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PAINEL DO LEITOR
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Juros
"Na edição de ontem desta Folha, Francisco Dornelles ("Tendências/Debates", pág. A3) denuncia a
carga tributária invisível que sufoca
os pobres, e Antônio Ermírio de
Moraes (pág. A2) cobra do Estado
brasileiro mais eficiência e menos
gastos com despesas de pessoal.
Nenhum dos dois, porém, focaliza o verdadeiro câncer que corrói as
finanças públicas e compromete o
futuro do país. Em 2006, a União
pagou 158 bilhões de reais de juros
aos bancos e seus clientes rentistas.
Ou seja, 50 bilhões a mais que o total das despesas de pessoal da União
e mais de quatro vezes o suposto déficit da Previdência Social. É a
maior política de transferência de
renda dos pobres para os ricos que
este país jamais conheceu."
FÁBIO KONDER COMPARATO , advogado, presidente
da Comissão de Defesa da República e da Democracia da OAB federal (São Paulo, SP)
"O leitor Fabio Luiz Silveira ("Painel do Leitor", 12/8) reclama dos juros altos cobrados pelo bancos e diz não entender como uma taxa Selic
de 11,5% ao ano pode se transformar em cerca de 90% nos empréstimos pessoais e em muito mais do
que isso em outras modalidades
bancárias. O colega leitor não está
só nessa falta de explicação, cujos
efeitos altistas nos lucros bancários
fazem corar de vergonha quem não
é banqueiro e fariam o mesmo com
um governo sério e competente."
PAULO SERODIO (São Paulo, SP)
Agências reguladoras
"Será que eu entendi direito? O
atual ministro da Defesa, Nelson
Jobim, agora quer limitar os poderes da Anac (Agência Nacional de
Aviação Civil), cujo princípio de autonomia foi concebido pelos tucanos, governo do qual ele fez parte?
Quando os tucanos estavam no poder, as agências reguladores eram
maravilhosas. Agora, o princípio está errado?
E por que não limitar os poderes
da Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações), da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), da Aneel (Agência Nacional de
Energia Elétrica) -que, aliás, não
conseguiu prever o apagão elétrico
no governo FHC?"
ORLANDO F. FILHO (São Paulo, SP)
Fundações estatais
"Como usuário do SUS, gostaria
de prestar solidariedade ao ministro da Saúde, dr. José Gomes Temporão, em relação à sua defesa da
criação das fundações estatais para
a administração dos hospitais públicos, conforme seu artigo de ontem nesta Folha ("A fundação estatal fortalecerá o SUS", pág. A3).
Nesses hospitais, posso atestar, a
dedicação dos funcionários, enfermeiros e médicos é bastante positiva. O que prejudica tudo -e isso é
evidente- são os baixos salários e
as formalidades burocráticas típicas de repartições que não diferenciam a atividade médica de outras
burocracias estatais.
Não teriam apoio, creio, dos próprios funcionários as gestões sindicais que tentem desqualificar a possibilidade de contratações pela
CLT, já que isso viria em benefício
de seus próprios salários."
ADEMIR VALEZI (São Paulo, SP)
Renan
"Será que o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL),
não estaria contando com o histórico do Supremo Tribunal Federal de
não condenar ninguém?"
ORIVALDO TENORIO DE VASCONCELOS (Monte Alto,
SP)
ONU no Iraque
"Depois de fazerem uma guerra
baseada em mentiras, que destruiu
o país, "Potências ampliam papel da
ONU no Iraque" (Mundo, 11/8). Ou
seja, empurram para a Organização
das Nações Unidas a limpeza do estrago que fizeram.
Será que os iraquianos irão colaborar? Será que já esqueceram que
a ONU aprovou, durante anos, sanções econômicas que mataram de
fome milhares de crianças iraquianas, ainda antes da invasão americana? Será que os povos de países
"representados" na ONU querem
pagar para livrar a cara dos culpados pela tragédia no Iraque? Até
quando agressores não pagarão pelos crimes que cometem?"
RUTE BEVILAQUA (São Paulo, SP)
Grandes fortunas
"Gostaria de propor para a OAB
paulista -que anda cansada de alguns desmandos administrativos
do governo Lula, mas que nunca se
cansou dos desmandos administrativos do Fernando Henrique Cardoso nem das irregularidades do
CDHU do Serra- uma ampla mobilização para que se cumpra o dispositivo constitucional que manda taxar as grandes fortunas. Tal iniciativa seria muito boa para a entidade,
que hoje está sendo acusada por setores do governo federal de agir
com dois pesos e duas medidas."
PEDRO VALENTIM (Bauru, SP)
Direito dos presos
"O brilhante artigo de Marcos
Nobre sobre prisões e invisibilidade
dos presos (Opinião, 7/8, pág. A2)
remete à lembrança da histórica
frase que diz que conhecemos realmente uma nação pela forma como
ela trata seus presos. No Brasil, faz-se letra morta do direito constitucional dos cerca de 100 mil presos provisórios de votar, pois em apenas 6 Estados (PE, AM, AC, PA, SE
e RS) esse direito foi exercido, parcialmente, na última eleição.
Já é tempo de o Judiciário cumprir a sua função de garantidor de
direitos e implementar o voto para
todos os presos provisórios, como
manda a Constituição. A hermenêutica constitucional exige que as
limitações dos direitos políticos sejam interpretadas de forma restritiva. É preciso pensar seriamente
em segurança pública, que somente
será possível se os presos tiverem
representação legítima."
KENARIK BOUJIKIAN FELIPPE , juíza de direito da 16ª
Vara Criminal da Capital (SP) e membro da Associação Juízes para a Democracia (São Paulo, SP)
PM do Rio
"Já passou do momento de o secretário de Segurança Pública do
RJ, José Mariano Beltrame, intervir no processo de seleção de quadros da corporação militar carioca.
É assustadora a profusão de notícias sobre assassinatos, máfia de caça-níqueis, roubos, furtos a turistas e, ultimamente, rede de prostituição infantil que têm como protagonistas policiais militares."
PLINIO TEMBA (Belo Horizonte, MG)
Aborto
"A leitora Anete Araujo Guedes
("Painel do Leitor", 12/8) defende o
aborto como liberdade de ação. Temos que estar atentos e tomar muito cuidado com "a liberdade" de ação
quando esta atinge uma outra pessoa (o feto). Outra coisa que me impressionou foi que, ao falar do nascituro, ele se referiu a um "conjunto
de células com uma provável possibilidade de se tornar um ser humano". É fato que, no momento da fecundação, uma nova vida começa.
Nesse momento se inicia um processo de desenvolvimento próprio,
diferente do da mãe. É um novo ser
humano desde esse momento.
Questão de saúde é termos acesso a
saúde integral, desde o nascimento,
gravidez, morte. Temos que lutar
pela preservação desse direito, que
não nos é dado decentemente."
ANA LÚCIA LIBERATO (Caraguatatuba, SP)
Enxugando a máquina
"Após ler a coluna de Antônio Ermírio de Moraes ("Mais eficiência e
menos gastos", 12/8, pág. A2), tive
esta idéia: que tal, em vez de criar
mais Estados, dividirmos nosso
país em dois: Norte-Nordeste e Sul-Sudeste? Assim enxugaríamos a
máquina."
MAGDA SÍLVIA BERTOLUCI LEARDINI (Rio Claro, SP)
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