São Paulo, quinta-feira, 12 de outubro de 2006

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PAINEL DO LEITOR

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Planejamento
"A propósito da reportagem "Ministro do PT quer aumentar os cortes dos gastos sociais" (Brasil, pág. A9, 11/ 10), o Ministério do Planejamento esclarece o que segue: A DRU (Desvinculação de Recursos da União) não é "um mecanismo que permite à União cortar gastos sociais impostos pela Constituição". A DRU, criada em 1999, em substituição ao Fundo de Estabilização Fiscal, é, como o nome diz, uma fonte formada com a desvinculação de 20% do produto de arrecadação de impostos e algumas contribuições da União depois de promovidas as transferências para Estados e municípios.
O estabelecimento da DRU foi uma necessidade de flexibilização do Orçamento da União em tempos de inflação controlada, uma vez que a Constituição Federal, e legislações posteriores, criaram uma série de destinações específicas para as receitas que tornaram muito rígida a execução orçamentária. Essa rigidez criava situações em que se tinha sobra de receitas em determinada fonte e falta em outras. Essa impossibilidade de fazer transferência levava o governo a incorrer em déficit em alguns órgãos enquanto existiam recursos em outros que não poderiam ser usados para pagar essas despesas.
Assim, a DRU não "é usada para driblar as principais imposições constitucionais de gastos", porque todos os percentuais definidos para os gastos em saúde, educação e seguridade social são rigorosamente cumpridos. Apenas a fonte de recursos utilizada é diferente. Esclarecemos ainda que, em relação à ampliação da DRU, foi uma colocação feita pelo ministro Paulo Bernardo como uma proposta em estudo dentro do Ministério do Planejamento -parte de um amplo programa fiscal de longo prazo, para ser desenvolvido num período de 10 a 15 anos."
ELIANA DE ARAÚJO, chefe da Assessoria de Comunicação Social Ministério do Planejamento (Brasília, DF)

Debate
"Na reportagem "Lula errou em acusação na TV, afirma líder petista" (Brasil, 10/10), o jornalista Rogério Pagnan informa que eu teria dito que o presidente Lula errou ao questionar contratos das empresas do senhor Abel Pereira na CDHU no período em que o ex-ministro da Saúde Barjas Negri era presidente da empresa e secretário de Habitação, quando acumulou 122 condenações provisórias do TCE por suspeitas de irregularidades. Para tanto, o presidente declarou que o senhor Abel Pereira mantém relações conhecidas e antigas com o senhor Barjas Negri, e não com a CDHU."
ENIO TATTO, líder da bancada do PT na Assembléia Legislativa (São Paulo, SP)

Resposta do jornalista Rogério Pagnan - A entrevista com Enio Tatto está gravada. Nela, ele diz que Lula se equivocou ao afirmar que entre os processos no TCE contra o CDHU, na era Barjas Negri, estaria uma empresa de Abel Pereira.

"Lamentável a análise que Janio de Freitas fez do debate exibido pela Band ("Do debate à discussão", Brasil, 10/10).
Parece que ele não assistiu ao evento com a devida atenção, ou, se o fez, faltou-lhe a imparcialidade. A conduta de Geraldo Alckmin refletiu a indignação da grande maioria da população, que quer do presidente alguma resposta sobre tudo de podre que aconteceu em seu governo.
A questão programática, que, obviamente, também é de crucial importância, teve de ceder lugar a esses esclarecimentos, que ainda não foram dados a contento pelo presidente."
MURILO MAGALHÃES CASTRO FILHO (Porto Alegre, RS)

Onde?
"Não entendo como um jornal como a Folha dá espaço para uma pessoa como João Pedro Stedile ("Tendências/ Debates", 10/10). Onde ele vê no governo Lula mobilização social? Será a esmola do Bolsa Família?
Onde ele vê no governo Lula que o capitalismo neoliberal está fora do processo? Os banqueiros nunca lucraram tanto.
Quanto à privatização que ele diz que Alckmin estaria anunciando aos quatro cantos, digo que, por enquanto, não li nem ouvi nada a respeito. Concluo, portanto, que o senhor Stedile foi recrutado para fazer o tal de "terrorismo eleitoral"."
MARGARETH REZENDE ROQUE (Aparecida, SP)

Freud Godoy
"Para acusar o senhor Freud Godoy, o jornalista Gustavo Ioschpe usou as primeiras linhas de seu artigo. Para pedir desculpas, usou as linhas finais do texto de 10/10 ("Nasce um presidente?", Brasil). Antes de acusar, não seria mais correto e mais profissional esperar o fim das investigações?
Agora a reputação de um inocente está manchada."
ALVARO DELALAMO (São Paulo, SP)

Enciclopédia
"A reportagem "Houaiss ganha sua versão eletrônica com enciclopédia" (Informática, 27/9) contém informações incorretas.
A obra citada no texto, "Enciclopédia e Dicionário Koogan Houaiss", comercializada pela Positivo Informática em suporte digital, nada tem a ver com o "Dicionário Houaiss", de autoria do Instituto Antônio Houaiss e publicado pela Editora Objetiva desde 2001.
A enciclopédia/dicionário da Positivo tem na parte dicionário, como informa seu prefácio, 35 mil verbetes. O "Dicionário Houaiss" tem 213 mil verbetes lexicográficos, que incluem informações etimológicas, conjugação verbal, sinonímia, antonímia e diversas outros componentes exclusivos.
O título da reportagem parece informar que o "Dicionário Houaiss", amplamente reconhecido como o mais completo da língua portuguesa, ganhou, agora, versão digital que também conta com uma enciclopédia. Nada poderia ser mais distante da verdade.
Essa mesma confusão continua no texto, que aponta deficiências exclusivas da enciclopédia/dicionário da Positivo comparando seu conteúdo com o do "Dicionário Houaiss", seja na versão impressa, seja na versão disponível para assinantes do UOL, como se fossem três versões da mesma obra. Não são. A obra resenhada pela Folha tem, segundo o autor da reportagem, essas "deficiências". O "Dicionário Houaiss" não as tem."
ROBERTO FEITH, diretor-geral da Editora Objetiva (São Paulo, SP)

Resposta de Paulo Ramos, consultor de língua portuguesa da Folha - Não há incorreções. O texto informou o nome do produto avaliado e a empresa responsável por ele.

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