São Paulo, quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

PAINEL DO LEITOR

O "Painel do Leitor" recebe colaborações por e-mail (leitor@uol.com.br), fax (0/xx/11/3223-1644) e correio (al.Barão de Limeira, 425, 4º andar, São Paulo-SP, CEP 01202-900). As mensagens devem ser concisas e conter nome completo, endereço e telefone. A Folha se reserva o direito de publicar trechos.

Leia mais cartas na Folha Online
www.folha.com.br/paineldoleitor

Ilusão
"A impressão inicial da charge de Angeli de ontem era a de que o povo brasileiro, assim como num grande BBB nacional, teria a grata função de colocar no paredão, a cada semana, cem políticos envolvidos em maracutaias. Logo, logo, teríamos por volta de 512 vagas disponíveis para os autênticos cidadãos republicanos deste país. E quem sabe outras dezenas no Senado Federal? Infelizmente, foi só uma ilusão... de ótica."
ÂNGELA LUIZA S. BONACCI (São Paulo, SP)

Professores
"Sou professora há 19 anos e estou sem aulas. Mas fui classificada em décimo lugar na disciplina de história da diretoria de ensino de Guaratinguetá.
Isso significa que consegui preencher os requisitos necessários para ser contratada como professora temporária (tempo de serviço, títulos e muito boa nota na avaliação dos conteúdos da nova proposta curricular da Secretaria da Educação), mas, por uma decisão judicial, estarei sem aulas neste início de ano letivo.
A falta de compromisso com a educação neste país é lastimável. Fomos prejudicados profissionalmente, eu e outros colegas, com a confusão judicial armada pelo sindicato (Apeoesp)."
ROSILENE MARTON (Lorena, SP)

 

"No editorial "Nota zero" (Opinião, pág. A2, ontem), a Folha reconhece que a provinha da Secretaria da Educação "tinha defeitos em demasia", mas aceita a informação de que 1.500 professores tiraram nota zero.
Não seria o caso de cobrar da secretaria a divulgação de todos os resultados, os quais, inclusive, podem estar comprometidos, tal o volume de irregularidades verificado em todo o processo?
Nada temos contra a avaliação dos professores, mas a Secretaria da Educação deveria promover concursos públicos, reivindicação permanente da Apeoesp.
Em relação à qualidade do ensino na Coreia do Sul e na Finlândia, cabe frisar que, naqueles países, o investimento em educação é mais que o dobro do que é feito aqui, há carreira docente adequada, condições de trabalho, formação inicial e continuada dos professores no nível necessário e, finalmente, salários à altura da importância social da nossa categoria profissional."
MARIA IZABEL AZEVEDO NORONHA , presidenta da Apeoesp, membro do Conselho Nacional de Educação (São Paulo, SP)

Notas fiscais
"Que fique bastante claro: foi o deputado Michel Temer, presidente da Câmara dos Deputados, quem não quis tornar transparentes os gastos com a verba mensal de R$ 15 mil que todos recebem, além dos salários, supostamente para reembolso de despesas. Nós, paulistas, haveremos de lembrar-nos disso nas próximas eleições."
ANTONIO DO VALE (São Paulo, SP)

Fundos de pensão
"Sobre a reportagem "90% dos fundos de pensão não atingem as metas em 2008" (Dinheiro, 10/2), esclareço que o secretário de Previdência Complementar, Ricardo Pena, não usou em nenhum momento expressões como "tombo", "golpe", "devassa", "perigo" e "alto risco" para referir-se aos fundos.
O secretário Pena deixou claro que o sistema de previdência complementar está enfrentando bem a crise financeira internacional, graças à sua boa rentabilidade no período 2003/ 2007 e às boas gestão e regulação, além da eficiente supervisão da Secretaria de Previdência Complementar. A fiscalização em 2009, que usa o conceito internacional de supervisão baseada em riscos, a ser feita só em 60 fundos, não se deve ao fato de esses fundos estarem em "alto risco", e sim porque a SPC conta com apenas 66 auditores fiscais (para 370 fundos e 1.010 planos) e um orçamento de R$ 1,1 milhão.
É por essa razão que o Ministério da Previdência Social pleiteia, no Congresso, a transformação da SPC em órgão de fiscalização autárquico, para ter uma carreira própria de auditores e autonomia administrativa financeira. Fato que não foi mencionado na reportagem. Os planos de benefícios dos fundos de pensão, inclusive de empresas estatais, continuam honrando seus compromissos."
ZENAIDE AZEREDO , assessora de comunicação social do Ministério da Previdência Social/Secretaria de Previdência Complementar (Brasília, DF)

Resposta da jornalista Julianna Sofia - A reportagem não atribuiu ao secretário as expressões tombo, golpe, devassa e perigo. Na entrevista, ele informou que a aplicação da matriz de risco identificou fundos/planos cujo grau de risco/ probabilidade é elevado. Esses fundos, afirmou o secretário, serão alvo da fiscalização.

Corinthians
"A reportagem "Relatório faz "sumir" R$ 17 mi no Corinthians" (Esporte, 10/2), sobre relatórios de contingências enviados à auditoria pelo Corinthians, mais desinforma do que informa os leitores -e exige esclarecimentos.
A começar pelo título, absolutamente sensacionalista e altamente alienante.
Quem lê acredita em saída de dinheiro do clube. Um desatino. Em essência, a divergência entre dois relatórios justifica-se pela redução na previsão de contingências. Contingências são processos administrativos ou judiciais ainda em trâmite. Não há julgamento, não há definição de valores devidos e, mais importante, não há dinheiro a pagar ou a receber. Não há dinheiro entrando ou saindo do clube. São meras projeções sobre o que determinado processo poderá, em um futuro ainda incerto, render de dívidas para o clube.
Ao contrário do que consta do título, o novo relatório implica uma menor dívida do clube, o inverso de "sumiço de dinheiro".
É de lamentar, também, que o jornalista se tenha valido de informações recebidas da "oposição" -que, mais uma vez, aparece de forma anônima, impossibilitando a responsabilização do autor da asneira-, o que evidencia o caráter eleitoreiro da falsa "denúncia"."
SÉRGIO ALVARENGA , diretor jurídico do Sport Club Corinthians Paulista (São Paulo, SP)

Nota da Redação - Leia a seção "Erramos".

Leia mais cartas na Folha Online
www.folha.com.br/paineldoleitor

Serviço de Atendimento ao Assinante: 0800-775-8080
Grande São Paulo: 0/xx/11 3224-3090
www.cliquefolha.com.br

Ombudsman: 0800-15-9000
ombudsman@uol.com.br
www.folha.com.br/ombudsman


Texto Anterior: Jorge da Cunha Lima: A substituição dos desejos

Próximo Texto: Erramos
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.