São Paulo, quinta-feira, 16 de abril de 2009

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PAINEL DO LEITOR

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Hospitais psiquiátricos
"Parabenizo Ferreira Gullar pelo artigo "Uma lei errada", Ilustrada, 12/4). O poeta provocou durante toda a semana uma discussão sobre o tema "doentes mentais". Na próxima semana, outros assuntos ocuparão o espaço e este cairá no esquecimento. Infelizmente, é assim que funciona.
As leis são feitas para serem cumpridas. Porém, na prática, a teoria é outra. Faço parte de uma instituição filantrópica, quase centenária, que trata de doentes mentais e onde o dia a dia é ver o sofrimento de toda a família envolvida com o seu ente querido.
Costumo dizer que somos o fim da linha, pois a família já sofreu muito até chegar aqui. Os caminhos percorridos são de muita dor e desespero. Fazemos a nossa parte com muito amor e carinho, procurando dar um tratamento digno aos nossos pacientes e tendo a comunidade como grande parceira."
WANDERLEY CINTRA FERREIRA, presidente do Hospital Psiquiátrico Allan Kardec (Franca, SP)

"Tenho acompanhado a repercussão sobre a coluna de Ferreira Gullar e discordo piamente dos argumentos desse admirável poeta. Sou estudante e há alguns anos estou envolvido nesse emaranhado que é a questão da loucura.
Tive a oportunidade de conhecer outros modelos de tratamento, tal como o italiano, que muito difere do brasileiro.
Porém, apesar das discordâncias, acredito que, ao polarizar o debate, os maiores prejudicados serão justamente as pessoas que vivem em sofrimento psíquico. Durante muitos anos, foram submetidas a tratamentos sub-humanos e, com a lei, passaram a ter esperança num outro modelo, que, infelizmente, depois de quase duas décadas, se encontra à deriva, ou seja, sem grandes avanços nos cuidados ao dito "louco".
É necessário um espaço para debates sem essa disputa de saberes "psis" que vemos nas cartas."
DANIEL FERNANDO FISCHER LOMONACO, estudante de psicologia da PUC-SP (São Paulo, SP)

Cidadania
"Carlos Apolinário, vereador paulistano, conhecido por lutar contra a cidadania de homossexuais, é flagrado com doações de campanha suspeitas. Fábio Faria, o deputado federal "pop", pagou passagens para atores dados a boca-livre com o dinheiro público.
O senador Tasso Jereissati usou dinheiro público para fretar jatos. A filha de um político do PT gasta horrores de celular com dinheiro público. Como vou educar meus alunos para cidadania com todos esses fatos? Não sei mais como fazer."
ALEX FABIANO NOGUEIRA (São Paulo, SP)

Boias-frias
"É inaceitável que um país que almeja conquistar o mercado externo de álcool não fiscalize de maneira adequada e rigorosa a situação degradante dos trabalhadores boias-frias. Não somente eles, mas a maior parte dos funcionários nem equer tem seguro insalubridade."
JOSÉ GUILHERME SOARES SILVA (Uberaba, MG)

Escolas
"A Secretaria de Estado da Educação lamenta não ter recebido da Folha os nomes das supostas 1.027 crianças que estariam fora da escola ("SP tem pelo menos mil crianças fora da escola", Cotidiano, 12/4).
Apenas com a lista de nomes seria possível apurar a veracidade da afirmação. A secretaria informa que possui cerca de 10,3 mil vagas disponíveis nas regiões apontadas como deficitárias pela reportagem.
O governo de São Paulo não admite que nenhuma criança fique sem estudar e colabora permanentemente com os conselhos tutelares para solucionar qualquer caso.
Além disso, a lista a que se refere a reportagem foi elaborada em janeiro de 2009, e muitos casos certamente já estão resolvidos."
ROGER FERREIRA, assessoria de comunicação da Secretaria da Educação (São paulo, SP)

Resposta do jornalista Fábio Takahashi - A lista foi feita pelos conselhos tutelares da cidade, com base nas reclamações dos pais. Conforme foi explicado à secretaria, os conselhos afirmaram à Folha que não poderiam intermediar a entrega da listagem pois o Estatuto da Criança e do Adolescente determina que só as partes interessadas podem ter acesso à documentação. A lista foi fechada na semana passada, e não em janeiro.

Vale
"O "Painel" de ontem (Brasil, pág. A4) faz referência reducionista, imprópria e desdenhosa sobre meu desligamento como diretor da Vale.
Minha saída da empresa, assim como a de vários outros diretores, se deveu exclusivamente a medidas de reestruturação e de necessidade de redução de custos e gastos, nesse momento de retração por que passam as empresas. Eu mesmo, na Vale, nos últimos meses, desliguei 40% dos diretores, gerentes-gerais e outros executivos de meu departamento. Construí uma carreira sólida e bem-sucedida na Vale e em várias outras empresas.
Não compreendo por que meu desligamento, um fato absolutamente corriqueiro, foi tratado desse modo, induzindo o leitor a ilações negativas. Bastaria consultar a direção da empresa para ter a correta versão do assunto e registrá-lo com ética e responsabilidade."
WALTER COVER (Rio de Janeiro, RJ)

Resposta da jornalista Renata Lo Prete, editora do "Painel" - A nota se limitou a registrar que José Dirceu procurou conhecidos no setor de mineração em busca de recolocação para seu ex-assessor Walter Cover, recém-saído da Vale.

Educação em Minas
"Em relação ao texto "Desempenho no ensino médio piora em MG" (Cotidiano, 14/4), referente aos alunos do 3º ano do ensino médio das escolas da rede pública, a Secretaria de Estado de Educação de Minas Gerais informa que as variações de -0,07% nos exames de matemática e de -0,04% em português nos exames de 2008 estatisticamente não significam queda no desempenho dos alunos em relação a 2007.
Esses percentuais indicam somente que os resultados permaneceram estáveis, diferentemente da avaliação do período 2006/2007, quando o desempenho dos alunos cresceu 2,8% em matemática e 2,4% em língua portuguesa."
HUGO TEIXEIRA, superintendente de imprensa do governo de Minas Gerais (Belo Horizonte, MG)

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