São Paulo, sexta-feira, 14 de abril de 2006

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PAINEL DO LEITOR @ - leitor@uol.com.br


Eleições
"A reportagem "Lula quer que Marta desista da prévia" (Brasil, 13/4) não tem procedência. O presidente Lula respeita tanto a pré-candidatura de Marta Suplicy quanto a de Aloizio Mercadante e não interfere no processo de decisão interno do Partido dos Trabalhadores em São Paulo."
André Singer, secretário de Imprensa e porta-voz da Presidência da República (Brasília, DF)

 

"O ato do dia 12, de apoio do deputado João Paulo Cunha, dos prefeitos Emídio de Souza, Paulinho Bururu, Geraldo Cruz e demais lideranças da região de Osasco à minha pré-candidatura ao governo do Estado, foi um passo importante para o fortalecimento da militância do PT. No entanto, gostaria de ressaltar que em nenhum momento foi mencionada uma iniciativa do presidente da República no sentido de sugerir a retirada da candidatura da ex-prefeita Marta Suplicy. Nosso partido tem uma longa tradição democrática que sempre foi e continuará sendo respeitada. De minha parte, o processo de escolha do candidato do PT já foi definido pelo Diretório Estadual e será dado no próximo dia 7 de maio, quando os mais de 196 mil filiados de todo o Estado de São Paulo farão sua opção."
Aloizio Mercadante, senador (São Paulo, SP)

 

"A propósito da reportagem veiculada ontem nas págs. A8 e A9 (Brasil), quero pôr ponto final nas especulações a respeito da minha pré-candidatura a governadora de São Paulo pelo PT. Conversei em várias oportunidades com o presidente Lula e não ouvi dele manifestação a favor de qualquer candidatura. Espero ser escolhida pela militância, pelas bases do PT, em sintonia com a vontade da população do Estado. Estou e estarei na campanha pela reeleição de Lula, como candidata ou simples militante do PT."
Marta Suplicy, ex-prefeita de São Paulo (São Paulo, SP)

Qualificação
"Espera-se que o Ministério da Justiça abandone rapidamente a pretensão de distribuir selos de qualidade a programas de TV, sob pena de violar seus limites constitucionais e selar a si próprio como um novo Festival de Besteiras Que Assola o País. É de se perguntar quais seriam os critérios estéticos e éticos para classificar as "atrações especialmente recomendadas" e de quem partiu a idéia desse revival autoritário. À perda da noção do ridículo recomenda-se cautela e caldo de galinha."
Consuelo de Castro, dramaturga (São Paulo, SP)

Parecer
"Em carta a esta Folha, publicada no "Painel do Leitor" de 12/4, o jornalista Coriolano Gatto, que presta serviços ao BMG, anexou parecer da Tendências, por mim assinado, no qual fica clara a legitimidade e a regularidade da operação de cessão de direitos creditórios do banco à Caixa Econômica Federal. Na resposta, o jornalista Rubens Valente assinala que "o missivista deixou de informar que o parecer do ex-ministro foi requisitado pelo próprio BMG". Para começar, cabe registrar que não existe a hipótese de uma consultoria elaborar estudos para um cliente que não seja por sua requisição. Certamente não foi a intenção do jornalista, mas aos menos avisados pode ter ficado a impressão de que ele insinuou que eu teria sido contratado meramente para emitir uma opinião da conveniência do BMG. Diante disso, cumpre esclarecer a forma como a Tendências trabalha e os princípios éticos que adota. A empresa, na qual trabalham mais de 60 pessoas, depende basicamente de três fatores para se manter no mercado, quais sejam a competência técnica, a reputação e a credibilidade. Jamais poderá ser uma "pena de aluguel", pois se destruirá. Por isso, adota um Código de Conduta que consta da sua home page, ao alto de seu endereço na internet (www.tendencias.com.br). Destaco, a propósito, dois itens do código, a saber: "4) Tendências não aceitará serviços que não possam ser realizados com estrita observância da lei e da ética. 9) Tendências não prestará serviços sob termos e condições que possam prejudicar sua objetividade, independência e integridade. Reservar-se-á o direito de cancelar o contrato se condições fora de seu controle vierem a interferir negativamente para a condução satisfatória de suas responsabilidades". Para sua informação, a Tendências tem recusado habitualmente pedidos de estudos e pareceres que não atendam a essas regras. Peço, pois, que esses esclarecimentos sejam levados aos leitores deste prestigiado veículo."
Mailson da Nóbrega, sócio da Tendências Consultoria (São Paulo, SP)

Imagem fiel
"Significativa, comovente e triste a foto da página B1 (Dinheiro) de ontem -o avião da Varig refletido na vidraça."
Ruy Salgado Ribeiro (Ribeirão Preto, SP)

Comparação
"A denúncia contra 40 pessoas acusadas de corrupção, feita pelo procurador-geral da República, tem alguma semelhança com o antigo conto infantil "Ali Babá e os 40 Ladrões". Só que ainda está faltando o Ali Babá."
Luiz Carlos S. Teixeira (Catanduva, SP)

Corrupção
"Eduardo Graeff, secretário da Presidência no governo FHC, considera ("Painel do Leitor", 13/4) que Clóvis Rossi não foi rigoroso quando afirmou em sua coluna (Opinião, 11/4) que "em 1998, a percepção de corrupção no governo FHC era bem similar [à do governo Lula hoje]". Como parte do povão, não resisto a assinar embaixo do que disse Rossi e a responder também às perguntas que o secretário faz a ele. A corrupção no tempo de FHC deve ter sido muito maior: o Brasil vendeu tudo o que dava, o povo não viu onde foi parar o dinheiro e a dívida ainda aumentou astronomicamente. Dá para acreditar na ausência de quadrilhas durante aquele governo?"
Rute Bevilaqua (São Paulo, SP)

Contradição
"O presidente Lula tem insistido em proclamar que ninguém é mais ético do que ele e que não sabia do esquema do "valerioduto". Mas qual seria a reação de um chefe de Estado honesto ao tomar conhecimento de esquema tão evidente de corrupção e de desvio de dinheiro público, instalado dentro do governo? Penso que seria de suma indignação traduzindo-se no posicionamento de total reprovação e em ações efetivas pela punição de todos os envolvidos, com tomada de medidas enérgicas de limpeza e demissões sumárias no Poder Executivo, e pleito público ao Parlamento para cassação dos membros do Poder Legislativo, inclusive com acionamento formal de seu partido. Mas o que se viu foi exatamente o contrário, com o presidente tentando negar a existência do mensalão e ainda tentar justificar todo o esquema como se fosse prática rotineira de caixa dois adotada por todos os partidos."
Martônio Ribeiro (Ribeirão Preto, SP)

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