São Paulo, quinta-feira, 15 de março de 2001

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PAINEL DO LEITOR

FGTS
"É curioso o ministro Malan afirmar que o governo não pagará o ajuste do FGTS devido aos trabalhadores. Não é de admirar. Este governo rasga a Carta Magna todos os dias, um pedacinho de cada vez. Faz gato e sapato do Judiciário. A dívida do FGTS foi feita pelos coleguinhas do ministro, os economistas a serviço dos Sarneys, dos Collors e de outros males menores. Pois agora que o governo nos pague! Ou todos nós vamos poder dizer aos credores nossos de cada dia: "Devo, não nego, mas vá cobrar do bispo!"." Isa Musa de Noronha (Belo Horizonte, MG)

"Qualquer "acordo" feito pelas centrais sindicais com o governo que não contemple o pagamento imediato das perdas aos aposentados maiores de 65 anos deixará no ar um terrível cheiro de conchavo. A "tunga" foi feita de uma só vez. Portanto seu pagamento deve ser feito em uma única vez. E fora do cemitério." Marcellus M. A. Dalla Pria (São Paulo, SP)

Livros
"Brilhante o editorial "Deserto de Livros" (Opinião, pág. A2, 4/3). Como cidadão, concordo em gênero e número. Como editor de livros, peço mais da Folha. O espaço para livros está bastante reduzido. Além do caderno Resenhas, restrito a um público elitizado intelectualmente, o livro é mencionado na Ilustrada e no fim-de-semana, mas nunca de forma frequente e contínua. Sugiro que abram mais espaço, divulgando e cobrindo noites de autógrafos, tendo colunas fixas de resenhas para autores iniciantes e consagrados, fazendo entrevistas (mais do que já acontecem) etc. Coloco-me à disposição para pensar em propostas. Se acham importante o desenvolvimento da capacidade de leitura, é indispensável que dêem o exemplo. Vamos juntos, profissionais do livro e da imprensa, tornar o livro mais simpático aos brasileiros. O mercado editorial não tem condições de realizar sozinho essa tarefa. Dêem mais espaço para os livros!." Marcelo Candido de Melo, sócio-fundador da Negócio Editora (São Paulo, SP)

Antidemocrático
"Extremamente antidemocrático o que o PT pretende fazer com o senador Eduardo Suplicy. Usar um artigo do regimento do partido para tentar cancelar as prévias e, assim, permitir que a Executiva Nacional decida por Lula é extremamente antipático para o PT, que prega democracia e direitos para os outros, mas, dentro de sua própria casa, serve-se da ditadura para impor nomes à Presidência." Paulo R. Pires (São Bernardo do Campo, SP)

Oriente mais do que próximo
"Uau! Achei bárbara a foto publicada na Primeira Página em 13/3. Pensei estar diante de mais um capítulo da disputa entre israelenses e palestinos, mas, quando li a legenda, fiquei boquiaberta: "Rua Alba, zona sul da capital paulista.". Agora só falta a grande marcha dos encapuzados, dos sem-terra, dos sem-teto e dos sem-emprego tomar a av. Paulista. Estamos em plena guerra civil e o governo FHC dorme em berço esplêndido no país do Real." Patrícia M. V. de Carvalho (Santos, SP)

Unidos com Sharon
"O editorial "Unidos com Sharon" (Opinião, pág. A2, 8/3) citava (assim como a maior parte da mídia) a versão palestina de que a visita de Ariel Sharon ao Monte do Templo, em Jerusalém, provocou o início da Intifada de 28/9/2000. Tal versão vem sendo apurada, e as provas mostram que a Intifada foi cuidadosamente premeditada pela Autoridade Palestina, tendo seu início logo após o fracasso das negociações de Camp David, rejeitadas por Arafat. Uma prova inquestionável, divulgada pela Associated Press, foi a palestra do ministro das Comunicações da Autoridade Palestina, sr. Imad Al Falouji, em 6/12/2000, em Gaza. Al Falouji afirmou que foi o próprio Iasser Arafat quem ordenou a preparação da Intifada. O ministro também disse que Arafat programou tudo não só em protesto à visita de Sharon ao Monte do Templo mas por não concordar com as concessões incluídas no acordo de paz mediado pelo presidente Bill Clinton. O jornal norte-americano "Newsday" publicou em 4/3/2001 a citação do ministro Falouji: "É um erro pensar que isso (referindo-se à visita de Sharon) foi a causa da revolta. Isso foi planejado depois do fracasso das negociações de paz do último verão em Camp David, mediadas pelo presidente Clinton"." Medad Medina , cônsul-geral de Israel (São Paulo, SP)

Saúde
"O deputado João Paulo (PT-SP) está fazendo o que todos os parlamentares devem fazer: informar-se, avaliar e cobrar eficácia nas ações do Executivo. Mas os números que obteve sobre a saúde superestimam os gastos de publicidade do ministério, conduzindo, dessa forma, leitores e jornalistas a conclusões equivocadas. Já demonstramos isso com clareza no dia 12/3 ("Ministério da Saúde, "Painel do Leitor", pág. A3). Um dos equívocos graves é a fantasia da duplicação de gastos em publicidade de 1999 a 2000. Ele não percebeu que as campanhas Diabetes, Aids no Carnaval e Médicos no Interior, realizadas nesse primeiro trimestre de 2001, fazem parte dos gastos de 2000. Ou seja: foram realizadas com recursos do ano passado. Além do mais, o deputado esqueceu-se de deflacionar os gastos e subestimou os desembolsos de 1999. Os problemas da saúde são graves, sim, mas não se avolumaram nos últimos anos. Com relação à afirmação do deputado de que o ministro José Serra vem fazendo um bom trabalho na saúde, estamos de acordo. E reconhecemos sua integridade em, como deputado oposicionista, admitir isso." João Roberto Vieira da Costa , chefe da Assessoria de Comunicação do Ministério da Saúde (Brasília, DF)

Assembléia de SP
"O sr. Walter Feldmann conseguiu envolver a Folha na reportagem "Feldman diz que não espera governar o Estado" (Brasil, pág. A7, 12/3). 1 - Jamais o deputado Walter Feldmann dispôs-se a retratar-se pelas ofensas atiradas contra minha família. 2 - Nunca aceitaria ser vice na chapa desse político de atitudes perigosas, manhoso e intrigante. É mais uma invenção dele para evitar o assunto principal: a não-declaração dos seus bens. 3 - É incrível a Folha não expor com destaque a fragilidade da desculpa de Feldmann, que, cinicamente, disse ter cometido um "equívoco" na declaração de seus valiosos bens. 4 - A Folha valoriza, no título de texto com minha entrevista, que temo só ter um voto ("Anticandidata teme só ter um voto'). Na verdade, minha candidatura é para desnudar publicamente a figura política perigosa do deputado e visa garantir uma opção aos colegas da AL. 5 - A Folha cometeu erros na reportagem. Meu nome é Maria do Carmo, e não Ana Maria. Fiz 45.927 votos, e não 32.429. 6 - Walter Feldmann erra em sua entrevista. Lázaro José Piunti denunciou e provou tudo que mencionou sobre a CDHU. Ele não montou dossiê nenhum contra Feldmann." Maria do Carmo Piunti, deputada estadual (PSDB) (São Paulo, SP)
Nota da Redação - Leia a seção "Erramos", abaixo.



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