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São Paulo, quarta-feira, 13 de agosto de 2003

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PAINEL DO LEITOR

Privilégios
"Brilhante o artigo de ontem do jornalista Janio de Freitas ("Os privilegiados", Brasil, pág. A5), no qual ele diz que as "reformas" do presidente Lula nada resolvem em troca do que agravam para muita gente e para o país. Economizar 11% nas aposentadorias atuais nada significa para os cofres públicos, mas vai tirar de circulação dinheiro importante na atual conjuntura econômica. Vai tirar de quem já está "no osso" o dinheiro que vai sumir nos caminhos da burocracia e servir de privilégio para uns poucos que já estão abarrotados de mordomias."
Pedro Rinaldi (Franca, SP)

 

"Em sua ânsia de "esquerdizar" o governo, o brilhante articulista Janio de Freitas volta e livra a cara do Judiciário -apesar de suas escandalosas manobras corporativas. Como? Repetindo a cômoda análise que imputa todos os males do país aos Poderes Executivo e Legislativo, tradicionais sacos de pancada nos botecos de esquina, nas Redações de jornais e nos corredores forenses. Será que, um dia, alguém na imprensa terá capacidade para perceber que, da forma como está organizado o aparelho legal brasileiro, há um só Poder de fato?"
Rui Marin Daher (São Paulo, SP)

Educação melhorada
"O ditado de que o papel comporta tudo se faz presente no texto do professor Paulo Renato Souza ("O ensino superior tem mais qualidade", pág. A3, 11/8). Apesar de nada ter dito sobre a omissão do poder público sobre o não-fechamento de instituições reiteradamente reprovadas no provão, houve, sim, melhora na situação do ensino superior. Melhora para os donos de faculdades (mais grana), para os professores universitários (mais vagas) e para as editoras (mais livros). Quanto aos alunos e à qualidade do ensino, ah, isso é secundário."
Luiz Guilherme Arcaro Conci, professor (São Paulo, SP)

Portunhol fronteiriço
"Parabéns ao escritor Douglas Diegues ("A língua absorvida", Ilustrada, pág. E1, 9/8). Que alvissareira notícia! Um escritor que lá do limite entre Brasil e Paraguai nos dá a oportunidade de conhecer mais da arte e da beleza que brotam do portunhol fronteiriço."
Ludmilla Radeke Bello Milanez (Campinas, SP)

Pontos corridos
"Em relação ao atual Campeonato Brasileiro, por pontos corridos, alguns dirigentes e outros tantos torcedores lamentam as péssimas campanhas de alguns clubes creditando-as à fórmula de disputa do certame. Faltam à maioria dos clubes planejamento e administração competente. A forma atual de disputa premiará verdadeiramente o melhor. A desinteresse e a falta de público nos estádios assistimos já não é de hoje, e as causas são bem outras."
Cláudio José Ferreira da Silva (São Paulo, SP)

11 de agosto
"É de causar indignação que estudantes de direito de uma faculdade tradicional como a do largo São Francisco -privilegiados, diga-se de passagem, pois, apesar de eles terem os méritos de terem passado no vestibular, somos nós que pagamos seus cursos- tenham atitudes tão infantis como jogar uma galinha na prefeita. São esses os advogados do futuro? Os que irão defender os nossos direitos? Será que vão defender suas causas jogando galinhas nos juízes?"
Guilherme Madeira (Santo André, SP)

 

"Como estudante da faculdade de direito mais importante deste país, manifesto o meu repúdio em relação à atitude de desrespeito contra a excelentíssima prefeita de São Paulo. Gostaria de acrescentar também que não é do feitio dos estudantes da nossa faculdade desrespeitar as autoridades, principalmente de maneira tão mesquinha como a ocorrida no dia do centenário do centro acadêmico mais importante do país. Para a maior parte dos estudantes do largo São Francisco, a atitude de jogar uma galinha sobre a prefeita Marta Suplicy foi um ato de extremo desrespeito, que envergonhou a comemoração do nosso centenário."
Luiz Ricardo Ortiz Sartorelli, estudante do terceiro ano da Faculdade de Direito da USP (São Paulo, SP)

Igreja e ambiente
"A leitora Sandra M. Andrade ("Painel do Leitor", 12/8) equivoca-se ao afirmar que, na questão ambiental, a Igreja Católica apenas "reza pedindo chuva". A Igreja Católica desenvolve projetos não só visando à preservação ambiental, mas, sobretudo, integrando-a ao desenvolvimento social e à promoção humana. Vide por exemplo os trabalhos da Caritas Brasileira, órgão da CNBB co-responsável pelo projeto "Articulação no Semi-Árido Brasileiro" (vencedor do Prêmio Super Ecologia, da revista "SuperInteressante" em 2002), no qual se destacam os Grupos de Trabalhos de Desertificação e Agroecologia"."
Valmir Medina Riga (Presidente Prudente, SP)

Transporte paulistano
"No texto "SP muda regra de licitação de ônibus" (Cotidiano, pág. C5, 6/8), o repórter Alencar Izidoro utiliza afirmações minhas que, descontextualizadas, não refletem a minha opinião. Fui procurado pelo repórter não para uma entrevista, mas para esclarecer dúvidas gerais que ele tinha sobre questões de natureza jurídica. Não me recusei a ajudá-lo, mas a todo momento reiterei minha impossibilidade de opinar sobre a licitação dos transportes coletivos da Prefeitura de São Paulo por não conhecer os meandros do processo. Estranha-me, pois, que o repórter tenha pinçado uma afirmação minha, de caráter geral, estabelecendo conexão direta com um caso que, reafirmo, não tive oportunidade de analisar em detalhes. Parece um caso típico de reportagem feita por um jornalista que tem uma tese e sai a campo utilizando toda sorte de artifícios para confirmá-la. Isso não me parece lícito ou ético, e recuso-me a emprestar meu nome para tais fins. Reitero que, pela simples razão de não conhecer o caso, não opinei objetivamente sobre licitação de transportes coletivos na cidade de São Paulo. Ressalto que muitas vezes expliquei ao repórter que, em minha opinião, os procedimentos relatados por ele poderiam refletir absoluta legalidade, e não aquilo que falsamente constou do subtítulo da reportagem -"advogados vêem ilegalidades"."
Marcos Augusto Perez (São Paulo, SP)

Resposta do jornalista Alencar Izidoro - A reportagem não atribui ao senhor Marcos Perez a avaliação de que a licitação é ilegal. Cita apenas uma frase dele, na forma condicional, sobre eventual ilegalidade em mudanças nas regras da licitação: "Se realmente houve alteração, os prazos teriam de ser revistos, sob pena de nulidade dela [a licitação]". O subtítulo se deve ao fato de dois advogados -Paulo Boselli e Maria Isabel Calmon Gonzaga Abdala- terem sido taxativos ao afirmar que as exigências legais não foram cumpridas.


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