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Acelerar o Rodoanel
A SECRETARIA dos Transportes do Estado de São Paulo
estuda um modelo de concessão para o Rodoanel Mário
Covas, segundo o qual a empresa
que assumisse a gestão do trecho
sul teria de financiar as obras dos
trechos norte e leste. Após a conclusão das obras, poderia explorar o pedágio nas três partes.
A ideia é que o vencedor não
tenha de pagar nada ao governo
pela outorga. O custo das obras é
estimado em R$ 8 bilhões, incluídas desapropriações. Ainda
não há data para o leilão.
O modelo busca agilizar a conclusão da via perimetral sem depender de recursos do orçamento estadual. A expectativa do governo é que o Rodoanel esteja
completo em 2014. No caso do
trecho oeste, concluído em
2002, a concessionária começou
a operar em meados do ano passado, sob modelo que combinou
preço de pedágio e concessão
onerosa pelo prazo de 30 anos.
Foi paga uma outorga de R$ 2
bilhões, usada para financiar as
obras do trecho sul, que devem
ser concluídas até março do próximo ano. A previsão é que este
ramo reduza o movimento de caminhões em 43% na marginal Pinheiros e em 37% na avenida dos
Bandeirantes.
A obra é vital para o trânsito de
São Paulo e para a logística de exportação do país, já que melhora
o acesso do interior e do Centro-Oeste ao porto de Santos. Sua
junção com o trecho já pronto interligará 7 das 10 rodovias que
chegam à capital: Bandeirantes,
Anhanguera, Castello Branco,
Raposo Tavares, Régis Bittencourt, Imigrantes e Anchieta.
Os dois trechos restantes e que
podem ficar sob responsabilidade privada responderão pela integração das rodovias Ayrton
Senna, Dutra e Fernão Dias.
O "pacote" de concessões pensado pelo governo paulista é ambicioso. Resta saber se o modelo,
que exige vultoso aporte de capital, será considerado atraente
pelo setor privado.
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