São Paulo, quinta-feira, 16 de fevereiro de 2006

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PAINEL DO LEITOR @ - leitor@uol.com.br


Pesquisas
"Todas as pesquisas que mostravam o prefeito José Serra à frente do presidente Lula nunca foram colocadas em dúvida pelo PSDB. Bastou a pesquisa CNT/Sensus mostrar resultados altamente favoráveis a Lula ("Lula festeja pesquisa que lhe dá dez pontos à frente de Serra", Brasil, A4, 15/2) para o PSDB contestá-los e pedir auditoria sobre a pesquisa. Há uma certa inquietação no ninho tucano!"
Benjamin Eurico Malucelli (São Paulo, SP)

 

"Ao ver a última pesquisa sobre a intenção de voto dos brasileiros para a Presidência, comecei a me imaginar como um dos entrevistados. Diria candidamente que meu candidato era ele mesmo, o Lulinha que vai mudar o Brasil e só precisa de uma nova chance etc. Claro que para mim, como entrevistado, daria ele no primeiro, no segundo e no "terceiro" turnos, diria, jocosamente. Depois, na eleição, votaria em branco ou em qualquer candidato, menos naquele que traiu todo mundo. Eu me sentiria vingado, pois fiz o que fizeram comigo -me enganaram. Disse que era uma coisa e no final era outra."
Waldo Pedrosa (Brasília, DF)

Nova direita
"Parabéns à Folha e ao caderno Ilustrada pela ótima reportagem sobre a chamada "nova direita". Finalmente, após mais de 20 anos, as pessoas têm a oportunidade de conhecer um outro e novo lado ideológico, longe da direita tradicional, anacrônica e ultrapassada, mas também da esquerda demagógica, oportunista e sem nenhum projeto para o Brasil. Basta do monopólio político-ideológico esquerdo-petista!"
Humberto Giovine (Santos, SP)

 

"Muito divertida a reportagem com a "nova direita" (Ilustrada, 15/2). Só faltou eles (não tinha elas) dizerem: "direitista é a mãe"! A direita já teve dias bem melhores, quando Merquior sustentou uma longa polêmica com a filósofa Marilena Chaui, aqui mesmo, nesta Folha. Aquele "direitista" usava argumentos, não desaforos."
Ismael Venâncio de Melo (São Paulo, SP)

No cerne
"É impressionante o quanto se debate algo que não deveria ser a questão principal -o nepotismo. O que deveria estar em discussão é o fato absurdo de contratação sem concurso no serviço público; não concurso de fachada, mas algo sério. O concurso, esse sim, poria fim a todo tipo de nepotismo, compadrio, favorecimento, incompetência e muito mais."
Clóvis Deitos (Campinas, SP)

 

"Nepotismo, corporativismo, compadrio. Clóvis Rossi faz todo brasileiro com um mínimo de princípios se identificar com ele (Opinião, 15/2). O Judiciário, assim como toda instituição, sempre haverá de encontrar uma saída para driblar a regra do nepotismo. E as pessoas de bem terão, uma vez mais, de arcar com as falcatruas: "pro bono publica". Acima de todos os milhares de leis de nosso país, sempre prevaleceu a famosa "Lei do Gérson". Alguém se arrisca a revogá-la?"
Clovis Ramalho Maciel (Sete Lagoas, MG)

Programação
"A TV Nacional, emissora da Radiobrás, estreou uma nova grade de programação no dia 13 de fevereiro. Novos programas entraram no ar e outros saíram. Um dos que saíram foi o "Notícias de Brasília". Tanto o fim do telejornal quanto as outras mudanças foram decididas com meses de antecedência. O fim do "Notícias de Brasília" não foi, portanto, uma resolução deste ano -e não tem nenhuma relação com o suposto "deslocamento de equipes para reportagens especiais sobre obras e projetos do governo Lula, a serem exibidas ao longo da programação", como afirmou a nota do "Painel" de 15/2 intitulada "Tapa-buraco News". Conhecendo a boa conduta jornalística da Folha, estranhei o fato de que o "Painel" não tenha procurado ouvir a mim ou a qualquer diretor da Radiobrás antes de publicar a nota."
Maria Alice Lussani, chefe da TV Nacional -Radiobrás (Brasília, DF)

