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Preços e juros
A INFLAÇÃO oficial, medida
pelo IPCA, registrou alta
de 4,46% em 2007, bastante próxima ao centro da meta,
que é de 4,5%. A elevação dos
preços foi puxada pelos alimentos, que ficaram 10,79% mais caros. A alimentação contribuiu
com cerca de metade do índice.
Essa alta reflete uma demanda
doméstica e mundial aquecida,
problemas na oferta de alguns
produtos e o uso crescente de
áreas de lavouras para a produção de combustível.
Os analistas econômicos projetam uma taxa de inflação de
4,29% para 2008, segundo o boletim "Focus". Permaneceria, assim, abaixo do centro da meta.
O BC interrompeu a queda da
taxa de juros básica em 11,25%
em setembro do ano passado. No
mercado futuro da BM&F, no
entanto, houve leve alta dos juros para os grandes tomadores.
Os contratos sinalizam juros de
12,72% para janeiro de 2010.
O aumento do IOF, para compensar em parte o fim da CPMF,
pode resultar em um aumento
estimado entre 1% e 1,5% na taxa
de juros dos empréstimos. Esse
cenário de juros mais altos, associado com a perspectiva de desaceleração dos países desenvolvidos, deverá implicar queda da taxa de crescimento do país de cerca de 5,3%, no ano passado, para
4,5%, em 2008, contendo as
pressões sobre os preços.
As autoridades econômicas deveriam, no entanto, preservar e
ampliar os investimentos públicos e privados, sobretudo, em infra-estrutura. Como se explicitou nas últimas semanas, os gargalos na infra-estrutura ameaçam a sustentação do crescimento. Isso requer, portanto, a contenção dos gastos de custeio do
setor público federal, que crescem a mais de 10% ao ano.
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