São Paulo, segunda-feira, 12 de setembro de 2011

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PAINEL DO LEITOR

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11 de Setembro
Os atentados de 11 de setembro de 2001 não atingiram tão somente os EUA. De fato, a democracia e os pilares básicos da vida em comum foram abalados. É triste identificar que os terroristas impuseram uma nova forma na ordem mundial, na qual um grande país, outrora orgulhoso de sua democracia, não consegue mais difundir os seus ideias para os povos oprimidos sem que todos desconfiem de suas práticas de tortura, racismo e da supressão das liberdades individuais em seu próprio solo.
JOSÉ CLÓVIS DE MEDEIROS LIMA (São Paulo, SP)

 


A Folha se superou hoje. No caderno especial sobre o atentado terrorista, foram estampadas, no cabeçalho das páginas, frases de personalidades dizendo onde estavam no momento das colisões. Até Restart apareceu! Transformaram um assunto histórico, de cunho político e militar, numa vala comum, com opiniões vazias.
LUIZ FABIANO ALVES ROSA (Curitiba, PR)

Obama
Repugnou-me o texto romântico de Barack Obama enaltecendo os EUA ("As parcerias de que precisamos", "Tendências/Debates", 9/9). No texto há a omissão das torturas empregadas pelos serviços de inteligência do país para desmantelar o que o próprio governo americano ajudou a formar, quando apoiou grupos armados no Afeganistão. Obama também se esqueceu do que a invasão americana do Iraque e do Afeganistão causou aos dois países. Se contarmos todos os iraquianos mortos pelas tropas dos EUA, obtemos múltiplos do número de mortes em 11 de setembro de 2001.
DANIEL ARJONA DE ANDRADE HARA (Cotia, SP)

Nova CPMF
Completando o raciocínio do leitor Flavio Patricio Doro ("Painel do Leitor", 10/9), como o PIB per capita do Brasil é menor que o dos países nórdicos, o peso da carga tributária sobre cada cidadão brasileiro é muito maior do que o peso sentido por um cidadão nórdico. E como o Brasil tem muito mais parlamentares e nomeados a cargo de confiança que os nórdicos, daí que o governo tem muito menos recursos disponíveis para melhorar os serviços prestados aos cidadãos que pagam a tal carga tributária.
LILIAM ROSALVES FERREIRA (São Paulo, SP)

 


Li que a presidente Dilma quer um novo imposto para a saúde. Concordo, desde que ela explique quais medidas vai tomar em relação aos R$ 680 milhões que desapareceram no Ministério dos Transportes! O brasileiro começa a dar mostra de que está se cansando dessa bandalheira.
LUCIA MARIA DE LUCENA MOREIRA LOPES (São Paulo, SP)

 


É inadmissível qualquer argumento para a aprovação da suposta CSS para a saúde. Somos um dos maiores pagadores de impostos do mundo, mas, mesmo assim, possuímos péssimos serviços públicos. Se o Brasil é um dos países que mais arrecadam com tributações, como pode ainda requerer a criação de mais um imposto? A saúde não vai bem há décadas. É muito provável que nunca tenha estado bem. Há anos, mesmo com a CPMF, a saúde do Brasil continuou doente.
Tivemos a prova concreta de que não é somente arrecadando dinheiro do contribuinte que o problema vai se resolver. É preciso seriedade na administração da verba pública, fazendo que ela chegue ao seu destino. Mas isso parece tão utópico.
FILIPE LUIZ RIBEIRO SOUSA (São Carlos, SP)

Copa
Dia desses, a imprensa publicou que o clube Juventus, de Turim (Itália), inaugurou a sua nova arena com capacidade para 41 mil torcedores, ao custo de 122 milhões. A Folha, na sua edição de ontem, estampou: "Custo da Copa corre o risco de explodir" (Mercado). Na realidade, para alegria de muitos, esfregando as mãos, o custo da Copa já nasceu "explodido". O Mundial serviu só para satisfazer o ego de um presidente perdulário. Basta confrontar as arenas de Juventus e Corinthians. E os demais estádios?
LAURO CORDEIRO (Blumenau, SC)

Dnit
Luiz Pagot, ex-diretor-geral do Dnit, teve o desplante e a desfaçatez de dizer que "me tomaram o Dnit sem pedir licença" (Poder, 10/9). Senhor Pagot, o Dnit (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes) é um órgão público.
CARLOS BENEDITO PEREIRA DA SILVA (Rio Claro, SP)

Emagrecedor
Magnifica a reportagem sobre o uso indiscriminado de um antidiabético -Victoza (liraglutida)- para emagrecimento, sem registro na Anvisa para tal finalidade ("Droga contra diabetes não é indicada para obesidade, diz Anvisa", Saúde, 10/9). O fato revela as ligações entre a indústria farmacêutica, a academia e a ciência no Brasil e no mundo.
A indústria diz que não recomenda aos médicos a indicação de seu produto "off label" (quando uma droga aprovada para tratar um tipo de doença pode ser para útil contra outra, sem trazer riscos desproporcionais aos pacientes), e os profissionais se utilizam dos produtos mesmo sem o registro na Anvisa e se aproveitam das benesses para se "atualizarem" em congressos com despesas pagas pelos laboratórios. Até que ponto vamos continuar assistindo tais práticas sob o olhar complacente das autoridades de saúde?
MARIO MARANHÃO ex-presidente da Federação Mundial de Cardiologia e ex-consultor da Organização Mundial da Saúde (Curitiba, PR)

Judiciário
Da maneira como a mídia trata o aumento no Judiciário, a impressão que se tem é que todos ganham R$ 26 mil por mês, sendo que o Judiciário é formado por servidores com os mais variados salários e cargos. Isso influencia a população negativamente sobre o servidor público. Sobre os R$ 26 mil, também acho justo. Na iniciativa privada, pessoas que estudaram muito e estão em bons postos também recebem isso ou mais que isso.
Acho que a mídia precisa parar de massacrar o servidor público da maneira como sempre faz e mostrar que também há problemas. Há muita gente séria e competente no meio. Sobre nossos aumentos, informo que não temos dissídio anual como as categorias da iniciativa privada, ficamos anos e anos sem receber a correção da inflação. Quando temos aumento, portanto, esse costuma ser elevado.
ADRIANA HITTINGER (Maceió, AL)

 


O reajuste salarial pretendido é inoportuno, e o Judiciário deve, sim, dar sua cota de contribuição diante do preocupante quadro econômico. Sou um simples cidadão, não conheço a fundo os artigos e os incisos da Constituição, mas sei que nela consta que todos são iguais perante a lei. É amoral, uma afronta à dignidade, afirmar que o salário mínimo foi corrigido e recomposto. Se "o ideal é ampliar a garantia dos direitos individuais, e não reduzi-la", mãos à obra. O país espera que cada um cumpra efetivamente com o seu dever .
JOÃO DONDA (São Paulo, SP)

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