São Paulo, segunda-feira, 14 de março de 2011

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PAINEL DO LEITOR

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Japão
Curioso como a maioria dos leitores desta seção demonstra um temor supersticioso com relação à Terra. Não, nosso planeta não é uma deusa grega cheia de caprichos e humores, e terremotos e tsunamis definitivamente não são castigo pelo nosso mau comportamento. São fenômenos que vêm acontecendo há milhões de anos, desde muito antes de o homem aparecer na frágil costa terrestre. Este tipo de raciocínio torto, consequência do moralismo ecológico que assola o planeta, é que é um fenômeno altamente prejudicial -e é totalmente causado pelo homem!
ALDO FELICIO NALETTO JUNIOR (São Paulo, SP)

 


Fala-se que se o recente terremoto acontecido no Japão tivesse ocorrido em qualquer outro país, as perdas humanas seriam infinitamente maiores. Se o epicentro fosse na costa do Brasil, estaríamos lamentando a morte de milhões de brasileiros. O povo japonês, que se acostumou com as grandes catástrofes naturais durante toda a sua existência, aprendeu a se precaver e a se proteger dessas ocorrências com o desenvolvimento tecnológico, que minimiza muito suas perdas materiais e humanas. E, muito mais importante do que isso, desenvolveu uma grande espiritualidade, que o ajuda a superar como nenhum outro momentos de enorme sofrimento.
VICTOR GERMANO PEREIRA (São Paulo, SP)

 


O Japão é fascinante devido ao seu povo, e seu território tão belo quanto instável e assustador. Sua história é trágica, homérica, e sua arte reflete o estoicismo ante o inevitável e o ininteligível. É profunda e delicada, na percepção do mistério da vida. Por tudo isso discordo do leitor que criticou a charge do rústico, mas expressivo João Montanaro, cuja charge bem poderia ter sido feita por um conceituado artista japonês. Hoje, no entanto, o Jean o superou com sua charge haicai. PEDRO UBIRATAN MACHADO DE CAMPOS (Campinas, SP)

 


Ao abrir o jornal de sábado, deparei-me com uma grande dúvida: qual o intuito da charge da pág. A2? Qual a intenção do chargista João Montanaro ao retratar a catástrofe decorrente de um tsunami que arrasou o nordeste do Japão daquela maneira? Não se presta homenagem à tragédia e aos mortos decorrentes dela, nem se presta a realizar comicidade com fatos dessa natureza. "Guernica", de Picasso, retrata a tragédia da guerra, mas incute no observador o horror que fora a Guerra Civil Espanhola. Mas e a charge de Montanaro? Não me parece haver crítica, ou qualquer fundamento neste desenho, para que mereça o espaço daquela página. Carece de sentido. Caso seja a comicidade, penso ser importante rir da tragédia humana. Mas rir inclusive das que não foram causadas por outro homem? Ou das que morrem centenas de inocentes? Que culpa temos no surgimento dum tsunami? Momentos como este não comportam essas charges.
DANILO GOTO (São Paulo, SP)

Trens
Concordo plenamente com o leitor Ricardo V. Junqueira ("Painel do Leitor", 12/3). O transporte público melhoraria muito se voltássemos a utilizar trens para o litoral e o interior. É necessário que a população se mobilize e exija um avanço nos transportes.
MARIA RITA SILVA OTSUKA (Sertãozinho, SP)

Congestionamento
Parabéns aos jornalistas Vinícius Queiroz Galvão e Eduardo Geraque (Cotidiano, 13/3) pela descoberta dos cem anos de lentidão do trânsito de São Paulo. Tomara tenhamos jornalistas com a mesma inteligência quando os motoristas sofrerem, aí sim, cem anos de solidão no trânsito. Aliás, um motorista com 30 anos de habilitação já passou quanto tempo nas ruas de São Paulo?
MOACYR CASTRO (Ribeirão Preto, SP)

Mães
Li só ontem a coluna da Rosely Sayão em Equilíbrio ("Criança doente quer...", 1/ 3), mas desta vez discordo da colunista. O que faz uma mãe que trabalha e não tem com quem deixar a criança? Meu filho passou mal na terça de Carnaval. Na quarta eu tinha um serviço de responsabilidade para entregar. Não fui. Liguei para a empresa, levei-o ao médico e cuidei de meu filho o dia todo. Na quinta fui trabalhar, mas com todo mundo me olhando torto. Entreguei o atestado e fiz meu trabalho, mas ainda ouvi: "Você avisou?" Avisei sim! Logo cedo!
Meu filho foi para a escola com a maleta com todos os remédios, a receita médica e o inalador. Meu coração ficou com ele, liguei durante o dia para ter notícias. Fiquei superchateada, mas eu tinha de ir trabalhar. O que fazer? Perder o emprego e ficar desamparada? Nem todo mundo tem babá ou empregada. E a época da mulher em casa passou.
ODETE DOS SANTOS (São Paulo, SP)

Forças Armadas
O estudo revelando o alto grau de sucateamento das Forças Armadas (Poder, 13/3) é apenas um exemplo da falta de visão estratégica dos nossos governos. A ela soma-se o fracasso das "políticas" educacionais, comprovado pela não inclusão de nenhuma universidade brasileira entre as cem melhores do mundo. É com estes atestados de incompetência que o Brasil pleiteia uma vaga no Conselho de Segurança da ONU levado pela ilusão da propaganda de potência emergente -mas com pés de barro.
OSTILIO DOS SANTOS (São Paulo, SP)

Ensino religioso
Em vez de ensino religioso nas escolas, já que o Estado é laico, por que não ensinar política? Explicar como não vender seu voto, ler a Constituição, mostrar como fazer uma petição, um projeto. Aula de política seria muito mais interessante e nos traria mais benefícios do que rezar e esperar.
SONIA BOTTENE (Piracicaba, SP)

 


O leitor Luiz Antonio da Silva parece acreditar que pessoas com religião seriam mais especiais que as demais. Bobagem. Se todos os que se dizem religiosos no planeta seguissem o que pregam suas religiões, viveríamos num paraíso. Bons valores humanos transcendem credos, dogmas e filosofias. São valores humanos. O resto é proselitismo.
MANOEL FRANCISCO NASCIMENTO (São Paulo, SP)

Televisão
Gostaria de saber quais são os critérios do leitor João Rieder (13/3) para escolher seus programas de TV. Se não houvesse aquela cena na novela, então tudo bem? Não assisto essas porcarias, mas penso que tal cena estava em consonância com o conteúdo da novela: não pode ter sido indecorosa só a cena. Perdoem-me, mas vamos desligar um pouco a TV e pensar por conta própria. Chega de alienação!
MARISA STUCCHI (Ribeirão Preto, SP)

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