São Paulo, sábado, 13 de fevereiro de 2010

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PAINEL DO LEITOR

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Arruda
"Arruda, o mentiroso, não foi um bom governador, como querem frisar seus companheiros do DEM. A prova disso está na decisão do STJ e numa cela de prisão especial.
Não podemos separar o dever do retorno obrigatório de impostos em obras públicas da imprescindível conduta ilibada de ocupantes de cargos públicos. A tese do "rouba, mas faz" é defendida por desonestos e atende apenas a seus interesses."
JULIO CÉSAR CALDAS ALVIM DE OLIVEIRA (Curitiba, PR)

"Após muitos anos e escândalos, finalmente o Brasil vê alguma reação oficial no sentido de investigar a baderna e a roubalheira. Um momento histórico para a nação. Arruda não foi condenado, mas será investigado, e isso deveria trazer contentamento para todo o país. É a perspectiva de que a lei será cumprida, e a corrupção, punida, fatos raríssimos no Brasil.
Surpreendentemente, li que o presidente Lula acha que a notícia não era algo "bom para o país nem bom para a política"."
LUIZ MACETA (Dubai, Emirados Árabes Unidos)

"Para os que contestaram as opiniões dos generais Francisco Batista Torres Melo e Maynard Marques de Santa Rosa, sobre o atual governo, vale a pena relembrar esta pérola: o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ao ser informado da decisão do Superior Tribunal de Justiça contra José Roberto Arruda, lamentou, dizendo que o fato não era bom para o Brasil e recomendou que a Polícia Federal desse um tratamento especial para o homem do panetone e do painel.
Não acredito que, depois dessa informação, ainda vou encontrar alguém que não queira estar ao lado dos generais."
LEÔNIDAS MARQUES (Volta Redonda, RJ)

"Arruda preso está corretíssimo. Errado é os mensaleiros do PT ainda estarem à solta."
PEDRO GALUCHI (São Paulo, SP)

Amazônia
"Parabéns à Folha pelo editorial "Paranoia amazônica" (Opinião, ontem), que reflete com exatidão e clareza o debate que envolve a adequação da atividade econômica à preservação ambiental.
A atuação do nobre deputado Aldo Rebelo, detentor de uma visão minimalista e superficial do tema, representa um retrocesso à democracia brasileira. Além disso, fomenta um "apartheid" artificial entre ruralistas e ambientalistas e inviabiliza a efetivação do comando constitucional do "desenvolvimento sustentável"."
CARLOS EDUARDO FERREIRA PINTO, promotor de Justiça de Defesa do Meio Ambiente (Belo Horizonte, MG)

"Quando a legislação proíbe a prática indígena de fermentar (pubar) a raiz da mandioca nos igarapés por conta da liberação do ácido cianídrico, que poderia poluir as águas, ou quando os assentados da reforma agrária de Rondônia vendem seus lotes em massa em razão das restrições ambientais, é evidente que não há nenhum exagero em se falar de "terror" contra as populações da Amazônia.
Foi o que vi e ouvi em depoimentos colhidos na região. O editorial de ontem tem razão em advertir contra a paranoia no debate sobre o Código Florestal e em ressaltar os problemas ambientais do país, mas não deve desprezar o sofrimento e a insegurança dos produtores rurais pequenos, médios e grandes distantes do conforto e da indiferença das nossas metrópoles, também carregadas de dramas ambientais."
ALDO REBELO, deputado federal -PC do B-SP (Brasília, DF)

Serra
"A coluna do senhor Ricardo Melo de 11/2 (Opinião), independentemente de suas claras preferências politico-ideológicas, comete um erro factual quando afirma que "Serra nunca foi daqueles de ir para o sacrifício em nome do partido".
Ao contrário do que diz o colunista, Serra foi candidato a prefeito em 1988, substituindo Franco Montoro, que adoeceu, no final de agosto, sem nenhuma chance de vitória, atendendo a conclamação do partido. Foi candidato ao mesmo posto em 1996, todo mundo sabe, por pressão do partido.
Em 2002, concorreu a presidente, apesar de estar em quarto lugar nas pesquisas (depois chegou ao segundo turno). Em 2004, sua intenção não era concorrer à prefeitura, mas atendeu a uma conclamação do partido. Em 2006, não recebeu nenhum apelo para se candidatar novamente a presidente, mas, sim, a governador, o que fez."
JOÃO CARAMEZ, deputado estadual e vice-presidente do PSDB-SP (São Paulo, SP)

Justiça
"Parece muito bem intencionado o juiz Fausto de Sanctis ao defender medidas mais duras para combater corrupção no país ("Projeto anticorrupção é insuficiente, diz juiz", Brasil, 11/2). Porém, de boas intenções, já diz o ditado, o caminho do inferno está cheio. O senhor, infelizmente, vem dando demonstrações de uma prática bem diferente e se revelando um ardiloso político pregando moralidade. Quando ele fala em flexibilizar direitos, torna-se uma ameaça. A corrupção precisa ser combatida, mas não pode ser trampolim político."
AILTON GONÇALVES (Brasília, DF)

Transgênicos
"Estava na edição de 11/2 do caderno Ciência: "Novo presidente da CTNBio se diz contra rotular transgênico".
Entregaram à raposa o galinheiro. A Monsanto deve estar esfregando o bolso de tanta felicidade. Nós, os consumidores, estamos ferrados."
PAULO HASE (Araci, BA)

Saúde
"Fui internado no Instituto Dante Pazzanese para correção de três aneurismas e soube que havia ocorrido um "pequeno incidente': minha perna esquerda ficara apoiada sobre a outra, pressionando a circulação. Na UTI, não houve cuidados suficientes da enfermagem, o que resultou em duas enormes escaras.
Já no quarto, constatei que os cuidados pareciam ser insuficientes para controle das feridas. Fui submetido a duas outras intervenções cirúrgicas para tratar as escaras. Como não havia vaga no centro cirúrgico, uma delas foi realizada no quarto.
Na mesma noite, fui levado à UTI, com septicemia. Nas horas de visita, minha mulher constatou que eu nunca estava na posição recomendada (de lado). Questionados, os enfermeiros informavam que eles me colocavam daquela forma para facilitar curativos, colocar e tirar tubos e cateteres etc..
Cem dias após a internação, fui liberado para voltar para casa. Vários dias depois, descobrimos uma ponta de tecido saindo da ferida e retiramos uma compressa esquecida durante a última cirurgia. Congelada como prova de negligência, a compressa foi mostrada à equipe do hospital, da qual recebemos pedidos de desculpas. Mas quantos terão sobrevivido para ouvir esses mesmos pedidos? O que aqui conto é um resumo do que foi o pesadelo vivido nessa instituição, em que a renomada excelência das equipes médicas se contrapõe a uma ineficaz e descuidada equipe de apoio."
MÁRIO CHIMANOVITCH (São Paulo, SP)

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