São Paulo, quinta-feira, 12 de abril de 2007

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PAINEL DO LEITOR

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País Brasil
"O país chamado Brasil está estampado na Primeira Página da Folha de ontem.
No alto, para não fugir à normalidade, uma foto sobre a violência no Rio de Janeiro: bandido morto, menina de sete anos e tia feridas por balas perdidas. Mais abaixo, as seguintes "chamadas': "Vereadores se concedem pacote de benefícios" (R$ 12,5 mil para despesas do mandato); "Deputado decide não trabalhar às segundas" (e reafirmam a intenção de aumentar de R$ 12.847 para R$ 16.250 os próprios salários).
Para completar, a hilariante foto do gabinete do não menos hilário deputado Clodovil Hernandes. À parede, a luxuriosa foto do deputado rodeado de seus cães. O brasão da República, estampado nas almofadas de seu gabinete, deve estar envergonhado como, acredito, estão muitos brasileiros."
SEBASTIÃO CÉLIO PEREIRA (Estiva, MG)

"O comportamento da classe política do país está se enraizando de tal forma que já faz parte do escárnio cotidiano. Em todos os níveis, os "representantes do povo" tratam de arrumar a sua vida da forma mais acintosa. O vergonhoso auto-aumento dos vereadores paulistas segue o aumento dos deputados federais, que segue o dos magistrados, que, por sua vez, irá provocar também o aumento dos senadores e por aí afora.
O país? Ora, o país "que se exploda", como dizia Justo Veríssimo."
DECIO AMADIO (São Paulo, SP)

Educação superior
"O artigo "Autoritarismo e fragmentação da educação" ("Tendências/Debates", 11/4) aborda novamente questões já amplamente respondidas. A colocação de diferentes níveis de ensino em diferentes secretarias não significa fracionamento, pois a integração se faz pelo governador. Significa, isto sim, mais atenção e ênfase a cada um dos níveis, que, aliás, já estavam em secretarias diferentes.
Bons exemplos dessa integração são, entre outros, os seguintes: o programa do segundo professor de alfabetização no ensino básico, que já tem 5.830 universitários inscritos; o projeto dos cursinhos gratuitos, que abrangerão 20.000 jovens; as parcerias das universidades com escolas de ensino médio, que começam a ser estruturadas.
No caso da Fapesp, é bom verificar com seu presidente, com os reitores e com os pesquisadores, inclusive os da área básica, se houve alguma dificuldade de relacionamento desde o inicio deste ano. Posso garantir que não.
O Siafem, até onde pude perceber aprofundando-me na matéria, dá à execução orçamentária a transparência necessária na gestão de recursos públicos, sem perda da agilidade administrativa. Tanto o Judiciário quanto o Legislativo o adotam sem nenhuma restrição. Penso que chegou a hora de trabalhar."
JOSÉ ARISTODEMO PINOTTI, secretário Estadual de Ensino Superior (São Paulo, SP)

Nossa Caixa
"Em relação ao texto "Governo Serra não é contra CPI, diz secretário" (Brasil, 11/4), informo que sou profissional de comunicação e me associei a outro profissional, Emerson Figueiredo, para formar a Fator F Inteligência em Comunicação. Com certeza, somos uma das assessorias mais preparadas do mercado para atuar no setor público, mas não nos restringimos a isso.
Eu não respondo a processo e não fui condenado no caso da Nossa Caixa. Nada fiz de errado.
Pedi demissão do governo há mais de um ano para evitar o uso eleitoreiro do caso. Quero ter o direito de trabalhar."
ROGER FERREIRA, diretor da Fator F Inteligência em Comunicação (São Paulo, SP)

