São Paulo, sábado, 13 de janeiro de 2001

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PAINEL DO LEITOR


Submarino
"A propósito do artigo "O caso Tonelero" ("Tendências/Debates", 12/1), de autoria do articulista Roberto Lopes, o Centro de Comunicação Social do Exército tem a informar: 1) O que "é de se imaginar" e estranhar é o despropósito das referências feitas pelo articulista às Forças Armadas em geral, e ao Exército brasileiro, em particular, quando afirma que "É de se imaginar o grau de eficiência da tropa, desmotivada e destreinada, quando ela for necessária nas fronteiras da Amazônia. Talvez a estejamos condenando a um mero destino de glória póstuma". 2) Trata-se de afirmação injusta e divorciada da realidade, proferida por pessoa que se diz autoridade em assuntos militares, com curso no exterior e experiência como correspondente em guerras de além-mar, mas que demonstra falecer de conhecimentos para pronunciar-se em assuntos relacionados ao Exército brasileiro. 3) O Exército dispõe na Amazônia do Centro de Instrução de Guerra na Selva, referência mundial no ensino de técnicas e táticas de combate em ambiente hostil, reconhecido, internacionalmente, como um centro de excelência. A tropa do Exército articulada na Amazônia se encontra equipada, adestrada e motivada para cumprir a missão que a sociedade brasileira dela espera: manter a integridade territorial e a soberania brasileira naquela região. O "mero destino de glória póstuma" fica por conta da previsão de caráter escatológico do autor."
Luiz Cesário da Silveira Filho , general-de-brigada, chefe do Centro de Comunicação Social do Exército (Brasília, DF)

"Em relação ao artigo "O caso Tonelero", participo que as opiniões nele expressas causaram perplexidade e repúdio em todos que acompanham os assuntos relacionados às Forças Armadas. O autor, que se intitula "expert" e diplomado em assuntos de defesa, usando como pretexto o acidente com o submarino Tonelero, faz inúmeras críticas e ofende, despropositadamente, não só as autoridades constituídas como as Forças Armadas. Desde o dia 25/12, a Marinha, por determinação expressa de seu comandante, mantém canal aberto com a imprensa, atendendo, por meio do Serviço de Relações Públicas e da Assessoria de Comunicação Social do Primeiro Distrito Naval, com agilidade e transparência, a todas as solicitações de informações, seja por meio de entrevistas coletivas, respostas diretas a jornalistas ou notas oficiais. Desse modo, a Marinha aguardará a perícia e a conclusão do competente inquérito policial militar para, dentro dos prazos legais, divulgar todas as informações sobre as circunstâncias, causas, consequências e responsabilidades pela ocorrência. A propósito, reiteramos que, como já apurado, não foram encontrados indícios de que tenham ocorrido comemorações a bordo."
Carlos Marcello Ramos e Silva , capitão-de-mar-e-guerra, assessor de Relações Públicas da Marinha (Brasília, DF)

Mário Covas
"Não acho que Mário Covas esteja querendo provar alguma coisa. Ele está exercendo o seu direito -com muita coragem- de continuar sendo transparente. O governador está demonstrando que é um homem como pouquíssimos: sem o medo de mostrar-se como realmente é, ou está. Feliz daquele que tem tanta transparência. Quem é Eliane Cantanhêde para pedir ao "Espanhol" para "sossegar"? Acho muita ousadia."
Edson F. Nascimento, médico psiquiatra (Ribeirão Preto, SP)

"Poucas vezes fiquei tão indignada com o modo de a Folha abordar um assunto como ao ler o tópico "Frases" (Brasil, pág. A6, 11/1) sobre o governador Mário Covas. Não consegui entender o que o jornal pretendeu. Humilhar quem tem coragem de se expor? Repetir palavras inventadas, como as de uma criança que aprende a falar ou de alguém que não teve o privilégio de estudar e diz frases tão erradas que se tornam engraçadas para os pobres de espírito? Muitos de nós vimos na TV a confusão do governador, a aflição e a dor de dona Lila. Mário Covas, homem de coragem como poucos, tem enfrentado a provação por que passa com uma grandeza que não tem a pessoa que redigiu, de forma tão desastrada, e pôs em destaque aquelas frases."
Maria Cecília Mendonça de Barros (São Paulo, SP)

"Imagine a seguinte manchete: "Mário Covas fala desarticuladamente em palestra". Em seguida, a reportagem apenas descreve como o fato se deu, sem fazer menção às frases. Pergunto: "Ficaria completa a reportagem?". Creio que não. Por que (em nome de um suposto pudor?) ter de recorrer à dissertação, à narração, à recursos linguísticos para mostrar ao leitor um fato? A divulgação das falas do governador foi a melhor forma de o leitor ter a exata dimensão do que ocorreu. Discordo da opinião do dramaturgo Marcos Caruso. A Folha nada mais fez do que exibir os fatos da melhor forma possível. Um fato da vida, da vida cotidiana. E isso um dramaturgo não deve rechaçar."
Rogério E. Falciano (Cotia, SP)

Cibrius
"O Instituto Conab de Seguridade Social - Cibrius esclarece que a matéria publicada na seção "Painel" (Brasil, pág. A4, 10/1), intitulada "Preço de Ocasião", está incompleta. Desde julho de 1999, o Cibrius tem tomado providências no sentido de reaver o prejuízo sofrido, seja através de encaminhamento do caso à CVM para investigação administrativa, seja através de uma ação de indenização movida contra os ex-diretores da instituição que adquiriram as ações da Telma e contra a corretora que as vendeu, ação que foi ajuizada em novembro de 1999."
Humberto Cavalcante Lacerda, interventor (Brasília, DF)

TV Cultura
"Em relação à reportagem sobre a TV Cultura (Ilustrada, pág E1, 11/1), gostaríamos de esclarecer que os valores apontados como orçamento público, por englobarem recursos próprios, não espelham o comportamento das transferências de recursos feitas pelo governo do Estado à emissora, as quais têm sistematicamente aumentado, seja para pessoal, custeio ou investimento. No período 1995-2000, o total de repasses para a TV Cultura passou de R$ 40,7 milhões por ano para R$ 60,4 milhões por ano. Comparando as liberações financeiras de 1999 com as de 2000, verificamos um aumento de R$ 53,7 milhões para R$ 60,4 milhões, ou seja, um acréscimo de 13%. Com respeito à dotação orçamentária do Tesouro para 2001, no montante de R$ 62,7 milhões, observamos um crescimento de 4% sobre o liberado em 2000 (R$ 60,4 milhões) e de 20% sobre a dotação inicial de 2000 (R$ 52,1 milhões)."
Fernando Dall'Acqua, secretário adjunto da Secretaria de Estado dos Negócios da Fazenda (São Paulo, SP)

Resposta da jornalista Laura Mattos - O governo de São Paulo liberou menos recursos do que o previsto no Orçamento de 2000 (R$ 79,999 milhões). Sobre o total dos recursos liberados, leia a seção "Erramos", abaixo.

Boas-festas

A Folha agradece os votos de boas-festas recebidos de: Carlos Patrocínio, senador (Brasília, DF); British Airways (São Paulo, SP); Manoel Dias, secretário nacional do PDT;Editora Palavra Mágica, Outras Palavras e Fundação Palavra Mágica; Hotel Promenade Ltda. (Curitiba, PR); Telia Imóveis e Admin. Ltda. (São Paulo, SP); União Nacional dos Artistas Plásticos (São Paulo, SP); Ariovaldo Cavarzan; Cyllêneo Pessoa Pereira e família; Audálio Dantas; Sergio Ricardo Tannuri; Beth Muller.


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