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PanAmericano
A respeito da matéria "Cliente
ganha R$ 120 mi em banco de
Silvio" (Mercado, 14/11), o Banco
Central esclarece que adota regras prudenciais alinhadas com o
acordo de Basileia. Não é papel
de bancos centrais fazer auditorias de contas de instituições financeiras. O Banco Central não
pode substituir a administração
das instituições, a cujos controles
compete verificar se taxas pagas a
investidores são adequadas.
A nova diretoria do Panamericano foi, nos termos da lei, nomeada pelos acionistas, dentre
eles a Caixa Econômica Federal,
com o aval do Fundo Garantidor
de Crédito. O Banco Central não
indicou ninguém porque não tem
essa prerrogativa legal. Cabe ressaltar que o BC iniciou rigorosa e
criteriosa investigação, a qual
ainda não teve conclusão.
A lei da lavagem de dinheiro
diz respeito a assunto de natureza
penal, cujo eventual descumprimento constitui matéria criminal,
que está no âmbito da atuação do
Ministério Público. Caso uma instituição financeira tenha suspeita
da origem de recursos depositados por um cliente, deve comunicar o fato ao Coaf, e não ao Banco
Central. Cabe observar que a ação
a tempo do Banco Central evitou
prejuízos aos cofres públicos, aos
depositantes e ao mercado.
FRANCISCO MENDONÇA FILHO , assessoria de Imprensa do Banco Central (Brasília, DF)
Aborto
A matéria sobre a falta de
apoio a mulher que sofre um
aborto (Cotidiano, 13/11) foi perfeita. Há dez anos tenho um grupo para apoiar a mulher que sofre
a perda e não encontra apoio em
médicos e muitas vezes nem mesmo na família. É uma dor solitária. Passei por ela três vezes. Nosso grupo se chama "Unidas Pela
Dor" e possui mais de cem mulheres. Parabéns à Folha. Ainda precisamos gritar que precisamos de
ajuda, de carinho e de um abraço
quando perdemos um filho.
ODETE DOS SANTOS (São Paulo, SP)
Educação
Maria Inês Azambuja ("Painel
do Leitor", 14/11) diz estar na dúvida se ela ganha mal ou o filho,
principiante no Judiciário com
nível médio, é que ganha bem.
Tenho a dizer à colega que ganhamos mal mesmo, pois educação e produção de conhecimento
jamais foram prestigiadas no
Brasil. Talvez por orientação dela, que não dei a minhas filhas,
seu filho escolheu ganhar bem
em vez de pensar em vocação e
ser humilhado a vida inteira.
CARLOS BRISOLA MARCONDES Florianópolis (SC)
Petrobras
Sobre o texto "Petrobras tem
42 contratos com marido de ministeriável" (Poder, 14/11), a
companhia reitera que não houve
favorecimento à empresa C. Foster e não houve qualquer irregularidade nas pequenas compras
de componentes. Vinte compras
foram realizadas por dispensa de
licitação, pois os valores foram
abaixo de R$ 10 mil. As demais foram feitas por meio de processo
licitatório. A C. Foster não foi a
vencedora em mais de 90% das licitações da Petrobras de que participou. Portanto, nunca houve
favorecimento à empresa.
De 2005 a 2010, as compras somaram R$ 614 mil, contra os cerca de R$ 50 milhões que a Petrobras adquiriu no período de outras empresas que fornecem os
mesmos tipos de materiais da C.
Foster. As compras foram feitas
por quatro áreas da companhia,
nenhuma delas vinculada à Diretoria de Gás e Energia.
LUCIO MENA PIMENTEL , gerente de Imprensa da
Petrobras (Rio de Janeiro, RJ)
RESPOSTA DA JORNALISTA FERNANDA ODILLA -
A reportagem afirma que, a partir de 2007, a C. Foster assinou 42
contratos com a Petrobras para
fornecer componentes eletrônicos. A informação foi confirmada
pela própria Petrobras.
F-1
O campeonato de Fórmula 1
não poderia ter terminado de
melhor forma, consagrando o talento do jovem Sebastian Vettel e
o "fair play" da equipe Red Bull.
O resultado também é um grande alívio aos torcedores e um
"balde de água fria" nas pretensas táticas da Ferrari para colocar seu piloto mimado mais bem
posicionado no campeonato.
A imagem emblemática da
corrida é a de Fernando Alonso
"reclamando" que a Renault não
lhe deu passagem. O resultado
teria sido diferente se a Ferrari tivesse tentado interferir no rádio
da equipe adversária com o mantra: "Petrov, Alonso está mais rápido do que você... Confirme."
CLAUDIO AUGUSTO PINTO DE TOLEDO (São Paulo,
SP)
Lobby
O título da reportagem "Lobby
da indústria afeta SUS, diz Anvisa" (Cotidiano, 12/11) e a pesquisa realizada pela Anvisa distorcem a questão das visitas de propagandistas dos laboratórios farmacêuticos aos médicos do SUS.
As compras de medicamentos na
rede pública são decididas por
comissões de especialistas, com
base em protocolos clínicos preparados pelo Ministério da Saúde. As compras do SUS não se
orientam pela mera opinião ou
vontade dos médicos. Essas visitas objetivam atualizar os profissionais da saúde sobre as novidades e as características dos medicamentos produzidos pelos laboratórios, sem nenhum interesse
específico nas compras do SUS.
NELSON MUSSOLINI , vice-presidente executivo
do Sindusfarma (São Paulo, SP)
Enem
Assim como o problema gerencial do Enem parece evidente, também parece evidente a orquestração tucana para desmontar a proposta de nacionalização
do vestibular. Por qual motivo
refutam os exemplos do ACT dos
Estados Unidos, aceito pelas universidades norte-americanas?
O Enem está cumprindo um
importante papel de transformar
o conhecimento básico a ser adquirido por um jovem em questão nacional e não privatizado
por instituições de ensino de maneira fragmentada. Educação
não se presta ao sucesso individual, mas à socialização. A mercantilização como sinônimo de
autonomia é o argumento mais
simplório e não parece condizente com o papel que ex-ministros
de Educação teriam que cumprir.
RUDÁ RICCI (Belo Horizonte, MG)
Creches
Durante a campanha eleitoral,
a presidente eleita prometeu
6.000 creches. Quatro anos de
mandato representam 1.460
dias. Ou seja, a presidente deverá construir 4,1 creches por dia.
RUY CERQUEIRA (Itapetininga, SP)
Detran
Tendo em vista a citação do
meu nome na matéria "Chefia da
Segurança é impasse para Alckmin" (Poder, 11/11), afirmo que
não é verdade que eu tenha sido
afastado da direção do Detran pelo atual secretário da Segurança:
deixei o cargo como fato administrativo normal, como o são as mudanças em cargos de confiança,
na renovação do Executivo.
Não foi em minha gestão no
Detran que ocorreu "suposto desvio de 30 milhões", fato que se
comprovará pela competente investigação que se processa pelo
Ministério Público Estadual. Não
estou e jamais me envolvi em
qualquer lobby a favor ou contra
pessoas direcionadas a eventuais
cargos. Ressalte-se que as pessoas nominadas possuem histórico de vida curricular, que por si só
não caberiam intermediários.
Contesto a afirmação de que eu
seja "desafeto" do atual secretário da Segurança, ao qual devo e
tenho profundo respeito.
IVANEY CAYRES DE SOUZA (São Paulo, SP)
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