São Paulo, domingo, 16 de janeiro de 2011

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Trilhos paulistas

O novo governo paulista anunciou que dará prosseguimento aos planos de integração e expansão do transporte sobre trilhos na região metropolitana de São Paulo, mas em ritmo diferente daquele previsto pela gestão anterior.
Das quatro linhas de metrô anunciadas por José Serra, apenas uma, segundo a nova administração, estará pronta até 2014. Provavelmente, dois monotrilhos também serão construídos e haverá expansão de linhas de trem.
A novidade foi o secretário dos Transportes Metropolitanos, Jurandir Fernandes, anunciar que o governo Alckmin pretende ser lembrado por reinvestir em trens regionais de passageiros. Planejam-se linhas que uniriam São José dos Campos, Campinas, Sorocaba e Santos à capital -concebidas de maneira a complementar o trem-bala federal.
São bons planos, embora ainda tímidos. O Estado poderia ser mais ambicioso e buscar recursos para a ligação ferroviária da capital com polos econômicos e tecnológicos do interior, levando o trem de passageiro a regiões como a alta paulista e a alta mogiana, entre outras mais densamente povoadas. Nesses casos, a concorrência com as rodovias e o transporte aéreo seria benéfica, pois criaria incentivos para conter eventuais abusos em pedágios e tarifas.
Não basta o governo buscar uma "marca" nos trens regionais. Interligar linhas de metrô, expandir o serviço ferroviário para o interior e continuar a modernização da CPTM são, em conjunto, tarefas indispensáveis para dar continuidade à melhoria dos transportes.
Um aspecto omitido, mas que merece atenção, é a ideia de criar uma autoridade metropolitana de transporte para coordenar as ações dos diversos municípios da Grande São Paulo. A extensa e complexa rede dessa região precisa ser gerida de forma integrada para evitar desperdícios e elevar sua eficiência.


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