São Paulo, Quarta-feira, 12 de Janeiro de 2000
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São Paulo, Quarta-feira, 12 de Janeiro de 2000 |
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PAINEL DO LEITOR Campanha virtual "Será que alguma medida preventiva está sendo tomada ou haverá regulamentação específica com relação ao envio de e-mails por candidatos e/ou partidos políticos por ocasião das futuras eleições? Ou apenas lamentaremos posteriormente o uso abusivo deste recurso por parte dos políticos?" Oswaldo Macek (São Paulo, SP) Culpas nas chuvas "Os proprietários de uma locadora de vídeo resolveram retirar uma árvore da calçada à sua frente. Motivo: ela dificultava, de certa forma, o acesso dos carros ao estacionamento. Pessoas como as que determinaram a retirada da árvore do solo têm a mesma mentalidade daquelas que abrem a janela do carro e jogam garrafinhas plásticas nas vias públicas para manter seus carros limpos. Hoje, muitos de nós sofremos com as enchentes, inversões climáticas, os efeitos de La Niña e El Niño. Refleti sobre a profundidade de duas frases: "A natureza não reclama, se vinga" e "Deus perdoa sempre, os homens, às vezes, mas a natureza não perdoa nunca"." Paulo César Pereira da Silva (São Paulo, SP) "Calamidade pública, todos sabemos, é um fato catastrófico que atinge um grande número de pessoas, alterando seu ritmo de vida normal, trazendo sofrimentos e mortes. Nessas situações é natural que tanto o poder público como a sociedade civil se mobilizem com o fim de amenizar os efeitos danosos do flagelo. A mobilização popular é sincera e solidária; a do governo é sempre demagógica e eleitoreira. A população sempre corresponde a contento nessas situações; o governo, por sua vez, deixa a desejar, tanto em medidas preventivas como emergenciais. Esse espírito solidário por parte da população é extremamente louvável, enquanto a atuação do governo é lamentável, principalmente se há disputas, como no caso entre o governo federal e o de Minas." José Diogo Gimenez (Bauru, SP) Frei Betto "O artigo de Frei Betto publicado ontem é simplesmente extraordinário, límpido e absolutamente honesto. É profundamente triste saber que tínhamos à frente da nossa Força Aérea um nazista moderno, que sempre foi primeiro lugar em tudo que fez, menos no essencial, que é na sua condição humana." Nei Sroulevich (Rio de Janeiro, RJ) "O artigo "O brigadeiro e Hitler" ("Tendências/Debates", 11/1) dignifica o jornal, o país e todos os seus cidadãos. Que a Folha o reimprima como encarte plastificado para ser distribuído em todas as nossas escolas, igrejas, clubes e no Congresso Nacional." Jayme Kopelman (São Paulo, SP) "No artigo "O brigadeiro e Hitler", de frei Betto, são cometidas várias impropriedades. A principal é a que induz o leitor a achar que existe simpatia do brigadeiro pelo ditador. O brigadeiro não disse isso. Não reconhecer as qualidades de líder em Hitler é não conhecer a história. Pode ser que os professores de história ou de liderança do frei não tenham sido tão bons assim." Rogerio Cirilo (Niterói, RJ) Sem informalidade "Protestamos contra a declaração do presidente Fernando Henrique sugerindo a "informalidade no contrato de trabalho". A informalidade, como uma praga, está grassando neste país. Se for avalizada pelo presidente da República, tornará cada vez mais desgraçada a vida do trabalhador, com salários miseráveis e sérios prejuízos à Previdência Social e ao FGTS. Oficializar a "informalidade" no contrato de trabalho é consolidar a sonegação e a fraude, não sendo este o caminho para a geração de empregos, o que só acontecerá quando for priorizada a economia nacional. Protestamos também contra modificações propostas no artigo 7º da Constituição que visam "flexibilizar" direitos garantidos como o 13º, as férias e o aviso prévio, entre outros." Paulo Roberto Ladwig, presidente do Sindicato dos Empregados no Comércio de Itajaí (Itajaí, SC) Sem volta "Depois de ter visto as imagens do presidente Figueiredo em uma festa, bate uma vontade de perguntar: existe ainda alguém que ache que a volta da ditadura ajudaria o país?" Luciano Bernardo da Silva (São José do Rio Preto, SP) Desejo do povo "O padre Marcelo Rossi só consegue reunir 1 milhão de pessoas porque não pertence a nenhuma pastoral. O povo quer esperança e conforto espiritual da igreja, e não política." Eliana Barroso (São Paulo, SP) Bem de quem? "Sinto muito, sr. Rubenito Ferreira da Silva ("Painel do Leitor", 11/1), mas classificar de "para o bem do povo" o parcelamento de multas de trânsito é um pouco de exagero. Povo ordeiro não comete infrações de trânsito, ou, quando o faz, paga a multa." Paulo Q. Corrêa (São Paulo, SP) Financiamentos "Sobre a reportagem "Ex-chefe do INSS defende permuta" (Brasil, 4/1), que faz menção a um financiamento com recursos do BNDES, gostaríamos de prestar os esclarecimentos que se seguem. O financiamento, no valor de R$ 7 milhões, foi concedido pelo Bradesco (contrato assinado em maio de 1999) na condição de agente financeiro repassador de recursos do BNDES. Financiamentos até o valor acima mencionado não são feitos diretamente pelo BNDES, mas, sim, indiretamente, no âmbito do programa BNDES Automático, por bancos credenciados como agentes financeiros do BNDES. Segundo a reportagem, uma das fontes de informação ouvidas disse que "um órgão do governo (o BNDES) exigiu que o terreno estivesse em nome da Miramar para as obras começarem". Tal informação não é correta. Por se tratar de operação indireta conduzida no âmbito do programa BNDES Automático, o BNDES não exige que o terreno ligado ao empreendimento esteja necessariamente em nome da empresa financiada. De qualquer forma, o Bradesco informou ao BNDES que o INSS transferiu efetivamente, por instrumento público, a propriedade do terreno à empresa Miramar." Armando Mariante Carvalho, diretor-executivo da Finame/BNDES (Rio de Janeiro, RJ) Boas-festas A Folha agradece as mensagens de boas-festas que recebeu de: Antonio Carlos dos Reis Salim, presidente da CGT -Confederação Geral dos Trabalhadores; Liza Prado, vereadora pelo PSB (Uberlândia, MG); Inocoop - SP -Instituto de Orientação às Cooperativas Habitacionais de São Paulo (São Paulo, SP); Uma Refeitório (São Paulo, SP); Fractal Edições (São Paulo, SP); Telia Imóveis e Administração (São Paulo, SP); Hatiro Shimomoto (São Paulo, SP); Sussumo Yamamoto (Diadema, SP); Vladir Morais (Ipueiras, CE); Mixed (São Paulo, SP); Vera Moreira; Bob Sharp (São Paulo, SP). Texto Anterior: Pedro Cury: Uma tréplica necessária Próximo Texto: Erramos Índice |
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