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PAINEL DO LEITOR
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País Brasil
"O país chamado Brasil está estampado na Primeira Página da
Folha de ontem.
No alto, para não fugir à normalidade, uma foto sobre a violência no
Rio de Janeiro: bandido morto, menina de sete anos e tia feridas por
balas perdidas. Mais abaixo, as seguintes "chamadas': "Vereadores se
concedem pacote de benefícios" (R$
12,5 mil para despesas do mandato); "Deputado decide não trabalhar
às segundas" (e reafirmam a intenção de aumentar de R$ 12.847 para
R$ 16.250 os próprios salários).
Para completar, a hilariante foto
do gabinete do não menos hilário
deputado Clodovil Hernandes. À
parede, a luxuriosa foto do deputado rodeado de seus cães. O brasão
da República, estampado nas almofadas de seu gabinete, deve estar envergonhado como, acredito, estão
muitos brasileiros."
SEBASTIÃO CÉLIO PEREIRA (Estiva, MG)
"O comportamento da classe política do país está se enraizando de
tal forma que já faz parte do escárnio cotidiano. Em todos os níveis,
os "representantes do povo" tratam
de arrumar a sua vida da forma
mais acintosa. O vergonhoso auto-aumento dos vereadores paulistas
segue o aumento dos deputados federais, que segue o dos magistrados,
que, por sua vez, irá provocar também o aumento dos senadores e por
aí afora.
O país? Ora, o país "que se exploda", como dizia Justo Veríssimo."
DECIO AMADIO (São Paulo, SP)
Educação superior
"O artigo "Autoritarismo e fragmentação da educação" ("Tendências/Debates", 11/4) aborda novamente questões já amplamente respondidas. A colocação de diferentes
níveis de ensino em diferentes secretarias não significa fracionamento, pois a integração se faz pelo
governador. Significa, isto sim,
mais atenção e ênfase a cada um dos
níveis, que, aliás, já estavam em secretarias diferentes.
Bons exemplos dessa integração
são, entre outros, os seguintes: o
programa do segundo professor de
alfabetização no ensino básico, que
já tem 5.830 universitários inscritos; o projeto dos cursinhos gratuitos, que abrangerão 20.000 jovens;
as parcerias das universidades com
escolas de ensino médio, que começam a ser estruturadas.
No caso da Fapesp, é bom verificar com seu presidente, com os reitores e com os pesquisadores, inclusive os da área básica, se houve alguma dificuldade de relacionamento
desde o inicio deste ano. Posso garantir que não.
O Siafem, até onde pude perceber
aprofundando-me na matéria, dá à
execução orçamentária a transparência necessária na gestão de recursos públicos, sem perda da agilidade administrativa. Tanto o Judiciário quanto o Legislativo o adotam sem nenhuma restrição. Penso
que chegou a hora de trabalhar."
JOSÉ ARISTODEMO PINOTTI, secretário Estadual de
Ensino Superior (São Paulo, SP)
Nossa Caixa
"Em relação ao texto "Governo
Serra não é contra CPI, diz secretário" (Brasil, 11/4), informo que sou
profissional de comunicação e me
associei a outro profissional, Emerson Figueiredo, para formar a Fator F Inteligência em Comunicação. Com certeza, somos uma das
assessorias mais preparadas do
mercado para atuar no setor público, mas não nos restringimos a isso.
Eu não respondo a processo e
não fui condenado no caso da Nossa Caixa. Nada fiz de errado.
Pedi demissão do governo há
mais de um ano para evitar o uso
eleitoreiro do caso. Quero ter o direito de trabalhar."
ROGER FERREIRA, diretor da Fator F Inteligência
em Comunicação (São Paulo, SP)
Quarteto de cordas
"Com respeito ao artigo do jornalista João Batista Natali publicado
em 9/4 ("José Serra e a música",
Opinião, pág. A2), convém esclarecer que em nenhum momento se
questionou a qualidade artística da
atual formação do Quarteto de Cordas da Cidade. Não compete à Secretaria Municipal de Cultura, contudo, aplicar ao conjunto a penalidade de sua conveniência, mas
aquela que a lei determina.
