|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
PAINEL DO LEITOR
O "Painel do Leitor" recebe colaborações por e-mail (leitor@uol.com.br), fax (0/xx/11/3223-1644) e correio (al.Barão de Limeira, 425, 4º andar, São Paulo-SP, CEP 01202-900). As mensagens devem ser concisas e conter nome completo, endereço e telefone. A Folha se reserva o direito de publicar trechos.
Inimigo número um
"O ministro Geddel Vieira Lima
usou oito vezes a palavra democracia no artigo "O inimigo número um
da democracia" ("Tendências/Debates", 10/12) para criticar a decisão
do bispo dom Cappio de fazer greve
de fome, colocando-o como o inimigo número um do regime.
Com certeza, a maioria da população sabe, mesmo que simbolicamente, o que faz um bispo. O que
certamente poucos sabem, inclusive eu, é o que faz um ministro da Integração Nacional."
MÁRIO DEHON GUIMARÃES JOTA
(Belo Horizonte, MG)
"A lição de democracia que o ministro Geddel Vieira Lima pretendeu dar a dom Luiz Cappio precisa
ser contestada.
Não porque o artigo contenha
fortes argumentos, capazes de influenciar a opinião dos leitores da
Folha, pois basta ler o texto para
comprovar que seu autor não entende nada do assunto que aborda.
Ele não conseguiu nem sequer perceber que o jejum de dom Cappio
visa pressionar o governo a suspender a obra precisamente a fim de
dar tempo para que se realizem as
mais democráticas das providências: audiências públicas sobre alternativas ao projeto.
Nenhum país plenamente democrático iniciaria obra desse porte
sem consulta formal à população.
Na democracia verdadeira, o fato
de ter sido eleito não pode ser usado
pelo governo como um biombo para realizar, na surdina, o que entende ser do interesse nacional. Se Lula
não quer saber de plebiscito, porque não realizar audiências públicas na Câmara Federal?
A recusa a uma solicitação evidentemente razoável sugere que o
bilionário investimento não se destina, de fato, a levar água à população nordestina, mas a favorecer os
agronegócios que elegeram a região
para montar uma grande fruticultura de exportação."
PLINIO ARRUDA SAMPAIO, advogado, presidente
da Associação Brasileira de Reforma Agrária
(São Paulo, SP)
"O presidente Lula não pode ficar
refém da insanidade de um bispo,
da Igreja Católica e de movimentos
radicais que não querem enxergar
-ou querem mesmo impedir- que
mais de 12 milhões de pessoas dependem da transposição do rio São
Francisco para a sua sobrevivência
("Lula recebe CNBB para discutir
caso do bispo em greve de fome",
Brasil, 11/12). O problema para a
solução da greve de fome do bispo
Luiz Flávio Cappio é da Igreja Católica. A não ser que a Igreja queira
mais um mártir para santificar."
BENJAMIN EURICO MALUCELLI (São Paulo, SP)
"Conheci frei Luiz, hoje dom
Cappio, no interior da Bahia. Ainda
jovem, seus sermões a todos encantavam. Uma sabedoria pura, inocente, viajava de uma cidade para
outra a pé, recusando caronas. Mas
agora, valendo-se de uma irracional
greve de fome, penso que dom Cappio não adotou a melhor trincheira
para lutar contra o projeto que
acredita não ser bom para o Nordeste. Trata-se mesmo de uma postura fundamentalista. E se é pecado
atentar contra a vida, como ensina a
igreja, a postura do bispo vai de encontro à própria instituição."
LAFAIETE LUIZ DO NASCIMENTO (Águas Claras, DF)
Imprensas oficiais
"As explicações dos responsáveis
pelas imprensas oficiais ("Imprensa
Oficial nega uso político de publicações", Brasil, 9/ 12) sobre as condições de acessibilidade dos "Diários
Oficiais" mostram por que as coisas
andam tão mal nessa área.
Os presidentes das Imprensas
Oficiais de Minas Gerais (Francisco
Pedalino Costa) e de Alagoas (Marcos Kummer) reiteram que os
"DOs" têm, sim, de servir de veículo
para propaganda de governadores.
Só cabe repetir a observação do
estudo trazido no texto : cadê o Ministério Público desses Estados?
