São Paulo, sábado, 12 de setembro de 2009 |
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
CESAR MAIA A escolha do vice
A ESCOLHA do candidato a vice-presidente da República
não tem tido relação com a
questão regional. Imagina-se uma
composição entre duas regiões do
país, como se esta produzisse um
efeito agregador. Não é isso o que
mostram os períodos 1946-1960 e
1989-2006. Para 1950, Getúlio desenhou sua chapa com Ademar de
Barros, governador de São Paulo
pelo PSP. Getúlio atraía Ademar. O
vice, Café Filho, era deputado do
Rio Grande do Norte, mas o foco
não era o Nordeste. JK, de Minas,
escolheu seu vice no Rio Grande do
Sul, não por razões regionais nem
pelos votos de Jango, que, apesar
do impacto do suicídio de Getúlio,
havia perdido a eleição para o Senado em outubro de 1954. O objetivo de JK era a composição do PSD
com o PTB, que crescia nacionalmente. Para isso cedeu ao PTB a
máquina integral dos ministérios
de Trabalho-Previdência e Agricultura, o que levou, em 1962, à vitória parlamentar do PTB. CESAR MAIA escreve aos sábados nesta coluna. Texto Anterior: Rio de Janeiro - Ruy Castro: O Brasil impermeável Próximo Texto: Frases Índice |
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress. |