A suspensão das atividades do
quarteto baseia-se em fortes indícios de irregularidades. Não se trata
de procedimentos meramente burocráticos, mas de suspeita de desvio de recursos que deveriam ser
destinados aos cofres públicos.
A lei proíbe que os integrantes
dos corpos artísticos do município,
valendo-se do nome do conjunto e
de seu prestígio, se apresentem em
espetáculos privados e recebam cachês por isso. O objeto da investigação em curso é um contrato firmado pelo grupo com o clube Pinheiros, por intermédio de um empresário, no qual estava previsto pagamento aos músicos e nenhum recolhimento aos cofres municipais.
Cabe reafirmar que o Quarteto de
Cordas da Cidade não foi extinto
-teve apenas suas atividades temporariamente suspensas enquanto
os fatos são apurados pela Procuradoria Geral do Município. Durante
esse período, está assegurado o pleno direito de defesa aos seus integrantes."
MARIA EUGÊNIA DE MENEZES, assessora de imprensa da Secretaria Municipal de Cultura (São
Paulo, SP)
Maluf
"Não é verdade que a assessoria
de imprensa do deputado Paulo
Maluf não tenha sido encontrada,
como está na notícia sobre Maluf
(Brasil, pág. A7, 11/4), para repercutir o que foi publicado.
A assessoria do parlamentar na
verdade não foi procurada, porque
o jornal tem os telefones celulares e
da casa dos assessores de imprensa.
Tanto é assim que todos os demais veículos de comunicação que
procuraram a assessoria de imprensa de Maluf para repercutir a
notícia nos encontraram."
ADILSON LARANJEIRA, assessor de imprensa de
Paulo Maluf (São Paulo, SP)
Nota da Redação - A reportagem
deixou recado no celular de
Adilson Laranjeira e ligou para
seu escritório por volta de
22h30. Um advogado de Maluf
foi contatado, mas não quis se
manifestar.
Foto no aeroporto
"Eu, Gustavo Murad, tive minha
imagem exposta, sem nenhuma autorização minha, na Primeira Página da edição de 31/3. E acabei
sendo confundido com as pessoas
que agrediram uma funcionária de
determinada companhia aérea,
causando-me profundo constrangimento.
Sou o homem de camisa vermelha que aparece na foto segurando a
referida funcionária. E estava intervindo naquela situação exatamente para proteger aquela pessoa
dos golpes que foram desferidos
contra ela por um terceiro, o que,
em nenhum momento foi esclarecido pela reportagem.
Com a referida publicação, além
de um imenso constrangimento,
sofri abalo em minha imagem, inclusive profissional, uma vez que
sou psicólogo e tive minha imagem
associada a um descontrolado ato
de agressão, que, inclusive, constitui crime, sem que eu tivesse qualquer participação no evento senão
a de tentar evitar que uma mulher
fosse agredida."
GUSTAVO MURAD (Rio de Janeiro, RJ)
Brasília
"Ainda sobre o "bordel inglês", noticiado por Cony em sua coluna de
terça-feira ("Brasília" é um sucesso",
Opinião) e comentado ontem neste "Painel do Leitor", vejo-me forçada a repudiar, com veemência, os
comentários do senhor Jaime Bertolaccini Costa (São Paulo) e a lhe
informar que em Brasília as pessoas trabalham muito, e honestamente.
O senhor Bertolaccini comete
um tremendo equívoco, pelo qual
deveria desculpar-se, ao confundir
Brasília com o Congresso e a população brasiliense com parlamentares -eleitos e representantes dos
habitantes de todas as unidades da
Federação, que, por questões institucionais, se reúnem aqui.
Já passa da hora de intelectuais,
artistas, comentaristas e cidadãos
comuns passarem a respeitar a gente honesta desta cidade.
Aproveito para lembrar ao senhor Pier Giorgio Senesi Filho (Belo Horizonte) que, como ele, nós, de
Brasília, ainda conservamos a capacidade de nos indignarmos -não só
em relação à permissividade do governo brasileiro ao não reagir a coisas dessa natureza como em relação aos brasileiros que, levianamente, se põem a criticar cidadãos
honrados e trabalhadores que aqui
residem com suas famílias."
SÔNIA HELENA TAVEIRA DE CAMARGO CORDEIRO
(Brasília, DF)
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