Editorial
"Em resposta ao editorial "Defensoria duvidosa" (Opinião, pág. A2, 19/12/05), que traz como idéia central que a defensoria pública pode se transformar em novo cabide de empregos paulista, nós, advogados da Funap (Fundação Professor Doutor Manoel Pedro Pimentel), gostaríamos de esclarecer que o direito de opção pela carreira de defensor público que nos foi conferido, porém vetado pelo senhor governador Geraldo Alckmin (PSDB), é absolutamente constitucional, moral, legal e devido por justiça. No Estado de São Paulo há três categorias profissionais que na prática exercem a defensoria pública, e a Funap é uma delas. Ingressamos na carreira por concurso de provas e títulos e exercemos um trabalho típico de defensor público em favor dos menos favorecidos há mais de 25 anos. O Supremo Tribunal Federal já decidiu que transformações, enquadramentos, transposições ou outras denominações semelhantes adotadas para enquadrar servidores públicos em leis que reestruturam ou criam carreiras são constitucionalmente possíveis, desde que as atribuições sejam semelhantes e os servidores tenham prestado concurso público no cargo de origem. Nós preenchemos tais requisitos, já que prestamos concurso público de ingresso na carreira e na prática nossas funções são as de um defensor público. Na Assembléia Legislativa, os deputados, agindo democrática e imparcialmente, após um criterioso estudo, chegaram a uma conclusão. Conferir o direito de opção pela carreira de defensor público a qualquer procurador do Estado e impedir o direito de opção dos advogados da Funap caracteriza uma violação frontal ao princípio da isonomia. A questão salarial, ardilosamente suscitada, não pode ser entendida como impedimento para que possamos fazer a opção pela nova carreira, já que nossos vencimentos foram fixados pela própria Procuradoria do Estado, por meio de um contrato que não prevê reajustes. A Ordem dos Advogados do Brasil, no tocante ao aproveitamento, posicionou-se a nosso favor, por entendê-lo constitucional, assim como juízes, promotores de Justiça e outros juristas renomados."
Fausto Bittar Filho, presidente da Asaf - Associação dos Advogados da Fundação Professor Doutor Manoel Pedro Pimentel - Funap (São Paulo, SP)

Remédios
"Em resposta ao artigo "Remédios Blábláblá", assinado por Maria Inês Dolci (Cotidiano, 14/2), o Conselho Regional de Farmácia do Estado de São Paulo esclarece que não se trata de falta de "vontade" ou interesse dos farmacêuticos para colocar em prática o fracionamento, mas sim da burocracia exigida pelas próprias autoridades sanitárias, como a alteração da licença de funcionamento de estabelecimentos que já estão regulares perante as Vigilâncias Sanitárias locais. O que era para ser uma medida simples tomou grande proporção devido a uma série de exigências para as farmácias, que apenas prolongaram o processo."
Raquel Cristina Delfini Rizzi Grecchi, presidente do Conselho Regional de Farmácia do Estado de São Paulo (São Paulo, SP)

Show gratuito
"Fica a impressão de que os organizadores do show dos Rolling Stones, no Rio de Janeiro, chegaram de Marte na semana passada e desconhecem as limitações de espaço do planeta Copacabana. Até o momento, os responsáveis pelo espetáculo só pensaram no lucro comercial e político do evento. Estão fazendo propaganda de algumas medidas básicas de segurança que estão totalmente incompatíveis com a força do tsunami de pessoas que invadirá o espremido bairro de Copacabana. Que Deus comece a olhar com carinho toda a população carioca que, voluntária ou involuntariamente, estará envolvida no espetáculo."
Wilson Gordon Parker (Nova Friburgo, RJ)


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