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PAINEL DO LEITOR
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CPMF
"Até que enfim nossos "queridos"
senadores votaram uma medida favorável aos interesses do povo brasileiro, desonerando-o, ainda que
só um pouquinho.
Pena que se deu por disputa de
poder, e não em prol do desenvolvimento de nossa nação."
JORGE THOMÉ NETO (Mirassol, SP)
"O problema não é a CPMF. Até
gostaria que só existisse ela, com
uma alíquota mais alta ainda.
O problema é a imoral carga tributária para sustentar uma máquina pública enferrujada, desonesta,
voraz e administrada por um governo voltado para os seus."
JOÃO CARLOS MACLUF (São Paulo, SP)
"Tivemos de ver o presidente Lula chamar a nação de sonegadora,
quando o seu partido é que sonegava, fazia caixa dois... Agora, que
PSDB e DEM representaram realmente seus eleitores, só nos resta
parabenizar a oposição por fazer
justiça. Lula achou que sua carta cínica, em que dizia que o imposto
iria todo para a saúde, enganaria
alguém?
Hoje podemos nos orgulhar de
um Senado justo e que escuta os
seus eleitores."
LUIZ CLÁUDIO ZABATIERO (Campinas, SP)
"A hipocrisia venceu no fim da
CPMF. Quem a inventou, derruba-a agora, quando não tem como pegar as verbas advindas da "contribuição'; quem antes era contrário a
ela, lamenta agora não poder "distribuir benesses para os pobres".
Enquanto isso, quem perde sempre é o Brasil, que não tem uma reforma tributária de fato para corrigir as injustiças -quem tem muito
não paga; quem tem menos arca
com os prejuízos."
ALEXANDRE RODRIGUES ALVES (Divinópolis, MG)
PAC
"Em relação ao texto "Divisão de
verbas do PAC privilegia capitais do
PT" (Brasil, 10/12), reafirmo o que
foi exposto ao repórter, mas desconsiderado no destaque do texto.
1) Do total de R$ 5,1 bilhões dos
recursos federais destinados a investimentos em saneamento e urbanização de favelas, sem contrapartida, dois terços (R$ 3,4 bi) são
repassados diretamente aos governos estaduais. O outro terço (R$ 1,7
bi) é transferido aos municípios.
Portanto o maior volume de recursos repassados vai para os Estados,
que são governados pelos partidos
de oposição: 1º lugar -RO (PPS); 2º
-RR (PSDB); 3º - AC (PT); 4º - SE
(PT) e 5º - MG (PSDB).
2) A tabela com os municípios segue o mesmo critério utilizado para
os Estados a partir da discussão
com todos os prefeitos e governadores, de maneira ampla e transparente: a necessidade de priorizar
regiões onde os déficits de esgoto e
de água potável eram mais urgentes. Mesmo com essa informação, o
jornal preferiu insistir com destaque na equivocada afirmação de
um inexistente privilégio político
para os repasses. As capitais, com
73% delas governadas pelos partidos da base aliada, receberão somente um terço (R$ 1,7 bi) do volume de recursos diretos da União.
3) Ao considerar o critério político, o jornal desconhece as duas rodadas de reuniões realizadas com
os 27 governadores e 187 prefeitos
para definir os projetos prioritários
para cada unidade da Federação,
seguindo os seguintes critérios:
obras estruturantes com grande
impacto na solução do déficit de
água, esgoto e habitação; mortalidade infantil elevada; atendimento
à população de baixa renda e obras
de recuperação ambiental e de bacias hidrográficas."
ANA RIBEIRO, assessoria de imprensa da Casa Civil da Presidência (Brasília, DF)
Resposta do jornalista Fábio
Zanini - A reportagem adotou
como critério a origem dos recursos, que é federal, e seu destino final, que são as obras nas
capitais. Os Estados, em alguns
casos, agem apenas como intermediários em convênios que já
saem com destino certo dos cofres federais para as cidades. O
item 3 está contemplado na reportagem.
De docta ignorantia
"O doutor Carlos Nobre, no artigo "Sobre um físico e a feliz ignorância" ("Tendências/Debates", 13/12),
comentou o que escrevi sobre o
aquecimento da Terra em "O Estado de S. Paulo" há mais de um mês.
A questão decorre do fato de a
meteorologia não ser uma ciência,
apesar de exigir conhecimentos
científicos, pois não cumpre a exigência de prever com precisão; ninguém prevê o tempo com mais de
algumas semanas de antecedência,
muito menos de decênios, e é ingênuo supor que os computadores façam isso.
O doutor Nobre citou a física de
sistemas complexos para contestar
o que disse em meu artigo, sobre o
CO2 produzido pelo homem não ser
o responsável pelo aquecimento
global, mas não cuidou de provar
que ele é; não falta quem assegure
que é o aumento de temperatura
que induz o desse gás na atmosfera,
com o que faz ruir a algaravia do
IPCC. Nem incidi nas falácias "argumentum ad hominem" e "non sequitur" ao ironizar os 2.500 sábios
do IPCC em suas vilegiaturas por
locais aprazíveis; apenas disse que,
em grande parte, eles são burocratas e políticos incumbidos de inibir
o crescimento de determinados
países, entre eles o Brasil.
Referindo-se à minha pessoa, e
sem saber que Arrhenius é químico, o doutor Nobre diz que "Arrhenius deve ter se revolvido em seu
túmulo ao ver um colega físico maltratar tanto a física". Se for assim, o
pobre Arrhenius virou pó, pois estou em excelentes companhias, e
basta citar, entre muitos outros,
Freeman J.Dyson, de Princeton, e
Paul Lindzen, do MIT.
E o doutor Nobre está em más
companhias, a dos arautos do fim
do mundo causado pelo CO2, Al Gore e o governador da Califórnia, Arnold Schwarzenegger, conhecido
por "Exterminador do Futuro".
O título desta carta é o do livro de
Nicolas Cusano (1401-1464) sobre a
douta ignorância."
JOSÉ CARLOS A. AZEVEDO, físico, ex-reitor da UnB
(Brasília, DF)
Educação
"Trabalho com grupos de vestibulandos e mantenho um apoio sistemático às minhas aulas com jornais e revistas -e a Folha tem lugar
de honra no aporte que faço com
resumos, textos de opinião, infográficos, entrevistas, charges, quadrinhos e cartas dos leitores, entre
outros modos de escrita.
Estou profundamente agradecida pela valiosa contribuição que recebi do jornal ao longo deste ano.
A maior prova: o vestibular da
Universidade Federal do Paraná incluiu três textos extraídos das edições do jornal, além de recomendar
uma redação de carta ao "Painel do
Leitor".
Meus alunos, familiarizados com
a Folha, acabaram tirando de letra
as questões propostas.
Obrigada é palavra limitada, mas
ela seguirá a todos que fazem esse
concertado trabalho de colocar nas
mãos dos leitores o melhor da informação."
DORALICE ARAÚJO, professora (Curitiba, PR)
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