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LUCIANO MENDES DE ALMEIDA
Cuidar dos enfermos
Na data de 11 de fevereiro, lembramos o "dia do enfermo" e invocamos a Mãe de Deus e nossa recordando as aparições à jovem Bernadette Soubirous na gruta de Massabielle,
perto de Lourdes, no ano de 1858. Desde então e até hoje, cresceu a devoção
dos fiéis à Nossa Senhora de Lourdes,
que, com grande bondade, ao revelar-se a Bernadette, pediu oração e penitência.
O lugar das aparições é centro de peregrinação constante e de oração, onde Deus concede benefícios espirituais, aumento de fé, arrependimento
dos pecados, conversão interior e, não
raro, curas e recuperação da saúde.
Há, no santuário, especial cuidado
com os enfermos graças à equipe de
voluntários que acompanham e oferecem todo atendimento aos doentes e
aos portadores de deficiências.
Esse zelo abnegado pelos enfermos
manifesta a caridade cristã, fruto da
ternura maternal de Nossa Senhora de
Lourdes.
Eis aí a inspiração para maior solicitude por parte das comunidades cristãs no atendimento aos doentes e um empenho da sociedade no cuidado
dos enfermos e da saúde do povo.
A contemplação de Jesus Cristo nos
ensina a compreender a necessidade
dos que padecem e aliviá-los de suas
dores e enfermidades, identificando
em cada doente a presença do próprio
Divino Salvador (Mt. 25, 40). Basta
lembrar o exemplo de são Camilo de
Lélis, de madre Teresa de Calcutá, de
irmã Dulce e de tantos seguidores de
Cristo que fizeram de suas vidas um
contínuo serviço aos necessitados.
É o momento de louvar a Deus e de
reconhecer o devotamento de muitos
familiares para com doentes e idosos
no próprio lar. Merecem todo reconhecimento os profissionais da saúde
que atendem nos hospitais e em domicílio.
No entanto há metas a alcançar para
o bem de nosso povo. A saúde deve ser
prioridade no Orçamento do governo:
a) requer-se amplo programa preventivo, incluindo vacinas e especial
cuidado das gestantes e recém-nascidos;
b) é urgente manter hospitais com
número suficiente de leitos e garantia
do SUS, de equipamentos atualizados
e de fornecimento de remédios a preço acessível para o povo;
c) devido ao elevado custo de cursos
superiores na área da medicina nas
universidades particulares, é preciso
promover mais vagas nas universidades federais e estatais e agilizar o sistema de bolsas;
d) acompanhar e desenvolver as iniciativas da medicina alternativa com
surpreendentes resultados para a saúde do povo;
Em todo esse conjunto de esforços, o
mais importante é o cuidado, a atenção e o afeto que cada doente precisa e
merece receber.
Toda pessoa tem direito à estima e
ao respeito, mais ainda quando enferma e incapaz de tratar de si própria.
Necessita de amparo, de assistência
médica, de presença amiga e de conforto espiritual.
À luz do Evangelho, entendemos
que, diante de quem está doente, é a
hora e a vez do amor maior.
Dom Luciano Mendes de Almeida escreve aos
sábados nesta coluna.
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