Quarteto de cordas
"Com respeito ao artigo do jornalista João Batista Natali publicado em 9/4 ("José Serra e a música", Opinião, pág. A2), convém esclarecer que em nenhum momento se questionou a qualidade artística da atual formação do Quarteto de Cordas da Cidade. Não compete à Secretaria Municipal de Cultura, contudo, aplicar ao conjunto a penalidade de sua conveniência, mas aquela que a lei determina.
A suspensão das atividades do quarteto baseia-se em fortes indícios de irregularidades. Não se trata de procedimentos meramente burocráticos, mas de suspeita de desvio de recursos que deveriam ser destinados aos cofres públicos.
A lei proíbe que os integrantes dos corpos artísticos do município, valendo-se do nome do conjunto e de seu prestígio, se apresentem em espetáculos privados e recebam cachês por isso. O objeto da investigação em curso é um contrato firmado pelo grupo com o clube Pinheiros, por intermédio de um empresário, no qual estava previsto pagamento aos músicos e nenhum recolhimento aos cofres municipais.
Cabe reafirmar que o Quarteto de Cordas da Cidade não foi extinto -teve apenas suas atividades temporariamente suspensas enquanto os fatos são apurados pela Procuradoria Geral do Município. Durante esse período, está assegurado o pleno direito de defesa aos seus integrantes."
MARIA EUGÊNIA DE MENEZES, assessora de imprensa da Secretaria Municipal de Cultura (São Paulo, SP)

Maluf
"Não é verdade que a assessoria de imprensa do deputado Paulo Maluf não tenha sido encontrada, como está na notícia sobre Maluf (Brasil, pág. A7, 11/4), para repercutir o que foi publicado.
A assessoria do parlamentar na verdade não foi procurada, porque o jornal tem os telefones celulares e da casa dos assessores de imprensa.
Tanto é assim que todos os demais veículos de comunicação que procuraram a assessoria de imprensa de Maluf para repercutir a notícia nos encontraram."
ADILSON LARANJEIRA, assessor de imprensa de Paulo Maluf (São Paulo, SP)

Nota da Redação - A reportagem deixou recado no celular de Adilson Laranjeira e ligou para seu escritório por volta de 22h30. Um advogado de Maluf foi contatado, mas não quis se manifestar.

Foto no aeroporto
"Eu, Gustavo Murad, tive minha imagem exposta, sem nenhuma autorização minha, na Primeira Página da edição de 31/3. E acabei sendo confundido com as pessoas que agrediram uma funcionária de determinada companhia aérea, causando-me profundo constrangimento.
Sou o homem de camisa vermelha que aparece na foto segurando a referida funcionária. E estava intervindo naquela situação exatamente para proteger aquela pessoa dos golpes que foram desferidos contra ela por um terceiro, o que, em nenhum momento foi esclarecido pela reportagem.
Com a referida publicação, além de um imenso constrangimento, sofri abalo em minha imagem, inclusive profissional, uma vez que sou psicólogo e tive minha imagem associada a um descontrolado ato de agressão, que, inclusive, constitui crime, sem que eu tivesse qualquer participação no evento senão a de tentar evitar que uma mulher fosse agredida."
GUSTAVO MURAD (Rio de Janeiro, RJ)

Brasília
"Ainda sobre o "bordel inglês", noticiado por Cony em sua coluna de terça-feira ("Brasília" é um sucesso", Opinião) e comentado ontem neste "Painel do Leitor", vejo-me forçada a repudiar, com veemência, os comentários do senhor Jaime Bertolaccini Costa (São Paulo) e a lhe informar que em Brasília as pessoas trabalham muito, e honestamente.
O senhor Bertolaccini comete um tremendo equívoco, pelo qual deveria desculpar-se, ao confundir Brasília com o Congresso e a população brasiliense com parlamentares -eleitos e representantes dos habitantes de todas as unidades da Federação, que, por questões institucionais, se reúnem aqui.
Já passa da hora de intelectuais, artistas, comentaristas e cidadãos comuns passarem a respeitar a gente honesta desta cidade.
Aproveito para lembrar ao senhor Pier Giorgio Senesi Filho (Belo Horizonte) que, como ele, nós, de Brasília, ainda conservamos a capacidade de nos indignarmos -não só em relação à permissividade do governo brasileiro ao não reagir a coisas dessa natureza como em relação aos brasileiros que, levianamente, se põem a criticar cidadãos honrados e trabalhadores que aqui residem com suas famílias."
SÔNIA HELENA TAVEIRA DE CAMARGO CORDEIRO (Brasília, DF)

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