São Paulo, segunda-feira, 15 de novembro de 2010

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PAINEL DO LEITOR

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PanAmericano
A respeito da matéria "Cliente ganha R$ 120 mi em banco de Silvio" (Mercado, 14/11), o Banco Central esclarece que adota regras prudenciais alinhadas com o acordo de Basileia. Não é papel de bancos centrais fazer auditorias de contas de instituições financeiras. O Banco Central não pode substituir a administração das instituições, a cujos controles compete verificar se taxas pagas a investidores são adequadas.
A nova diretoria do Panamericano foi, nos termos da lei, nomeada pelos acionistas, dentre eles a Caixa Econômica Federal, com o aval do Fundo Garantidor de Crédito. O Banco Central não indicou ninguém porque não tem essa prerrogativa legal. Cabe ressaltar que o BC iniciou rigorosa e criteriosa investigação, a qual ainda não teve conclusão.
A lei da lavagem de dinheiro diz respeito a assunto de natureza penal, cujo eventual descumprimento constitui matéria criminal, que está no âmbito da atuação do Ministério Público. Caso uma instituição financeira tenha suspeita da origem de recursos depositados por um cliente, deve comunicar o fato ao Coaf, e não ao Banco Central. Cabe observar que a ação a tempo do Banco Central evitou prejuízos aos cofres públicos, aos depositantes e ao mercado.
FRANCISCO MENDONÇA FILHO , assessoria de Imprensa do Banco Central (Brasília, DF)

Aborto
A matéria sobre a falta de apoio a mulher que sofre um aborto (Cotidiano, 13/11) foi perfeita. Há dez anos tenho um grupo para apoiar a mulher que sofre a perda e não encontra apoio em médicos e muitas vezes nem mesmo na família. É uma dor solitária. Passei por ela três vezes. Nosso grupo se chama "Unidas Pela Dor" e possui mais de cem mulheres. Parabéns à Folha. Ainda precisamos gritar que precisamos de ajuda, de carinho e de um abraço quando perdemos um filho.
ODETE DOS SANTOS (São Paulo, SP)

Educação
Maria Inês Azambuja ("Painel do Leitor", 14/11) diz estar na dúvida se ela ganha mal ou o filho, principiante no Judiciário com nível médio, é que ganha bem.
Tenho a dizer à colega que ganhamos mal mesmo, pois educação e produção de conhecimento jamais foram prestigiadas no Brasil. Talvez por orientação dela, que não dei a minhas filhas, seu filho escolheu ganhar bem em vez de pensar em vocação e ser humilhado a vida inteira.
CARLOS BRISOLA MARCONDES Florianópolis (SC)

Petrobras
Sobre o texto "Petrobras tem 42 contratos com marido de ministeriável" (Poder, 14/11), a companhia reitera que não houve favorecimento à empresa C. Foster e não houve qualquer irregularidade nas pequenas compras de componentes. Vinte compras foram realizadas por dispensa de licitação, pois os valores foram abaixo de R$ 10 mil. As demais foram feitas por meio de processo licitatório. A C. Foster não foi a vencedora em mais de 90% das licitações da Petrobras de que participou. Portanto, nunca houve favorecimento à empresa.
De 2005 a 2010, as compras somaram R$ 614 mil, contra os cerca de R$ 50 milhões que a Petrobras adquiriu no período de outras empresas que fornecem os mesmos tipos de materiais da C. Foster. As compras foram feitas por quatro áreas da companhia, nenhuma delas vinculada à Diretoria de Gás e Energia.
LUCIO MENA PIMENTEL , gerente de Imprensa da Petrobras (Rio de Janeiro, RJ)

RESPOSTA DA JORNALISTA FERNANDA ODILLA - A reportagem afirma que, a partir de 2007, a C. Foster assinou 42 contratos com a Petrobras para fornecer componentes eletrônicos. A informação foi confirmada pela própria Petrobras.

F-1
O campeonato de Fórmula 1 não poderia ter terminado de melhor forma, consagrando o talento do jovem Sebastian Vettel e o "fair play" da equipe Red Bull.
O resultado também é um grande alívio aos torcedores e um "balde de água fria" nas pretensas táticas da Ferrari para colocar seu piloto mimado mais bem posicionado no campeonato.
A imagem emblemática da corrida é a de Fernando Alonso "reclamando" que a Renault não lhe deu passagem. O resultado teria sido diferente se a Ferrari tivesse tentado interferir no rádio da equipe adversária com o mantra: "Petrov, Alonso está mais rápido do que você... Confirme."
CLAUDIO AUGUSTO PINTO DE TOLEDO (São Paulo, SP)

Lobby
O título da reportagem "Lobby da indústria afeta SUS, diz Anvisa" (Cotidiano, 12/11) e a pesquisa realizada pela Anvisa distorcem a questão das visitas de propagandistas dos laboratórios farmacêuticos aos médicos do SUS.
As compras de medicamentos na rede pública são decididas por comissões de especialistas, com base em protocolos clínicos preparados pelo Ministério da Saúde. As compras do SUS não se orientam pela mera opinião ou vontade dos médicos. Essas visitas objetivam atualizar os profissionais da saúde sobre as novidades e as características dos medicamentos produzidos pelos laboratórios, sem nenhum interesse específico nas compras do SUS.
NELSON MUSSOLINI , vice-presidente executivo do Sindusfarma (São Paulo, SP)

Enem
Assim como o problema gerencial do Enem parece evidente, também parece evidente a orquestração tucana para desmontar a proposta de nacionalização do vestibular. Por qual motivo refutam os exemplos do ACT dos Estados Unidos, aceito pelas universidades norte-americanas?
O Enem está cumprindo um importante papel de transformar o conhecimento básico a ser adquirido por um jovem em questão nacional e não privatizado por instituições de ensino de maneira fragmentada. Educação não se presta ao sucesso individual, mas à socialização. A mercantilização como sinônimo de autonomia é o argumento mais simplório e não parece condizente com o papel que ex-ministros de Educação teriam que cumprir.
RUDÁ RICCI (Belo Horizonte, MG)

Creches
Durante a campanha eleitoral, a presidente eleita prometeu 6.000 creches. Quatro anos de mandato representam 1.460 dias. Ou seja, a presidente deverá construir 4,1 creches por dia.
RUY CERQUEIRA (Itapetininga, SP)

Detran
Tendo em vista a citação do meu nome na matéria "Chefia da Segurança é impasse para Alckmin" (Poder, 11/11), afirmo que não é verdade que eu tenha sido afastado da direção do Detran pelo atual secretário da Segurança: deixei o cargo como fato administrativo normal, como o são as mudanças em cargos de confiança, na renovação do Executivo.
Não foi em minha gestão no Detran que ocorreu "suposto desvio de 30 milhões", fato que se comprovará pela competente investigação que se processa pelo Ministério Público Estadual. Não estou e jamais me envolvi em qualquer lobby a favor ou contra pessoas direcionadas a eventuais cargos. Ressalte-se que as pessoas nominadas possuem histórico de vida curricular, que por si só não caberiam intermediários.
Contesto a afirmação de que eu seja "desafeto" do atual secretário da Segurança, ao qual devo e tenho profundo respeito.
IVANEY CAYRES DE SOUZA (São Paulo, SP)

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