São Paulo, quinta-feira, 15 de fevereiro de 2007

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

PAINEL DO LEITOR

O "Painel do Leitor" recebe colaborações por e-mail (leitor@uol.com.br), fax (0/xx/11/3223-1644) e correio (al.Barão de Limeira, 425, 4º andar, São Paulo-SP, CEP 01202-900). As mensagens devem ser concisas e conter nome completo, endereço e telefone. A Folha se reserva o direito de publicar trechos.

João Hélio
"Em minha opinião, o erro do Brasil está na elite supostamente informada, que quer as leis dos países evoluídos num país subdesenvolvido. A Europa empregou a pena de morte; os EUA e o Japão empregam-na até hoje. E isso foi feito para civilizar o seu povo. Depois que fica mais civilizado, aí, sim, as leis podem ser amenizadas. A pena de morte diminuiria a quantidade de crimes dessa gravidade, pois a reincidência cairia."
JOSÉ MOREIRA DA SILVA (São Paulo, SP)

"Se os criminosos envolvidos no assassinato do pequeno João Hélio ouvissem Piazzola em vez dos funks que ouvem, se o Gugu, o Faustão e a Xuxa não estivessem há mais de duas décadas "educando" esses animais, se os três Poderes constituídos não fossem uma fraude, se a Ivete Sangalo não tivesse saído na capa da "Rolling Stone", se o Pedro Bial tivesse um pouquinho só de caráter e se eu tivesse estômago para enumerar os desdobramentos dessas inhacas que formam esse nosso imenso país antropofágico de fezes, talvez o pequeno João Hélio não tivesse virado paçoca no asfalto. Talvez -em pouco tempo- poderia ter se transformado em mais um cliente de uma Igreja Evangélica ou de banco feito na medida só para ele.
Quer dizer: em vez de paçoca viraria amendoim torradinho. Existem outras opções?"
MARCELO MIRISOLA, escritor (São Paulo, SP)

Receita
"Em retificação a correspondência anteriormente encaminhada a este jornal, informo que a reportagem "Receita autua acusados por mensalão" (Brasil, pág. A5), publicada ontem, não é verdadeira quando afirma que estou inscrita na dívida ativa da União. Afirmo que não tenho nenhuma pendência na Receita Federal, conforme comprovam os documentos anexos -relacionados abaixo:
1) Comprovante de Inscrição e Situação Cadastral no CPF; 2) Certidão Conjunta Negativa de Débitos Relativos a Tributos Federais e à Dívida Ativa da União, em que a Receita Federal certifica que não constam pendências em meu nome relativa a tributos administrados pela Secretaria da Receita Federal (SRF) e a inscrição em Dívida Ativa da União junto à Procuradoria Geral da Fazenda Nacional (PGNF);
3) Confirmação de Autenticidade das Certidões. Informo ainda que os processos de números 10882.600320/2004-71 e 10882.601041/2005-14, que não têm nenhuma relação com o "escândalo do mensalão", foram arquivados em dezembro último, gerando, assim, a certidão acima mencionada.
O dano à imagem já foi causado. Entretanto peço a retificação em nome do bom jornalismo."
MÁRCIA REGINA MILANÉSIO CUNHA, mulher do deputado federal João Paulo Cunha (Brasília, DF)

Resposta dos jornalistas Leonardo Souza e Andréa Michael - O texto diz que a missivista foi inscrita -e não que ainda está inscrita- na dívida. A inscrição aconteceu em 24/12/2005, após a eclosão do escândalo do mensalão. Procurada, a missivista não quis se pronunciar antes da publicação da reportagem.

Universidades paulistas
"Em texto de ontem (Cotidiano), a reportagem da Folha volta a insistir num equívoco: afirma que o governo contingenciou 15% das verbas de custeio das universidades públicas estaduais.
Isso é falso e já foi esclarecido mais de uma vez: o referido contingenciamento exclui as folhas de salários, que vão de 80% a 90% das verbas transferidas às universidades. Ou seja, o contingenciamento chega a ser até dez vezes menor do que o apontado pelo jornal, sendo ínfimo inclusive em relação às reservas de caixa de que as universidades dispõem no momento. Note-se que a reportagem omitiu, novamente, o fato de que o orçamento de 2007 não foi ainda aprovado, sendo este, para o governo do Estado, o motivo do contingenciamento.
Qualquer setor afetado pelo contingenciamento pode solicitar, se necessário, a liberação dos recursos temporariamente retidos. Ao contrário do que afirma a reportagem, não há a segunda intenção de que seja mudado o sistema de gerenciamento dos recursos das instituições universitárias. Achar que a integração de uma entidade ao sistema do Siafem interfere obrigatoriamente no gerenciamento dos seus recursos é desconhecer os mecanismos de transparência na execução orçamentária criados nos últimos anos em nosso país.
O Tribunal de Justiça de São Paulo e a Assembléia Legislativa do Estado, dois poderes constitucional e absolutamente independentes do Executivo, estão integrados ao Siafem.
Por último, esta e outras reportagens da Folha têm sistematicamente ignorado o seguinte: como o governo vai manter o repasse de 9,57% da arrecadação do ICMS, todo e qualquer contingenciamento será sempre temporário e implicará na reposição dos recursos dentro do mesmo ano orçamentário."
HUBERT ALQUÉRES, secretário de Comunicação do governo de São Paulo (São Paulo, SP)

Nota da Redação - Leia na seção "Erramos".

Critério
"Interessantíssimo o critério da Folha para escolher as manchetes da Primeira Página.
Em 13/2, destacou o lucro do Bradesco em 2006 e no período do governo Lula. Mas o recorde histórico de exportação do agronegócio -US$ 50 bilhões acumulado em 12 meses, também alcançado pelo governo Lula- só mereceu reportagem na última página do caderno Dinheiro, perdendo em importância, por esse revelador critério, até para Leão e o seu Corinthians."
ADEMAR G. FEITEIRO (São Paulo, SP)

Avenida Lula
"Se alguns ainda tinham dúvidas a respeito da mutação do senhor Luiz Inácio Lula da Silva de líder trabalhista em mais novo coronel deste nosso Brasil varonil, a excelente foto de Gabriel Oliveira na Primeira Página de ontem é uma confirmação por si só eloqüente.
Francamente, uma avenida chamada "Luiz Inácio Lula da Silva", no interior da Bahia, somente não faz corar a Sarneys e a ACMs."
CARLOS ALBERTO BÁRBARO (Teresina, PI)

Leia mais cartas na Folha Online
www.folha.com.br/paineldoleitor

Serviço de Atendimento ao Assinante: 0800-775-8080
Grande São Paulo: 0/xx/11 3224-3090
www.cliquefolha.com.br

Ombudsman: 0800-15-9000
ombudsman@uol.com.br
www.folha.com.br/ombudsman


Texto Anterior: Eduardo Lafraia: A engenharia brasileira e o metrô de SP

Próximo Texto: Erramos
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.