São Paulo, sexta-feira, 14 de dezembro de 2007

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PAINEL DO LEITOR

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CPMF
"Até que enfim nossos "queridos" senadores votaram uma medida favorável aos interesses do povo brasileiro, desonerando-o, ainda que só um pouquinho.
Pena que se deu por disputa de poder, e não em prol do desenvolvimento de nossa nação."
JORGE THOMÉ NETO (Mirassol, SP)

"O problema não é a CPMF. Até gostaria que só existisse ela, com uma alíquota mais alta ainda.
O problema é a imoral carga tributária para sustentar uma máquina pública enferrujada, desonesta, voraz e administrada por um governo voltado para os seus."
JOÃO CARLOS MACLUF (São Paulo, SP)

"Tivemos de ver o presidente Lula chamar a nação de sonegadora, quando o seu partido é que sonegava, fazia caixa dois... Agora, que PSDB e DEM representaram realmente seus eleitores, só nos resta parabenizar a oposição por fazer justiça. Lula achou que sua carta cínica, em que dizia que o imposto iria todo para a saúde, enganaria alguém?
Hoje podemos nos orgulhar de um Senado justo e que escuta os seus eleitores."
LUIZ CLÁUDIO ZABATIERO (Campinas, SP)

"A hipocrisia venceu no fim da CPMF. Quem a inventou, derruba-a agora, quando não tem como pegar as verbas advindas da "contribuição'; quem antes era contrário a ela, lamenta agora não poder "distribuir benesses para os pobres". Enquanto isso, quem perde sempre é o Brasil, que não tem uma reforma tributária de fato para corrigir as injustiças -quem tem muito não paga; quem tem menos arca com os prejuízos."
ALEXANDRE RODRIGUES ALVES (Divinópolis, MG)

PAC
"Em relação ao texto "Divisão de verbas do PAC privilegia capitais do PT" (Brasil, 10/12), reafirmo o que foi exposto ao repórter, mas desconsiderado no destaque do texto.
1) Do total de R$ 5,1 bilhões dos recursos federais destinados a investimentos em saneamento e urbanização de favelas, sem contrapartida, dois terços (R$ 3,4 bi) são repassados diretamente aos governos estaduais. O outro terço (R$ 1,7 bi) é transferido aos municípios. Portanto o maior volume de recursos repassados vai para os Estados, que são governados pelos partidos de oposição: 1º lugar -RO (PPS); 2º -RR (PSDB); 3º - AC (PT); 4º - SE (PT) e 5º - MG (PSDB).
2) A tabela com os municípios segue o mesmo critério utilizado para os Estados a partir da discussão com todos os prefeitos e governadores, de maneira ampla e transparente: a necessidade de priorizar regiões onde os déficits de esgoto e de água potável eram mais urgentes. Mesmo com essa informação, o jornal preferiu insistir com destaque na equivocada afirmação de um inexistente privilégio político para os repasses. As capitais, com 73% delas governadas pelos partidos da base aliada, receberão somente um terço (R$ 1,7 bi) do volume de recursos diretos da União.
3) Ao considerar o critério político, o jornal desconhece as duas rodadas de reuniões realizadas com os 27 governadores e 187 prefeitos para definir os projetos prioritários para cada unidade da Federação, seguindo os seguintes critérios: obras estruturantes com grande impacto na solução do déficit de água, esgoto e habitação; mortalidade infantil elevada; atendimento à população de baixa renda e obras de recuperação ambiental e de bacias hidrográficas."
ANA RIBEIRO, assessoria de imprensa da Casa Civil da Presidência (Brasília, DF)

Resposta do jornalista Fábio Zanini - A reportagem adotou como critério a origem dos recursos, que é federal, e seu destino final, que são as obras nas capitais. Os Estados, em alguns casos, agem apenas como intermediários em convênios que já saem com destino certo dos cofres federais para as cidades. O item 3 está contemplado na reportagem.

De docta ignorantia
"O doutor Carlos Nobre, no artigo "Sobre um físico e a feliz ignorância" ("Tendências/Debates", 13/12), comentou o que escrevi sobre o aquecimento da Terra em "O Estado de S. Paulo" há mais de um mês.
A questão decorre do fato de a meteorologia não ser uma ciência, apesar de exigir conhecimentos científicos, pois não cumpre a exigência de prever com precisão; ninguém prevê o tempo com mais de algumas semanas de antecedência, muito menos de decênios, e é ingênuo supor que os computadores façam isso.
O doutor Nobre citou a física de sistemas complexos para contestar o que disse em meu artigo, sobre o CO2 produzido pelo homem não ser o responsável pelo aquecimento global, mas não cuidou de provar que ele é; não falta quem assegure que é o aumento de temperatura que induz o desse gás na atmosfera, com o que faz ruir a algaravia do IPCC. Nem incidi nas falácias "argumentum ad hominem" e "non sequitur" ao ironizar os 2.500 sábios do IPCC em suas vilegiaturas por locais aprazíveis; apenas disse que, em grande parte, eles são burocratas e políticos incumbidos de inibir o crescimento de determinados países, entre eles o Brasil.
Referindo-se à minha pessoa, e sem saber que Arrhenius é químico, o doutor Nobre diz que "Arrhenius deve ter se revolvido em seu túmulo ao ver um colega físico maltratar tanto a física". Se for assim, o pobre Arrhenius virou pó, pois estou em excelentes companhias, e basta citar, entre muitos outros, Freeman J.Dyson, de Princeton, e Paul Lindzen, do MIT.
E o doutor Nobre está em más companhias, a dos arautos do fim do mundo causado pelo CO2, Al Gore e o governador da Califórnia, Arnold Schwarzenegger, conhecido por "Exterminador do Futuro".
O título desta carta é o do livro de Nicolas Cusano (1401-1464) sobre a douta ignorância."
JOSÉ CARLOS A. AZEVEDO, físico, ex-reitor da UnB (Brasília, DF)

Educação
"Trabalho com grupos de vestibulandos e mantenho um apoio sistemático às minhas aulas com jornais e revistas -e a Folha tem lugar de honra no aporte que faço com resumos, textos de opinião, infográficos, entrevistas, charges, quadrinhos e cartas dos leitores, entre outros modos de escrita.
Estou profundamente agradecida pela valiosa contribuição que recebi do jornal ao longo deste ano. A maior prova: o vestibular da Universidade Federal do Paraná incluiu três textos extraídos das edições do jornal, além de recomendar uma redação de carta ao "Painel do Leitor".
Meus alunos, familiarizados com a Folha, acabaram tirando de letra as questões propostas.
Obrigada é palavra limitada, mas ela seguirá a todos que fazem esse concertado trabalho de colocar nas mãos dos leitores o melhor da informação."
DORALICE ARAÚJO, professora (Curitiba, PR)

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