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Eleições
Fantástica a observação de
Eliane Cantanhêde ("Todos contra um", Opinião, ontem) sobre a
utilização dos ministros na campanha da Dilma Rousseff. Isso é
uma questão ética, coisa que o PT
não conhece. Agora nosso querido ministro da Fazenda, Guido
Mantega, infla dados percentuais
para ajudar a candidata ("Fazenda erra dados e infla feitos de Lula", Poder, ontem).
THIAGO DA SILVA ALVES DOS REIS (Ribeirão Preto, SP)
Organizações sociais
Ótima reportagem ("Entidade
paga firma de filho de diretor
com verba pública", Cotidiano,
12/8) mostrando que fica apenas
no discurso que as organizações
sociais, por serem privadas e não
realizarem concurso público e licitação, por si só são mais "eficientes" que a administração pública
na gestão de hospitais públicos.
TARSO CABRAL VIOLIN (Curitiba, PR)
Educação
Os grupos escolares, ginásios
e colégios públicos de outrora
eram de ensino seletivo, com excelente padrão de qualidade.
Adotavam a mensuração do
aprendizado com provas mensais e exame no final do ano letivo, com aprovação e reprovação
do aluno de acordo com o nível
do seu aproveitamento.
A título de democratizar o ensino público, adotaram o sistema
de educação progressiva, popularmente chamado de "promoção automática". Começou o
descalabro do ensino público estadual, sistema adotado no governo Covas. Até quando?
RODOLPHO PEREIRA LIMA (Bauru, SP)
Vale-reforço
Não é possível acreditar que o
governo de São Paulo "valoriza"
a precária situação da educação
do Estado (especialmente quando se pensa nos professores) utilizando-se do mecanismo mencionado na reportagem ("SP paga R$ 50 a aluno que for a reforço de matemática" (Cotidiano,
ontem). A opção escancara o amadorismo e a falta de prioridade para a educação no Estado (espelho
do que existe no país).
TIAGO AUGUSTO BRESSAN BUOSI (São Paulo, SP)
Como se não bastasse a ideia
de pagar uma bolsa de R$ 115 para os estudantes-tutores ministrarem aula de reforço aos alunos do ensino fundamental com
dificuldade em matemática, agora mais essa novidade: o vale-presente de R$ 50, a ser concedido àqueles que frequentarem as
aulas de recuperação na matéria.
E qual é o estímulo que a secretaria pretende dar aos demais
estudantes? Ao invés de valorizar os bem-sucedidos, servindo
de estímulo para que os demais
procurem melhorar, a secretaria
propõe exatamente o contrário. E
ainda por cima oferecendo prêmio em dinheiro!
REGINA LOPES MARTINS (São Paulo, SP)
Metrô
Ninguém duvida de que os
moradores de Higienópolis não
precisam usar o metrô ("Moradores de Higienópolis se mobilizam
contra estação de metrô", Cotidiano, ontem), mas eles não podem se esquecer que o seu batalhão de prestadores de serviços
precisarão. São suas diaristas, babás, manicures, enfermeiros e
garçons, seguranças, vendedores
do comércio local e tantos outros.
Sem contar nossos turistas.
O tradicional bairro é um pedacinho de algo muito maior e importante, que se chama cidade de
São Paulo e precisa urgentemente
ampliar seu transporte público. E
nada mais eficiente que o metrô.
PATRÍCIA PELLEGRINI (São Paulo, SP)
Esse meu bairro é mesmo muito engraçado! De um lado, está
cheio de pessoas que tratam cães
com grande afeição: são chamados de "filhinhos", e recebem
beijos das "titias" enquanto emporcalham as calçadas públicas.
De outro, reclamam do "tipo de
gente" que imaginam circulando
por aqui com a vinda do metrô.
É um estranho caso da convivência de formas brandas de
zoofilia com formas graves de
demofobia.
GERALDO DI GIOVANNI (São Paulo, SP)
Judiciário
Sobre o artigo da dra. Luiza
Nagib Eluf ("Por uma Justiça
atenta", "Tendências/Debates",
ontem), o Ministério Público é o
responsável pela fiscalização da
polícia -inclusive cumprimento
de mandados (art. 129, VII da
Constituição).
A Lei Maria da Penha atribui
ao promotor a requisição de força policial para atender as vítimas de violência e o Estatuto da
Criança Estatuto da Criança determina que acompanhe a guarda. O que fez o promotor em cada um dos casos citados no artigo? Talvez queira despertar em
seus colegas promotores de Minas e do Rio um pouco mais de
atenção, mas errou o alvo!
RONNIE HERBERT B. SOARES (São Paulo, SP)
Senado
Sobre a coluna "Cabeças opacas", assinada por Fernando Rodrigues (Opinião, 11/8), gostaria
de esclarecer que o projeto de lei
de acesso às informações públicas
(PLC 41/2010) vinha tramitando
na Câmara dos Deputados desde
2003, mas chegou ao Senado apenas em 30 de abril deste ano
-contando, portanto, com três
meses de tramitação nesta Casa.
Informei ao jornalista que o requerimento para que o texto fosse
analisado pela Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional
teve o objetivo de debater o assunto (que diz respeito à defesa nacional e à segurança institucional) no
colegiado apropriado. Não há aí
atitude de "cabeças opacas", mas
de cabeças responsáveis.
EDUARDO AZEREDO , senador pelo PSDB-MG (Brasília, DF)
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