São Paulo, sábado, 13 de janeiro de 2007

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PAINEL DO LEITOR

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Ciência e tecnologia
"Os fatos muito bem apresentados no texto "MCT e MEC: o paradigma complementar" ("Tendências/Debates", 11/1), não conseguem explicar uma simples dúvida que perturba a mente de cada pós-graduando que está em vias de terminar o seu doutorado: de que adianta formar 10 mil doutores por ano se mais da metade desses não terá onde trabalhar -ou por falta de vagas disponíveis no mercado ou por serem "muito qualificados'? De um lado, o governo investe dinheiro, possibilitando alcançar relativos índices, que são publicados com pompa e sentimento de "dever cumprido". De outro lado, milhares de recém-doutores correm atrás do "primeiro emprego" sem sucesso, terminando com o já bem conhecido êxodo de cérebros. Assim, boa parte desse dinheiro investido, citado pela coluna, servirá de mão-de-obra qualificada para o Tio Sam ou para algum país da Europa."
ALEXANDRE JOSÉ CHRISTINO QUARESMA, pós-graduando em bioquímica pela Unicamp (Campinas, SP)

Sonhos
"Fascinante o artigo de Contardo Calligaris de 11/1 ("Os sonhos dos adolescentes", Ilustrada), sobre as mudanças nas perspectivas dos jovens quanto ao futuro. Faculdades privadas comercializam seus produtos e serviços, escolas públicas recomendam Harry Potter como leitura atual e professores são entendidos como meros "missionários" e signatários de Piaget. Esquecem que o professor não é voluntário, e seu papel social é dos mais importantes, embora pouco valorizado."
HARRISON RIVELLO (Três Corações, MG)

Sarampo
"Em relação ao texto "Explosão de casos faz sarampo voltar à fase pré-erradicação" (Cotidiano, 11/1), o Ministério da Saúde esclarece que o continente americano conseguiu interromper a transmissão do sarampo desde o ano 2000, mas, com a manutenção da ocorrência da doença na Europa, na Ásia e na África, todos estão sujeitos à eventual importação de casos da doença, transmitida, por exemplo, por um viajante. A situação na Bahia está longe de representar uma "explosão de casos". A investigação indica tratar-se da cepa D4, que circula na Europa e na África. Assim, indica mais um episódio de importação de caso, com, até agora, limitada extensão. O Ministério da Saúde considera que este surto não configura a reintrodução da transmissão autóctone do sarampo no país. Este episódio demonstra a necessidade de que todos os níveis do nosso sistema de saúde reforcem as ações no sentido de garantir os êxitos já conquistados."
EXPEDITO LUNA, diretor do Departamento de Vigilância Epidemiológica do Ministério da Saúde (Brasília, DF)

Resposta do jornalista Thiago Reis - Em 2006, houve 43 casos de sarampo confirmados na Bahia. Nos seis anos anteriores, somados, foram registrados 46 casos da doença em todo o país. Foi o secretário da Saúde da Bahia, Jorge Pereira Solla, quem disse que há uma epidemia, e não um surto limitado, e que há casos considerados autóctones.

Renúncia
"O texto de Marcelo Garcia ("Renúncia fiscal não é filantropia", "Tendências/Debates", 12/1) levanta questões relevantes sob a ótica do administrador público, mas não aborda aspectos legais vigentes. Se está previsto pela legislação o direcionamento de parte do imposto devido por empresas para fundos sociais, cabe ao gestor privado decidir para onde transferirá essa parcela. Diversos projetos sociais desenvolvidos por entidades filantrópicas são mantidos com esses recursos, uma vez que os benefícios fiscais e subvenções não são suficientes para a manutenção de suas atividades. A mobilização da sociedade civil, organizando-se para atender necessidades sociais básicas da população, demonstra a ineficiência estatal em combater a pobreza.
MARCO MILANI, coordenador do Núcleo de Estudos do Terceiro Setor da Universidade Mackenzie (São Paulo, SP)

TAM
"A TAM contesta a declaração atribuída ao senhor subprocurador-geral da República, Aurélio Virgílio Veiga Rios, de que "a TAM inovou, conseguiu fazer overbooking em todos os seus vôos na alta temporada" ("Lucro das concessões só se compara ao tráfico de drogas, afirma subprocurador", Dinheiro, 12/1). A TAM esclarece que os atrasos dos vôos entre os dias 20 e 23 de dezembro decorreram de uma série de fatores ocorridos no próprio dia 20, conforme amplamente divulgado e confirmado pelo Relatório de Monitoração, elaborado por Força Tarefa da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). São eles: fechamento de Congonhas por questões meteorológicas, que resultou em nove vôos desviados para outro aeroporto; parada de seis aeronaves Airbus A-320 da companhia ao longo do dia para manutenção corretiva de pouca relevância, mas absolutamente necessária para a preservação da segurança de vôo, compromisso inalienável da TAM; e quedas sucessivas na rede de dados entre a Infraero e a TAM no aeroporto Tom Jobim, no Rio. O referido relatório está disponível no site www.anac.gov.br. No documento, a Anac conclui que, "em relação à prática de overbooking enquanto estratégia comercial, a FTA não identificou nos sistemas de vendas e reservas das concessionárias mencionadas níveis capazes de comprometer a fluidez das respectivas operações"."
ANAHÍ GUEDES, gerente de comunicação da TAM (São Paulo, SP)

Órfãos
"Sempre fui um defensor voraz do PSDB, e sempre acreditei que o partido mostrava um comportamento ético e digno de oposição ao PT. Porém, a partir do conluio para apoiar Arlindo Chinaglia para a presidência da Câmara, sinceramente começo a pensar que estamos órfãos, de pai e de mãe, na política. E cumprimento Geraldo Alckmin e seu grupo dentro do PSDB, que são visceralmente contra tal proposição."
SÍLVIO ALVES (São José do Rio Pardo, SP)

Boas-festas
A Folha agradece e retribui os votos de boas-festas recebidos de: Milú Villela, presidente do MAM-SP - Museu de Arte Moderna de São Paulo (São Paulo, SP); Américo Fialdini Jr., diretor-presidente da Fundação Conrado Wessel (São Paulo, SP); Verônica Costa, vereadora pelo PMDB-RJ (Rio de Janeiro, RJ); Renato Castanhari (Ribeirão Preto, SP); Paulo Planet Buarque (São Paulo, SP); Grupo Galpão (Belo Horizonte, MG); Sanofi Pasteur (São Paulo, SP).

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