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As regras da Bolsa
ENTRE janeiro de 2003 e outubro de 2007, o Ibovespa
valorizou-se 497% em reais
e 1.077% em dólar. Até outubro, a
emissão de ações e outros ativos
somou R$ 138,6 bilhões, ultrapassando o montante de R$ 125
bilhões emitidos em 2006. A
continuidade da bonança está
sujeita às instabilidades da economia internacional.
Um conjunto de fatores impulsionou esse movimento altista: a
entrada de investidores estrangeiros, a redução da taxa de juros
básica, a retomada do crescimento econômico, resultando
em aumento nos lucros e queda
no endividamento das empresas.
Podem-se arrolar também fatores institucionais que favoreceram a expansão do mercado. A
CVM (Comissão de Valores Mobiliários) ampliou o espectro e a
qualidade das informações exigidas dos emissores. É preciso, no
entanto, reforçar a regulação, investigando e punindo mais as irregularidades.
A Bovespa instituiu níveis diferenciados de governança corporativa: Nível 1, Nível 2 e Novo
Mercado (o mais exigente), além
do Tradicional. As empresas listadas nos três primeiros segmentos oferecem aos investidores práticas corporativas que
ampliam os direitos dos acionistas minoritários e a transparência, facilitando o acompanhamento de sua performance.
Atualmente, 89 companhias estão listadas no Novo Mercado,
20 no Nível 2 e 42 no Nível 1.
Boas práticas gerenciais conferem maior credibilidade ao mercado de capitais e, por conseguinte, aumentam a confiança
dos investidores. São fatos auspiciosos, que costumam funcionar
melhor em um mercado em alta.
A euforia, no entanto, não deve
obnubilar a ação dos agentes reguladores do mercado. O fortalecimento do mercado de capitais
pode consolidar uma fonte de recursos para as empresas realizarem investimentos produtivos
de largo prazo de maturação.
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