São Paulo, domingo, 14 de novembro de 2010

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EMÍLIO ODEBRECHT

Missão cumprida

Há exatos dois anos, incluí no meu rol de compromissos o encontro dominical com os leitores desta Folha, o que me trouxe especial satisfação.
O primeiro destes encontros ocorreu no dia 16 de novembro de 2008 e desde então procurei, a cada semana, refletir e provocar o debate de temas que me pareceram importantes para o Brasil. Mas chegou a hora de parar. Essa decisão foi motivada pelo reconhecimento de que a renovação é uma das marcas da Folha, o que ficou evidenciado com o lançamento, no último mês de maio, do novo projeto gráfico e editorial e com a chegada de novos colaboradores, que se revezam nos cadernos do jornal.
Um dos pilares de meu pensamento é a irrefutável crença de que o exercício da cidadania pressupõe a capacidade de interpretar os fatos e denunciar o que está errado, mas, acima de tudo, implica disposição para agir e transformar.
Contemplar o mundo, simplesmente, não altera a vida.
Também não vamos nos distinguir nem atingir o topo, e lá permanecer, seguindo velhas fórmulas. Precisamos inovar e ter ousadia para mudar o que precisa ser mudado.
Por isso, ao longo destes 24 meses, quis deixar, em cada artigo, uma mensagem útil para quem o lesse. Busquei transmitir, sempre, uma visão otimista do futuro, realçando a confiança na possibilidade de construção de uma sociedade mais justa e na promoção do desenvolvimento em harmonia com a preservação do meio ambiente.
Felizmente, e ao contrário do que inicialmente imaginava, o ato de escrever em um grande jornal é também uma oportunidade de diálogo. As manifestações dos leitores, pelos mais diferentes meios, me trouxeram novas formas de ver a mesma questão, inspiraram outros artigos, aclararam muitas de minhas percepções.
Dentre os assuntos que abordei, sem dúvida a educação foi o que mais despertou interesse e ensejou reações. Isso é alvissareiro. Significa que o tema entrou definitivamente nas agendas das pessoas responsáveis deste país. Precisamos, agora, fazer acontecer o que precisa ser feito para que as novas gerações de brasileiros vivam em uma nação sustentável.
A imagem que eu desejo que fique dessa nossa convivência é a de um empresário que observa, reflete, aprende, compartilha os conhecimentos que adquire e está permanentemente insatisfeito com o que já foi conquistado, seja por sua empresa, seja por seu país.
Obrigado a todos os leitores pela companhia e à Folha pela oportunidade que me deu de servir ao Brasil e aos meus conterrâneos de um modo diferente do que sempre fiz.


EMÍLIO ODEBRECHT escreve aos domingos nesta coluna.

emilioodebrecht@uol.com.br


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