Já o de São Paulo (Hubert Alquéres) responde sobre o que não foi
perguntado e não responde ao que
foi indagado: por que o acesso pleno ao "DO" só pode ser feito por
quem paga assinatura? Ele também
afirma, erroneamente, que a publicação on-line oferece busca global
nas últimas sete edições. Não é fato.
Tal recurso não existe."
CLAUDIO WEBER ABRAMO, diretor-executivo da
Transparência Brasil (São Paulo, SP)
Nucleos
"Em relação à nota "Denúncia"
(coluna "Mercado Aberto", 9/12), esclarecemos o que segue. 1. As "supostas ilegalidades" constantes de
Relatório de Auditoria das patrocinadoras do Nucleos, Eletronuclear,
INB e Nuclep, não têm nenhuma
base crível ou factual. Não passa de
um exercício torpe de ficção. 2. O
objeto em questão da nota são as férias vencidas de um dos dirigentes
da entidade, que, como manda a lei
brasileira, devem ser pagas em dobro, conforme o artigo 137 da CLT.
Portanto não haveria por que o presidente do Conselho Deliberativo
do Nucleos questionar um procedimento (pagamento de férias vencidas em dobro) que ele mesmo, junto com os demais conselheiros,
aprovaram, por unanimidade, ao
examinar o Relatório da Auditoria e
as justificativas da diretoria. 3. É fácil perceber que não existiu concessão de benefício ilegal. Desta forma,
somente podemos inferir que quem
passou a informação -inclusive em
relação à suposta iniciativa do presidente do conselho- quis induzir a
Folha a um erro grosseiro, por motivos políticos, com o intuito de desestabilizar a atual gestão, pois nos
próximos dias estará na pauta do
Conselho Deliberativo da entidade
exatamente a recondução da atual
Diretoria Executiva, havendo outros interessados nos cargos."
LUIZ CLÁUDIO LEVY CARDOSO, presidente interino,
J. RAPHAEL DE OLIVEIRA, diretor financeiro, e
NORMAN VICTOR WALTER HIME, presidente do
Conselho Deliberativo do Nucleos
(Rio de Janeiro, RJ)
Desocupação
"Vergonhosa essa desocupação
da comunidade do parque Real
("Reintegração de posse fecha pista
da marginal Pinheiros; trânsito é
ruim", Folha Online, 11/12). E não
menos é o posicionamento da Folha Online em relação ao fato, enfatizando o trânsito causado, como
se esse fosse o grande problema."
BRUNO SILVA BALTHAZAR (São Paulo, SP)
Necrológio
"Parabenizo a Folha pela coluna
que vem sendo apresentada sob a
rubrica "Mortes" (Cotidiano).
O texto de William Vieira, sempre delicado e às vezes roçando o
poético, passou a ser um dos meus
textos obrigatórios na leitura diária
do jornal. A coluninha acrescenta
um definitivo e necessário toque
"humano" ao jornal, de que nós, leitores, fartos dos renanismos e chavismos do dia-a-dia, bem que estávamos precisando."
NIVALDO SANCHES (São Paulo, SP)
Arrastão
"Sobre o texto de Cecília Giannetti de ontem ("Arrastão classe
média", Ilustrada), digo à colunista
que, já que é duro andar no meio
dessa "gentalha", deviam ir, ela e
seus amigos todos, viver em Paris.
O nosso país ficaria bem melhor
sem os pseudo-intelectuais que nos
amolam em filas de cinema com
suas considerações banais sobre
modernidade, com suas preconceituosas questões sobre família e seu
ateísmo barato.
Essa horda intelectual acredita
ter recebido iluminação especial e
não se dá conta de que é muito fácil
se afirmar em seus dotes pessoais e
desprezar quem luta pelo direito de
ter uma casa, um bom carro...
É um absurdo que um veículo de
comunicação como a Folha dê voz
a quem tem tão pouco a dizer."
KAREN TIBURSKY (São Paulo, SP)
Leia mais cartas na Folha Online
www.folha.com.br/paineldoleitor
Serviço de Atendimento ao Assinante: 0800-775-8080
Grande São Paulo: 0/xx/11 3224-3090
www.cliquefolha.com.br
Ombudsman: 0800-15-9000
ombudsman@uol.com.br
www.folha.com.br/ombudsman
Texto Anterior: Luiz Flávio Cappio: Jejuo também por democracia real
Próximo Texto: Erramos Índice
|