São Paulo, quarta-feira, 14 de outubro de 2009

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PAINEL DO LEITOR

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Profissão: professor
"Feliz o colunista Ruy Castro ("Ao mestre, com desprezo", Opinião, ontem).
Com as nossas leis, basta um cidadão reclamar da forma de abordagem de um policial e será preso por desacato à autoridade. Mas, na escola, o professor é xingado e, com a conivência do sistema, nada acontece com o agressor.
No teatro, se o celular toca, os atores param o espetáculo e todos incriminam o infrator. Na escola, nem se cogita pôr limites ao abuso dos alunos com a parafernália eletrônica nas salas de aula. Em um show musical, se tudo não estiver ao gosto dos artistas, inclusive o piso para a "bailarina" rebolar o traseiro, não há apresentação. Na escola, nada funciona e, se há greve, a polícia reprime, a Justiça decreta ilegal, o Ministério Público intimida os professores...
E assim a educação "avança", com a ideia de que o aluno pode tudo, menos cumprir com suas obrigações de estudante."
BEZALEEL GONÇALVES GUIMARÃES (Boa Vista, RR)

ANS
"O presidente Lula deveria envergonhar-se da atuação da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), que agora está contratando diretores de operadoras de saúde privadas, conforme noticiado na reportagem "Planos de saúde podem ser maioria na ANS, que os vigia" (Cotidiano, 10/10).
Como pode um governo sério agir dessa maneira?
Tenho um processo na ANS contra a Amil Saúde que não sai da gaveta há sete anos. Ninguém julga, apenas engavetam. Agora parece estar ficando claro o porquê."
ADEMIR VALEZI (São Paulo, SP)

Clima
"O professor José Carlos de Azevedo, meu amigo e baluarte de causas conservadoras, é classificado como um cético quanto à emissão de gases de efeito estufa (GEE) como causa do aquecimento global.
No artigo intitulado "Nem ele acredita" ("Tendências/Debates", ontem), ele critica meu texto de 23/9, também publicado na Folha.
Bertrand Russel, em seu "Skeptical Essays", defende o que chama de "ceticismo racional" e que obedeceria a três regras simples, sendo a primeira assim expressa: "Quando especialistas concordam, a opinião oposta não pode ser aceita como correta". Nessas condições, o professor Azevedo não pode ser considerado um cético, mas, antes, um "crente".
Sempre que deparo com a afirmação dogmática de um crente na dissociação entre aquecimento global e emissões de GEE, me lembro de uma anedota. João diz a José: "Tua mulher anda te traindo com teu vizinho". José não acredita, mas aceita vigiar a esposa. Na porta de um motel, os dois amigos veem chegar a esposa e, logo depois, o vizinho. "Coincidência", diz José.
Duas horas depois, saem juntos, de mãos dadas, a esposa e o vizinho.
"Ora, nada prova que houve penetração", diz José, cheio de fé na fidelidade conjugal.
Pois bem, o professor Azevedo, líder da seita denominada "Com Jesus no Paraíso do Petróleo e do Carvão", nunca será convencido de que a emissão desenfreada de GEE irá comprometer o "paraíso" de seus netos. É uma questão de fé. E, portanto, temos que respeitá-la."
ROGÉRIO CEZAR DE CERQUEIRA LEITE , professor emérito da Unicamp (Campinas, SP)

Cuba
"A cubana Yoani Sánchez, que ganhou fama mundial ao publicar o seu blog Generación Y (www.desdecuba.com/generaciony), teve seu pedido de visto de saída -sim, de saída- negado para vir ao Brasil para o lançamento de seu livro "De Cuba, com Carinho". E não foi a primeira vez.
Sempre imaginei que fosse necessário visto de entrada para um país estrangeiro, e não de saída.
Vai ver que na "democracia" cubana é diferente. Mas os caudilhos da ilha não precisariam se preocupar, bastando lembrar o episódio dos boxeadores cubanos à época do Pan-Americano do Rio.
Certamente, os nossos ilustres brasileiros que tanto defendem o regime castrista, a começar por nosso presidente, vão interferir e recriminar esse ato despótico. Ou não?"
LUIZ NUSBAUM (São Paulo, SP)

México-70
"Trinta e nove anos depois, o jogador Tostão diz em sua coluna "Prêmios e homenagens" (Esporte, 11/10) estar arrependido de ter recebido o carro que a Prefeitura de São Paulo lhe deu, amparada em lei aprovada pela Câmara Municipal, como prêmio pela conquista do tricampeonato mundial de futebol. E acrescenta que "ainda bem que Paulo Maluf, prefeito na ocasião, foi obrigado a devolver o dinheiro do prêmio".
Não é verdade. O Supremo Tribunal Federal considerou a premiação legal, e Maluf não precisou devolver nada.
Já que Tostão está arrependido, por que não doa o valor do carro (atualizado, é claro) a uma instituição de caridade?"
ADILSON LARANJEIRA assessor de imprensa de Paulo Maluf (São Paulo, SP)

Exportações
"A reportagem "Brecha permite fraude em exportações" (Dinheiro, ontem) esboça um perfil grosseiro do controle aduaneiro de cargas na exportação. A Receita Federal em São Paulo informa o que segue: 1. O controle aduaneiro dá-se antes, durante e após - e não apenas durante os procedimentos de despacho aduaneiro; 2. Embora não comente suas estratégias de fiscalização, a Receita informa que leva em conta, ao selecionar uma carga, não apenas o destino e o tipo de mercadoria declarada; 3. A parametrização em canal verde não é sinônimo de falta de fiscalização; 4. Não há, portanto, falta de fiscalização ou fiscalização insuficiente; 5. A reportagem despreza que cargas são submetidas a métodos de inspeção não invasiva (scanners de raio-X) que permitem confrontar declarações com o real conteúdo das cargas e despreza que as cargas são aleatoriamente submetidas a fiscalizações."
VITOR CASIMIRO , serviço de comunicação da Receita Federal em São Paulo (São Paulo, SP)

Resposta das jornalistas Claudia Rolli e Fátima Fernandes - A Superintendência da Receita Federal em São Paulo foi procurada durante toda a semana passada pela Folha e
foi informada, por meio de sua assessoria de imprensa, que caberia à Receita Federal em Brasília se pronunciar sobre o caso, o que foi feito.

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