São Paulo, terça-feira, 16 de maio de 2006

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PAINEL DO LEITOR @ - leitor@uol.com.br


Atentados em São Paulo
"Em relação à reportagem "Lula reduziu gastos com segurança pública em 2005" (Brasil, 15/5), o Ministério da Justiça esclarece que, em função da política de integração e articulação entre os órgãos de segurança, o governo federal vem investindo de forma racional e criteriosa os recursos disponíveis. Em 2005, foi repassado R$ 1,194 bilhão para a segurança pública - Departamento de Polícia Federal, Departamento de Polícia Rodoviária Federal, Fundo de Aparelhamento da Polícia Federal, Fundo Penitenciário Nacional, Fundo Nacional de Segurança Pública. Em 2004, foi R$ 1,080 bilhão e, para 2006, está previsto R$ 1,3 bilhão. Esses valores incluem outros custeios e capital. O valor total executado pelo Fundo Nacional de Segurança Pública em 2005 foi de R$ 242 milhões. Em 2004, os repasses somaram R$ 281 milhões. O Ministério esclarece ainda que o orçamento do Departamento de Polícia Rodoviária Federal executado em 2005 foi de R$ 212 milhões, e o de 2004 foi de R$ 143 milhões. Os repasses do Fundo Penitenciário Nacional em 2005 somaram R$ 158 milhões e, em 2004, R$ 146 milhões."
Flávia Diniz, assessoria de Comunicação Social do Ministério da Justiça (Brasília, DF)

Resposta do jornalista Fernando Rodrigues - A reportagem considerou os números oficiais para investimentos, pois há distorção quando são colocadas na mesma conta as despesas de custeio. Os investimentos para o Fundo Nacional de Segurança Pública apresentam queda em 2005 na comparação com 2004 -redução mencionada na carta do ministério.

 

"Com esses ataques do PCC, fica evidente que as autoridades competentes não dispõem de instrumentos físicos e, principalmente, jurídicos para combater e cercear o terrorismo urbano que estamos presenciando. Sabemos que países que tiveram acontecimentos semelhantes endureceram e aperfeiçoaram sua legislação no sentido de mostrar o lado duro da lei e da ordem. Aqui, no Brasil, vemos o ministro de Justiça defender redução de penas, indultos que colocam nas ruas milhares de delinqüentes e leis e instrumentos jurídicos que impedem ou reduzem ao mínimo o tempo de permanência de assassinos na cadeia. E vemos as entidades representativas defenderem mais os bandidos do que a gente de bem. Só falta o nosso competente governo petista criar o "Bolsa-Cadeia". Chega de visitas íntimas, de regalias e de reduções de pena. Quem pratica um crime tem que saber que vai pagar para a sociedade o preço do erro cometido."
Arnaldo Comerlati (São Paulo, SP)
 

"Tem razão o leitor Gil Cordeiro Dias Ferreira. O que está acontecendo em São Paulo ("Painel do Leitor" de ontem) é terrorismo. É preciso usar a lei marcial, é preciso que as autoridades, em todos os níveis, tomem decisões políticas e que façam com que sejam cumpridas Congresso, Judiciário e todos os níveis do Executivo deveriam dar o exemplo."
Francisco Xavier Estalella (São Paulo, SP)
 

"Estou curioso para saber quem vai defender os direitos humanos dos familiares dos vários policiais civis e militares, dos integrantes de guardas metropolitanas, dos agentes de segurança de penitenciária e de outros tantos civis que já morreram -e dos que ainda podem morrer- pela ação do crime organizado no que podemos conceituar como uma verdadeira "chacina"."
José Claudio Martins (São Paulo, SP)
 

"Neste momento de espanto e de indignação com essa crise por que passa o Estado de São Paulo, duas perguntas vêm à mente de quem acompanha o noticiário: quantas vezes o secretário da Segurança, Saulo de Castro Abreu, afirmou que o PCC havia sido desarticulado? Quantas vezes o ex-governador Geraldo Alckmin prometeu barrar a entrada de celulares nos presídios?"
Amílcar Veloso (São Paulo, SP)
 

"Gostaria que a imprensa entrevistasse urgentemente o senhor Geraldo Alckmin para que ele falasse a respeito de suas realizações na segurança pública em São Paulo e sobre suas idéias em segurança no caso de ser eleito presidente da República."
Antonio Carlos Ciccone (São Paulo, SP)
 

"Como assinante da Folha, gostaria que o jornal entrevistasse o senhor Hélio Bicudo, que tantas vezes levantou a voz contra juízes, promotores e a polícia -inclusive abrindo processo contra estes- para defender os direitos humanos dos coitadinhos dos presos aqui em São Paulo. Acho que é o mínimo que o jornal poderia fazer para mostrar a outra cara do crime."
Alice Rossi (São Paulo, SP)
 

"Acho que o jornalismo da Folha está ultrapassando os limites da ética. Todos sabem que o governo de São Paulo esteve nas mãos do PSDB por 12 anos. Como pode o jornal querer culpar o presidente Lula? Na edição de ontem, há a reportagem "Lula reduziu gastos com segurança pública". Mas, na mesma página, no texto "Lembo diz que já esperava ações há 20 dias", o governador diz que "a polícia está muito bem preparada e equipada". Então não há por que tentar culpar o governo federal pelo descaso do governo estadual."
Guilherme Maciel de Bem (Florianópolis, SC)
 

"Incrível as declarações do governador não-eleito de São Paulo, Cláudio Lembo. Quer dizer então que tudo está sob controle, a polícia está aparelhada e podemos nos dar ao luxo de recusar ajuda do governo federal?"
Aroldo Miranda (São Paulo, SP)
 

"Belo herdeiro nos deixou o senhor Alckmin. Para o senhor Lembo, a situação está "sob controle". Será que as viúvas e os órfãos dos servidores assassinados concordam com isso? O senhor Lembo diria isso se uma das vítimas fosse seu filho? Esse pessoal que nos "governa" não tem um mínimo de piedade. O país está no abismo. Graças ao PT e ao PSDB, principalmente."
Milan Trsic (São Carlos, SP)
 

"O governador do Estado tem razão. A situação está sob controle. Sob controle dos bandidos."
Cláudio Flauzino de Oliveira (São Paulo, SP)
 

"Com uma quadrilha "em cima" -nossos governantes- e uma quadrilha "em baixo" -o PCC-, como sobreviveremos? Não está mais do que na hora de a sociedade se organizar e ir às ruas para protestar, para mostrar a sua indignação? Até quando agüentaremos anestesiados? E nosso jovens? Onde estão?"
Rose Villanova (Campinas, SP)

Nossa Caixa
"A Folha não foi fiel ao reproduzir, na edição de ontem, a posição da Nossa Caixa sobre a veiculação de anúncios na cidade de Barretos em 2004 ("Nossa Caixa beneficiou tucanos em 2004", Brasil). Comunicado do banco, enviado por escrito ao jornal, informou que "esta veiculação deveu-se exclusivamente à necessidade de a marca estar em evidência na região durante a realização dos Jogos Abertos do Interior, evento que tinha o patrocínio de um de nossos maiores concorrentes". E mais, que "a veiculação ocorreu durante os dias dos jogos". Ao publicar a nota de forma truncada, retirando do esclarecimento a exata motivação dos anúncios, a Folha deixa de mostrar ao leitor o caráter técnico não apenas dessa veiculação mas de toda a política de marketing da Nossa Caixa."
Carlos Eduardo Monteiro, diretor-presidente da Nossa Caixa (São Paulo, SP)

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