São Paulo, quarta-feira, 12 de dezembro de 2007

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PAINEL DO LEITOR

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Inimigo número um
"O ministro Geddel Vieira Lima usou oito vezes a palavra democracia no artigo "O inimigo número um da democracia" ("Tendências/Debates", 10/12) para criticar a decisão do bispo dom Cappio de fazer greve de fome, colocando-o como o inimigo número um do regime.
Com certeza, a maioria da população sabe, mesmo que simbolicamente, o que faz um bispo. O que certamente poucos sabem, inclusive eu, é o que faz um ministro da Integração Nacional."
MÁRIO DEHON GUIMARÃES JOTA (Belo Horizonte, MG)

"A lição de democracia que o ministro Geddel Vieira Lima pretendeu dar a dom Luiz Cappio precisa ser contestada.
Não porque o artigo contenha fortes argumentos, capazes de influenciar a opinião dos leitores da Folha, pois basta ler o texto para comprovar que seu autor não entende nada do assunto que aborda.
Ele não conseguiu nem sequer perceber que o jejum de dom Cappio visa pressionar o governo a suspender a obra precisamente a fim de dar tempo para que se realizem as mais democráticas das providências: audiências públicas sobre alternativas ao projeto. Nenhum país plenamente democrático iniciaria obra desse porte sem consulta formal à população.
Na democracia verdadeira, o fato de ter sido eleito não pode ser usado pelo governo como um biombo para realizar, na surdina, o que entende ser do interesse nacional. Se Lula não quer saber de plebiscito, porque não realizar audiências públicas na Câmara Federal?
A recusa a uma solicitação evidentemente razoável sugere que o bilionário investimento não se destina, de fato, a levar água à população nordestina, mas a favorecer os agronegócios que elegeram a região para montar uma grande fruticultura de exportação."
PLINIO ARRUDA SAMPAIO, advogado, presidente da Associação Brasileira de Reforma Agrária (São Paulo, SP)

"O presidente Lula não pode ficar refém da insanidade de um bispo, da Igreja Católica e de movimentos radicais que não querem enxergar -ou querem mesmo impedir- que mais de 12 milhões de pessoas dependem da transposição do rio São Francisco para a sua sobrevivência ("Lula recebe CNBB para discutir caso do bispo em greve de fome", Brasil, 11/12). O problema para a solução da greve de fome do bispo Luiz Flávio Cappio é da Igreja Católica. A não ser que a Igreja queira mais um mártir para santificar."
BENJAMIN EURICO MALUCELLI (São Paulo, SP)

"Conheci frei Luiz, hoje dom Cappio, no interior da Bahia. Ainda jovem, seus sermões a todos encantavam. Uma sabedoria pura, inocente, viajava de uma cidade para outra a pé, recusando caronas. Mas agora, valendo-se de uma irracional greve de fome, penso que dom Cappio não adotou a melhor trincheira para lutar contra o projeto que acredita não ser bom para o Nordeste. Trata-se mesmo de uma postura fundamentalista. E se é pecado atentar contra a vida, como ensina a igreja, a postura do bispo vai de encontro à própria instituição."
LAFAIETE LUIZ DO NASCIMENTO (Águas Claras, DF)

Imprensas oficiais
"As explicações dos responsáveis pelas imprensas oficiais ("Imprensa Oficial nega uso político de publicações", Brasil, 9/ 12) sobre as condições de acessibilidade dos "Diários Oficiais" mostram por que as coisas andam tão mal nessa área.
Os presidentes das Imprensas Oficiais de Minas Gerais (Francisco Pedalino Costa) e de Alagoas (Marcos Kummer) reiteram que os "DOs" têm, sim, de servir de veículo para propaganda de governadores.
Só cabe repetir a observação do estudo trazido no texto : cadê o Ministério Público desses Estados?
Já o de São Paulo (Hubert Alquéres) responde sobre o que não foi perguntado e não responde ao que foi indagado: por que o acesso pleno ao "DO" só pode ser feito por quem paga assinatura? Ele também afirma, erroneamente, que a publicação on-line oferece busca global nas últimas sete edições. Não é fato. Tal recurso não existe."
CLAUDIO WEBER ABRAMO, diretor-executivo da Transparência Brasil (São Paulo, SP)

Nucleos
"Em relação à nota "Denúncia" (coluna "Mercado Aberto", 9/12), esclarecemos o que segue. 1. As "supostas ilegalidades" constantes de Relatório de Auditoria das patrocinadoras do Nucleos, Eletronuclear, INB e Nuclep, não têm nenhuma base crível ou factual. Não passa de um exercício torpe de ficção. 2. O objeto em questão da nota são as férias vencidas de um dos dirigentes da entidade, que, como manda a lei brasileira, devem ser pagas em dobro, conforme o artigo 137 da CLT.
Portanto não haveria por que o presidente do Conselho Deliberativo do Nucleos questionar um procedimento (pagamento de férias vencidas em dobro) que ele mesmo, junto com os demais conselheiros, aprovaram, por unanimidade, ao examinar o Relatório da Auditoria e as justificativas da diretoria. 3. É fácil perceber que não existiu concessão de benefício ilegal. Desta forma, somente podemos inferir que quem passou a informação -inclusive em relação à suposta iniciativa do presidente do conselho- quis induzir a Folha a um erro grosseiro, por motivos políticos, com o intuito de desestabilizar a atual gestão, pois nos próximos dias estará na pauta do Conselho Deliberativo da entidade exatamente a recondução da atual Diretoria Executiva, havendo outros interessados nos cargos."
LUIZ CLÁUDIO LEVY CARDOSO, presidente interino, J. RAPHAEL DE OLIVEIRA, diretor financeiro, e NORMAN VICTOR WALTER HIME, presidente do Conselho Deliberativo do Nucleos (Rio de Janeiro, RJ)

Desocupação
"Vergonhosa essa desocupação da comunidade do parque Real ("Reintegração de posse fecha pista da marginal Pinheiros; trânsito é ruim", Folha Online, 11/12). E não menos é o posicionamento da Folha Online em relação ao fato, enfatizando o trânsito causado, como se esse fosse o grande problema."
BRUNO SILVA BALTHAZAR (São Paulo, SP)

Necrológio
"Parabenizo a Folha pela coluna que vem sendo apresentada sob a rubrica "Mortes" (Cotidiano).
O texto de William Vieira, sempre delicado e às vezes roçando o poético, passou a ser um dos meus textos obrigatórios na leitura diária do jornal. A coluninha acrescenta um definitivo e necessário toque "humano" ao jornal, de que nós, leitores, fartos dos renanismos e chavismos do dia-a-dia, bem que estávamos precisando."
NIVALDO SANCHES (São Paulo, SP)

Arrastão
"Sobre o texto de Cecília Giannetti de ontem ("Arrastão classe média", Ilustrada), digo à colunista que, já que é duro andar no meio dessa "gentalha", deviam ir, ela e seus amigos todos, viver em Paris.
O nosso país ficaria bem melhor sem os pseudo-intelectuais que nos amolam em filas de cinema com suas considerações banais sobre modernidade, com suas preconceituosas questões sobre família e seu ateísmo barato.
Essa horda intelectual acredita ter recebido iluminação especial e não se dá conta de que é muito fácil se afirmar em seus dotes pessoais e desprezar quem luta pelo direito de ter uma casa, um bom carro...
É um absurdo que um veículo de comunicação como a Folha dê voz a quem tem tão pouco a dizer."
KAREN TIBURSKY (São Paulo, SP)

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