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PAINEL DO LEITOR
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João Hélio
"Em minha opinião, o erro do
Brasil está na elite supostamente
informada, que quer as leis dos países evoluídos num país subdesenvolvido. A Europa empregou a pena
de morte; os EUA e o Japão empregam-na até hoje. E isso foi feito para
civilizar o seu povo. Depois que fica
mais civilizado, aí, sim, as leis podem ser amenizadas. A pena de
morte diminuiria a quantidade de
crimes dessa gravidade, pois a reincidência cairia."
JOSÉ MOREIRA DA SILVA (São Paulo, SP)
"Se os criminosos envolvidos no
assassinato do pequeno João Hélio
ouvissem Piazzola em vez dos funks
que ouvem, se o Gugu, o Faustão e a
Xuxa não estivessem há mais de
duas décadas "educando" esses animais, se os três Poderes constituídos não fossem uma fraude, se a
Ivete Sangalo não tivesse saído na
capa da "Rolling Stone", se o Pedro
Bial tivesse um pouquinho só de caráter e se eu tivesse estômago para
enumerar os desdobramentos dessas inhacas que formam esse nosso
imenso país antropofágico de fezes,
talvez o pequeno João Hélio não tivesse virado paçoca no asfalto. Talvez -em pouco tempo- poderia ter
se transformado em mais um cliente de uma Igreja Evangélica ou de
banco feito na medida só para ele.
Quer dizer: em vez de paçoca viraria
amendoim torradinho. Existem outras opções?"
MARCELO MIRISOLA, escritor (São Paulo, SP)
Receita
"Em retificação a correspondência anteriormente encaminhada a
este jornal, informo que a reportagem "Receita autua acusados por
mensalão" (Brasil, pág. A5), publicada ontem, não é verdadeira quando afirma que estou inscrita na dívida ativa da União.
Afirmo que não tenho nenhuma
pendência na Receita Federal, conforme comprovam os documentos
anexos -relacionados abaixo:
1) Comprovante de Inscrição e
Situação Cadastral no CPF; 2) Certidão Conjunta Negativa de Débitos Relativos a Tributos Federais e
à Dívida Ativa da União, em que a
Receita Federal certifica que não
constam pendências em meu nome
relativa a tributos administrados
pela Secretaria da Receita Federal
(SRF) e a inscrição em Dívida Ativa
da União junto à Procuradoria Geral da Fazenda Nacional (PGNF);
3) Confirmação de Autenticidade
das Certidões.
Informo ainda que os processos
de números 10882.600320/2004-71 e 10882.601041/2005-14, que
não têm nenhuma relação com o
"escândalo do mensalão", foram arquivados em dezembro último, gerando, assim, a certidão acima
mencionada.
O dano à imagem já foi causado.
Entretanto peço a retificação em
nome do bom jornalismo."
MÁRCIA REGINA MILANÉSIO CUNHA, mulher do deputado federal João Paulo Cunha (Brasília, DF)
Resposta dos jornalistas Leonardo Souza e Andréa Michael
- O texto diz que a missivista
foi inscrita -e não que ainda está inscrita- na dívida. A inscrição aconteceu em 24/12/2005,
após a eclosão do escândalo do
mensalão. Procurada, a missivista não quis se pronunciar antes da publicação da reportagem.
Universidades paulistas
"Em texto de ontem (Cotidiano), a reportagem da Folha volta a
insistir num equívoco: afirma que o
governo contingenciou 15% das
verbas de custeio das universidades
públicas estaduais.
Isso é falso e já foi esclarecido
mais de uma vez: o referido contingenciamento exclui as folhas de salários, que vão de 80% a 90% das
verbas transferidas às universidades. Ou seja, o contingenciamento
chega a ser até dez vezes menor do
que o apontado pelo jornal, sendo
ínfimo inclusive em relação às reservas de caixa de que as universidades dispõem no momento.
Note-se que a reportagem omitiu, novamente, o fato de que o orçamento de 2007 não foi ainda
aprovado, sendo este, para o governo do Estado, o motivo do contingenciamento.
Qualquer setor afetado pelo contingenciamento pode solicitar, se
necessário, a liberação dos recursos
temporariamente retidos. Ao contrário do que afirma a reportagem,
não há a segunda intenção de que
seja mudado o sistema de gerenciamento dos recursos das instituições universitárias. Achar que a integração de uma entidade ao sistema do Siafem interfere obrigatoriamente no gerenciamento dos seus
recursos é desconhecer os mecanismos de transparência na execução orçamentária criados nos últimos anos em nosso país.
O Tribunal de Justiça de São
Paulo e a Assembléia Legislativa do
Estado, dois poderes constitucional
e absolutamente independentes do
Executivo, estão integrados ao Siafem.
Por último, esta e outras reportagens da Folha têm sistematicamente ignorado o seguinte: como o
governo vai manter o repasse de
9,57% da arrecadação do ICMS, todo e qualquer contingenciamento
será sempre temporário e implicará na reposição dos recursos dentro
do mesmo ano orçamentário."
HUBERT ALQUÉRES, secretário de Comunicação do
governo de São Paulo (São Paulo, SP)
Nota da Redação - Leia na seção "Erramos".
Critério
"Interessantíssimo o critério da
Folha para escolher as manchetes
da Primeira Página.
Em 13/2, destacou o lucro do
Bradesco em 2006 e no período do
governo Lula. Mas o recorde histórico de exportação do agronegócio
-US$ 50 bilhões acumulado em 12
meses, também alcançado pelo governo Lula- só mereceu reportagem na última página do caderno
Dinheiro, perdendo em importância, por esse revelador critério, até
para Leão e o seu Corinthians."
ADEMAR G. FEITEIRO (São Paulo, SP)
Avenida Lula
"Se alguns ainda tinham dúvidas
a respeito da mutação do senhor
Luiz Inácio Lula da Silva de líder
trabalhista em mais novo coronel
deste nosso Brasil varonil, a excelente foto de Gabriel Oliveira na
Primeira Página de ontem é uma
confirmação por si só eloqüente.
Francamente, uma avenida chamada "Luiz Inácio Lula da Silva", no
interior da Bahia, somente não faz
corar a Sarneys e a ACMs."
CARLOS ALBERTO BÁRBARO (Teresina, PI)
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