça" dos pobres explica tudo."
MOAB L. COSTA (São Paulo, SP)
Tropa de elite
"Na entrevista com José Padilha
no "Roda Viva" de segunda-feira
surgiu uma pergunta desconcertante: a descrença nas instituições
de Justiça não seria um componente da explicação do comportamento
dos policiais quando executam
aqueles que prendem? Essa foi a
pergunta de um membro da Polícia
Militar do Rio de Janeiro. Eis a profecia que se cumpre por si mesma:
se as instituições não são capazes de
fazer justiça, os policiais a fazem, o
que alimenta a descrença, a violência, a barbárie. A pergunta, feita
com ares de indagação, soou muito
mais como justificativa.
O debate sobre o filme "Tropa de
Elite" começa a dar face aos argumentos e sujeitos de um universo
que a ficção, com certeza, ainda não
deu conta de revelar."
EDNA APARECIDA DA SILVA , socióloga (Marília, SP)
Família
"A Revista Família Brasileira
(7/10) mostrou uma triste realidade para muitas mulheres brasileiras. Ou a pesquisa foi centrada em
algumas classes em particular ou a
mulher brasileira ainda sofre preconceito do machismo terceiro-mundista no país.
Um homem de mais de 50 anos
ter 30 vezes mais chances de se casar novamente (ou pela primeira
vez) do que uma mulher da mesma
idade, ou uma mulher aos 40 já estar "fora do mercado matrimonial",
demonstra o espírito tosco e superficial não só dos homens, que escolhem as mulheres mais jovens feito
gado, mas também das mulheres,
que se põem numa posição de aceitação, deixando para trás tudo o
que conquistaram intelectualmente e psicologicamente, submetendo-se à condição de mercadoria a
ser avaliada por preconceituosos
"compradores"."
RITA DE CÁSSIA LUSTOSA MESSIAS BARRENSE
(São Paulo, SP)
Resposta de Mauro Paulino, diretor do Datafolha - A pesquisa
foi realizada em 211 municípios
de todas as regiões do país e representa a população adulta
brasileira.
ICMS
"A respeito do texto "Setor prevê
alta nos custos com regra de ICMS"
(Dinheiro, 4/10), esclareço que o
ICMS sempre foi pago pelos proprietários de restaurantes no Estado. No caso específico dos restaurantes, a alíquota é de 3,2% sobre o
faturamento, e é um incentivo fiscal concedido aos restaurantes e
bares paulistas para proporcionar o
desenvolvimento desse setor.
A Secretaria da Fazenda entende
que os restaurantes sempre contabilizaram o ICMS no preço de seus
cardápios e, portanto, o imposto
sempre foi pago pelos seus clientes.
Por isso não há motivo para reajuste de preços."
KASSIA CALDEIRA , assessoria de comunicação da
Secretaria da Fazenda do Estado de São Paulo
(São Paulo, SP)
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