São Paulo, segunda-feira, 13 de setembro de 2010

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PAINEL DO LEITOR

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Eleições
A eleição de Dilma é (ou era) dada como líquida e certa, mas parece que o PT quer atrapalhar.
Senão, como explicar fatos absolutamente inócuos, desnecessários e que somente atrapalham a candidata na reta final?
Para que quebrar sigilo fiscal de parentes e apaniguados de Serra, pessoas sem qualquer relevância ou que já tiveram seus dias de glória e hoje vivem no ostracismo, longe da política? E, agora, esse filho de braço-direito de Dilma, que, segundo esta Folha, é suspeito de ser lobista? Lula ganhou duas eleições, apesar das lambanças do partido.
A continuar nesse ritmo, serei obrigado a dar razão à direita raivosa, que enxerga o PT em cada canto do país, à sombra dos cidadãos, pronta para dar o bote.
SINESIO CARRIEL DOS SANTOS FILHO (Cerqueira César, SP)

 

Eliane Cantanhêde, com sua habitual grande competência, esclarece, de uma vez por todas ("Richa, mais uma baixa?", 12/ 9), a situação do PSDB nessas eleições: "a falta de unidade, de discurso e de estratégia da oposição. Em resumo: a determinação de vencer a qualquer custo contra a falta de vontade, quase preguiça, de realmente guerrear".
Na verdade, os tucanos, sempre muito plumosos e bicudos, se bicaram tanto que acabaram como galos de briga em fim de rinha. Uma pena.
GERALDO ANTÔNIO CAETANO (Belo Horizonte, MG)

 

Esta Folha publicou nota (Eleições 2010, p.9, 12/9) cujo título distorce o que foi informado pela candidatura ao afirmar que "Plínio esnoba debate da esquerda".
Conforme relata o texto, a assessoria da campanha informou que não poderia comparecer ao debate promovido pelo jornal "Brasil de Fato" no próximo dia 21 porque estarei em agendas previamente marcadas. O evento que reunirá as candidaturas da esquerda apresentadas nesta eleição acontece um dia após o debate entre presidenciáveis realizado pelas emissoras afiliadas ao SBT na região Nordeste do país, que será transmitido a partir do Recife.
No mesmo dia 21, estou convidado a participar de um encontro entre presidenciáveis promovido pelo Instituto Ethos, em São Paulo, onde também tenho atividades agendadas anteriormente à iniciativa do "Brasil de Fato" no dia 22. E no dia 23 participo do debate promovido pela CNBB, em Brasília.
Como fica evidente, diferentemente do que foi publicado por esta Folha, em nenhum momento "esnobei" o encontro promovido no dia 21 por um jornal com o qual tenho as melhores relações.
Minha candidatura inclusive estará representada à mesa do debate, caso haja acordo dos demais participantes, por decisão da coordenação de nossa campanha, que considera a iniciativa um importante evento para abrir espaço aos candidatos de esquerda, omitidos cotidianamente pelos monopólios da comunicação no país.
PLÍNIO ARRUDA SAMPAIO, candidato à Presidência pelo PSOL (São Paulo, SP)

 

Essa mais do que tardia mudança de postura de José Serra, passando a atacar Lula, dizendo que ele deixa roubar e que a sua candidata é um envelope fechado, não vai dar para salvá-lo de derrota que ele mesmo ajudou a construir com o seu imobilismo e a sua falta de combatividade.
O tempo de confrontar Lula foram os quatro anos em que Serra governou o mais importante Estado brasileiro e tinha a seu dispor um palanque e uma visibilidade que lhe possibilitariam mostrar ao Brasil tudo o que de muito errado acontecia sob o patrocínio de Lula.
RONALDO GOMES FERRAZ (Rio de Janeiro, RJ)

Ombudsman
Excelente a coluna da ombudsman deste domingo ("O Ataque dos Pássaros"). Finalmente alguém condenou a exagerada campanha contra Dilma que a Folha vem fazendo nos últimos tempos, sem a menor justificativa jornalística. Realmente está faltando equilíbrio na cobertura do jornal, sobretudo no Painel do Leitor, onde a parcialidade em favor de Serra é notável e qualquer elogio ao atual governo é omitido.
NELSON EVÊNCIO DA SILVA (São Paulo, SP)

 

A análise da ombudsman neste domingo é lúcida e corajosa.
A Folha deveria aprender com o jornalismo independente que Suzana Singer propõe. Os leitores agradeceriam.
MARCIA CAMARGOS (São Paulo, SP)

Meio ambiente
No artigo "O meio ambiente está na moda", publicado no dia 10, o jornalista norte-americano Michael Kepp diz que "é refrescante ter alguém como Marina na eleição, mesmo que ela soe com samba de uma nota só".
Na verdade, o que se verifica é o papel absolutamente secundário do meio ambiente na agenda dos principais candidatos a presidente. Além disso, as mais relevantes questões ambientais nem sequer são mencionadas, como por exemplo, o aperfeiçoamento do licenciamento ambiental, a regularização de unidades de conservação etc.
Com isso, o discurso baseado na unanimidade enganadora ("todos são amigos do meio ambiente") utilizado pelos principais candidatos sinaliza que o próximo governo será marcado pelo conflito artificial entre desenvolvimento econômico e preservação ambiental.
CARLOS EDUARDO FERREIRA PINTO (Belo Horizonte, MG)

Museus
É revoltante o que se passa nos jardins do Museu de Arte Moderna do Rio. Todos os domingos costumo caminhar até lá e o espetáculo vergonhoso se repete. Lixo, lixo e mais lixo nos jardins e lagos que circundam o museu. Importante: jardins projetados por mestre Burle Marx, cujo centenário o mundo comemorou no ano passado.
Tanto nos jardins de pedra como no lago com carpas e plantas aquáticas o cenário é o mesmo: sacos plásticos, latas de cervejas e refrigerantes, embalagens térmicas de alumínio, de sorvetes, jornais, garrafas plásticas de água mineral. Ontem, decidi reclamar com a administração do museu; para minha surpresa, o guarda me informou de que só poderia fazê-lo de segunda a sexta-feira, em horário comercial.
É lamentável que isso aconteça em uma das mais importantes casas de cultura do Brasil.
ROGÉRIO MARQUES (Rio de Janeiro, RJ)

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