São Paulo, quinta-feira, 15 de junho de 2006

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PAINEL DO LEITOR

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Brasis
"No primeiro jogo do Brasil na Copa do Mundo deste ano, ficou nítida e clara a divisão vergonhosa dos Brasis. No andar de baixo, aqueles que dependem do transporte público -e muitos nem conseguiram chegar em casa a tempo de ver o jogo. No andar de cima, os que viram o jogo em bares com telões, em churrascarias etc."
MARCOS BARBOSA (Casa Branca, SP)

Patriotismo
"Ao ler a reportagem "Para ver a Copa, paulistano vive tarde de caos e de paz" (Cotidiano, 14/6) e outras que tratam da seleção brasileira, sempre se pode ver que, em se tratando de futebol, o brasileiro é patriota, mas, no dia-a-dia, não dá a mínima para o país, pois não respeita as suas leis, os seus valores, sonega impostos, quer sempre tirar vantagem em tudo, é corruptível etc. O amor pela pátria é diário, nas mínimas coisas, e não somente no futebol."
BRAZ FERRAZ CARLOMANHO (Piracicaba, SP)

 

"Esse patriotismo que estamos vendo da população brasileira, saindo as ruas de verde e amarelo, torcendo pela seleção, deveria também -e principalmente- ser manifestado para mostrar a sua indignação e para lutar contra a corrupção, contra a falta de vergonha e contra o cinismo que tomam conta deste país. É preciso exigir mais dignidade desses políticos que nós elegemos e cujos salários pagamos muito bem."
CLAUDIA PEZZIM (São Paulo, SP)

Servidores públicos
"Achei equivocado o comentário do senhor Antonio Leite, publicado no "Painel do Leitor" de ontem. Seu raciocínio leva à conclusão de que os servidores públicos são privados de expressar suas opiniões políticas. Penso o contrário. É natural, legítimo e garantido pela Constituição que qualquer pessoa, mesmo os servidores públicos -sejam ministros de Estado ou simples auxiliares administrativos-, possa manifestar suas convicções políticas se o faz na qualidade de cidadão e fora do seu local de trabalho."
RAFAEL ELIAS TABOADA (São Carlos, SP)

Juiz sem rosto
"Essa idéia de "juiz sem rosto" ("Atentados fazem juízes mudarem rotina", Cotidiano, 13/6) é tão ingênua como a ilusão de pensar que se combate crime organizado sem pesados investimentos nos órgãos repressores. E quem vai esconder o rosto da sociedade contra o ataque dos bandidos? Minha atuação como juiz federal criminal, por duas décadas, sempre em fronteiras, colocou-me em confinamento. Há três anos, sou obrigado a andar em carro blindado e com escolta de agentes federais, que dormem dentro de casa. Nem por isso sou favorável a qualquer medida que, além de mutilar a pouca transparência do Judiciário, faça o magistrado se ajoelhar diante do crime organizado. A máfia italiana foi vencida não pela figura do juiz sem rosto, mas por leis duras, com investimento no Estado-repressor. No Brasil, o Executivo é omisso na prevenção, e o Congresso e o Judiciário são permissivos. O que a Associação dos Magistrados Brasileiros deve fazer é propor medidas adequadas ao duro enfrentamento do crime organizado, e não dar demonstração de medo."
ODILON DE OLIVEIRA, juiz federal (Campo Grande, MS)

Estranhas propostas
"O presidente diz que cumpriu as propostas para a educação, com exceção do Fundeb. Mas, se lideramos o analfabetismo na América Latina, se temos índices de reprovação escolar iguais aos de países africanos, se temos 52% dos alunos da 5ª série das escolas públicas completamente analfabetos e se temos 74% da população entre 15 e 64 anos com dificuldades de leitura e de escrita, é muito difícil entender que estranhas propostas para a educação foram essas."
ERGÓGIRO DANTAS , pedagogo aposentado (Rio de Janeiro, RJ)

O que esperamos?
"O editorial "A letargia continua" (Opinião, 12/6) traz à tona questões importantes sobre o funcionamento moroso da CTNBio, norteado por convicções políticas, muito pouco plausíveis e científicas. O que estamos esperando? É isso o que o setor produtivo brasileiro se pergunta. Após demorada tramitação, em que foram ouvidos todos os elementos interessados, a Lei de Biossegurança foi aprovada em março do ano passado. Após um ano de demorada implementação, por falta de regulamentação, o órgão simplesmente não funciona. Suas reuniões não conseguem o consenso de seu plenário. Para a próxima reunião ordinária da CTNBio, a pauta já se encontra atravancada, com 225 itens a serem analisados. Qual é a causa dessa lentidão? Só pode ser pelo fato de o governo federal não ter uma política bem resolvida para a biotecnologia oriunda da engenharia genética no Brasil. A parte mais difícil e complexa do trabalho dos membros da CTNBio não é a análise dos complexos projetos de pesquisa e de comercialização de OGMs, mas, sim, romper as barreiras administrativas de fundo ideológico criadas por representantes do próprio Poder Executivo na comissão. Pessoas que rejeitam a idéia de legitimação da ciência e do progresso do país pela democracia e continuam, dentro da CTNBio, mantendo uma posição restritiva ao desenvolvimento desse segmento da biotecnologia."
YWAO MIYAMOTO , presidente da Abrasem -Associação Brasileira de Sementes e Mudas (São Paulo, SP)

Metrô
"Primeiro foi o deputado Edson Aparecido (PSDB). Agora a assessoria da Secretaria dos Transportes Metropolitanos volta a fazer comparações estapafúrdias entre o metrô de São Paulo e o de Nova York ("Painel do Leitor", 14/6) para justificar o golpe nos bolsos dos usuários com a extinção do bilhete múltiplo de dez. Como comemorar que nosso bilhete unitário custe 20% a menos que o similar nova-iorquino se os salários norte-americanos são imensamente maiores que os nossos? Além disso, Nova York tem mais de 400 estações de metrô, enquanto a nossa cidade tem aproximadamente 50. E, a julgar pelo ritmo do governo tucano, que construiu apenas 11 estações em 12 anos, precisaremos de alguns séculos para ter um sistema de transporte tão abrangente."
AMÍLCAR VELOSO (São Paulo, SP)

CARTA REGISTRADA

"Lula tinha razão sobre sua pergunta, que afetou tanto Ronaldo."
CARLOS EDUARDO POMPEU (Limeira, SP)
 
"O Brasil é realmente bom de bola, pois ganhou da Croácia atuando boa parte do tempo do jogo com nove em campo!"
EDER JOSE LOUZADA CARDOSO (Guariba, SP)

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