São Paulo, segunda-feira, 12 de dezembro de 2005

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PAINEL DO LEITOR @ - leitor@uol.com.br


Planejamento familiar
"Há de ser feita uma correção no nome do último artigo do dr. Drauzio Varella, "A meus colegas médicos" (Ilustrada, 10/12). Deveria se chamar "A meus caros brasileiros". É essencial. Deveria ser lido por todos. Suas lições teriam que constar do manual de qualquer aspirante a formulador de políticas públicas deste país. Nessa triste terra em que a maioria das mulheres ainda não tem sequer conhecimento dos seus direitos reprodutivos e muito menos do acesso a eles, o artigo é uma lufada de ar fresco. Meus parabéns ao colunista."
Luiz Augusto Módolo de Paula,
procurador do município de São Paulo e advogado (Santos, SP)
 

"Concordo com o dr. Drauzio Varella, que afirma em sua coluna de 10/12 que, por deficiência do governo e ingerência da Igreja Católica, as mulheres pobres não têm acesso a meios de planejamento familiar. Como diz o médico, "nenhuma área da saúde pública é mais desprezada do que a da saúde reprodutiva da mulher". Os direitos das mulheres pobres, que dependem exclusivamente do sistema público de saúde, estão sendo desrespeitados. É preciso que os governantes, em todos os níveis, dêem mais atenção e recursos para atender esse direito das mulheres brasileiras."
Marisa Sanematsu, jornalista (São Paulo, SP)
 

"Já não é a primeira vez que vejo, em seus artigos na Folha, o dr. Drauzio Varella mover ataque truculento ao pensamento da igreja, como se somente ele tivesse o direito humano e universal de pensar e expressar seu pensamento. O sr. Varella se vê no direito de poder falar, ensinar e opinar sobre tudo, e não é imposição. A igreja, não! Não é sujeito do mesmo direito. A propósito: o sr. Drauzio Varella tem alguma qualificação acadêmica em ética, direito natural ou filosofia pura para arvorar-se de juiz tão indignado contra alguém que não pensa como ele nesse campo? Ou ele acha que esse tema não requer competência específica e que sua graduação em medicina lhe confere título de iluminado em todas as disciplinas do saber humano?"
Antonio de Pádua Almeida (Maringá, PR)

Pré-campanha
"O texto "Senador usa Lula e "ficha limpa" contra Marta", publicado pela Folha ontem, apesar de reproduzir trechos importantes de minha entrevista e promover o debate democrático, pode suscitar, no título, interpretações imprecisas. 1) Diferentemente do título, não estou utilizando Lula contra Marta em minha pré-campanha, pois o presidente não se manifestou sobre a escolha do PT ao governo do Estado. Na entrevista, disse que, "como liderança muito importante em toda a história do PT", o presidente Lula deverá se manifestar na escolha do candidato à sucessão estadual e que "sua opinião deve ser considerada pelo partido". E ressalvei: "Mas só ele fala por ele" e "ele sempre soube respeitar as escolhas". 2) Também não disse que vou utilizar "ficha limpa" contra Marta. Aliás, nem sequer utilizei essa expressão. Apenas respondi ao jornalista, que, em sua pergunta, se referiu às ações do Ministério Público contra Marta: "A Marta tem grandes virtudes, tem experiência na cidade de São Paulo. Ela vai saber responder às acusações que são feitas contra ela". Concordei, em seguida, com o que o jornalista expôs em sua pergunta ("Ajuda sua pré-candidatura o fato de seu nome ter passado ao largo da crise?'): "Em relação à minha vida pública, nunca tive nenhum processo. Não há uma denúncia em nenhuma instância"."
Aloizio Mercadante, senador pelo PT-SP e líder do governo no Senado (Brasília, DF)

Golpismo
"A crítica do presidente Luiz Inácio Lula da Silva à oposição ("é golpista') era o que faltava para demonstrar, de uma vez por todas, não passar o nosso presidente de um déspota esclarecido (ou desesclarecido?). Está sempre certo, não pode ser contestado nem contrariado. Todos o perseguem. Ora, se a oposição é contundente na crítica ao seu comportamento e desempenho, é porque Lula, por sua vez, deu e dá causa a isso e, principalmente, se comporta como Hugo Chávez, um populista de quinta categoria."
Pedro Giberti, advogado (São Paulo,SP)
 

"A oposição ofendeu-se de ser chamada de golpista ("Alckmin e oposicionistas criticam tese do golpismo", Brasil, 11/12, A14)? Como queria ser chamada? Ao não querer incluir no relatório da CPI dos Correios as denúncias de uso de caixa dois pelo senador tucano Eduardo Azeredo e ao usar de chantagem ameaçando não votar o Orçamento para 2006, entre outras arbitrariedades? De responsáveis, corretos, impolutos? Está na hora de mostrar a verdadeira face dessa oposição, golpista, sim!"
Benjamin Eurico Malucelli (São Paulo, SP)

Saúde
"A aprovação da lei das OSs (Organizações Sociais) pela Câmara Municipal de São Paulo, em 8/12, é um duro golpe para os serviços de saúde públicos, ao permitir a terceirização da gestão de unidades públicas de saúde, pela contratação de pessoal sem concurso público, com conseqüente ausência de plano de carreira, cargos e salários. O SUS (Sistema Único de Saúde) é uma experiência exemplar da Constituição Cidadã de 1988, pois obriga o Estado a proporcionar a todos os brasileiros atendimento e tratamento de saúde gratuito e integral. Ele deve ser municipal ou regionalizado, eqüitativo e hierarquizado, sendo descentralizado com a participação complementar da iniciativa privada, mas não pode desrespeitar a participação da comunidade, por meio dos Conselhos de Saúde, na confecção do plano de saúde do município."
Antonio Carlos Cruz, médico diretor do sindicato dos médicos de São Paulo (São Paulo, SP)

Telefone fixo
"Mais uma vez a Anatel e a Telefonica querem "garfar" o assinante. Trocar cem pulsos de quatro minutos cada (400 minutos), franqueados atualmente, por 200 minutos é um escárnio à inteligência alheia."
Mario Calich (São Paulo,SP)

Empreendedor social
"Em meio à notícia de que somos o quarto país em desigualdade social, atrás somente de três países da África, fiquei muito feliz quando soube da iniciativa da Folha e da Fundação Schwab de premiar aqueles que dedicam sua vida a amenizar esse profundo mal-estar coletivo. O médico vencedor é um exemplo a ser seguido, e suas palavras, ao receber o prêmio, só dignificam a pessoa magistral que ele é. Parabéns a todos."
Maria Consuelo Apocalypse Jóia Paulini (Ouro Fino, MG)

Idoneidade
"Como profissional da empresa Lamix Painéis Eletrônicos, quero deixar claro que a marca que foi aposta na charge que ilustrou a página A2 do dia 8/11 foi uma infeliz coincidência. A empresa Lamix Painéis Eletrônicos, fabricante de painéis eletrônicos de mensagens, é uma empresa idônea e séria, não se envolve com escândalos públicos e políticos e não tem nada a ver com as matérias publicadas nesta data."
Ieda Tomita (São Paulo, SP)


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