São Paulo, sexta-feira, 16 de junho de 2006

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PAINEL DO LEITOR

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Bode
"Já elegeram um bode expiatório para o fraco desempenho da seleção: Ronaldo. Será mesmo ele o culpado? Por que Cafu e Roberto Carlos quase não chegaram à linha de fundo? Por que a bola não chegou a Adriano e a Ronaldo? Por que Ronaldinho Gaúcho não conseguiu desequilibrar? Por que tantos passes para o lado em vez de em direção do ataque? Por que a saída de bola do time está tão lenta? Será que o erro não está no esquema tático?"
ODAIR CARNEIRO (São Paulo, SP)

 

"O grande assunto da Copa do Mundo tem sido Ronaldo. A imprensa nacional e a internacional destacam, mais do que os jogos, a apatia do jogador durante a partida contra a Croácia e discutem as razões disso. Algum problema físico? Muito gordo? É a mesma crise de 1998? Os jogadores defendem Ronaldo e criticam Kaká por ter falado o óbvio durante uma entrevista: Ronaldo precisa se movimentar mais. A crise está se instalando na seleção. E, para não agravá-la ainda mais, o presidente Lula não deveria se manifestar sobre esses assuntos, pois, se a seleção não ganhar a Copa, ele será responsabilizado, já que a imprensa não lhe dá o direito de opinar como um simples torcedor."
BENJAMIN EURICO MALUCELLI (São Paulo, SP)

 

"Além do despreparo físico, Ronaldo parece não ter também preparo para receber críticas. Bateu boca com o presidente Lula quando este disse o que todo mundo vê: o jogador está gordo. Ficou chateado com Kaká quando ele disse o que todo mundo viu: que faltou Ronaldo jogar bola na partida contra a Croácia. É lamentável que, aos 29 de idade, Ronaldo não consiga demonstrar maturidade, uma das qualidades que sempre são exigidas de um ídolo. Resta saber se Parreira irá mantê-lo no time -pela fama e pelo patrocinador- ou se o colocará no banco e tratará de montar uma equipe para ser hexa. Porque, com apenas dez em campo, será sempre difícil vencer."
SIMÃO PEDRO MARINHO (Belo Horizonte, MG)

Direitos humanos
"Parece-me acertada a decisão do comandante-geral da PM de São Paulo de processar ONGs de direitos humanos ("Comandante diz que PM irá à Justiça contra ONGs", Cotidiano, 15/6). É necessário que essas ONGs deixem de lado o preconceito contra os policiais e passem a trabalhar na defesa dos direitos humanos em casos onde há a confirmação de violações de direitos humanos, e não genericamente, julgando mesmo antes de provas concretas. O preconceito é uma atitude combatida pelas próprias ONGs, mas elas não admitem que a praticam. Quanto à intimidação relatada por Ariel de Castro Alves, coordenador do Movimento Nacional dos Direitos Humanos, pergunto: o acesso à Justiça também não é defendido pelas organizações de defesa dos direitos humanos?"
JULIO CESAR ARAÚJO DA SILVA (Bragança Paulista, SP)

Bolsa-Escola
"Em relação à reportagem "Pais do Bolsa-Família são FHC e ACM, diz Alckmin" (Brasil, 5/6), informo que o programa Bolsa-Escola nasceu em 1986, na UnB, a partir de uma provocação do então reitor Cristovam Buarque a um grupo de alunos e professores do Núcleo de Estudos do Brasil Contemporâneo: "Por que não pagar aos pais para manterem seus filhos na escola?". Em 1987, as linhas gerais do programa foram traçadas em um livro do atual senador. Em 1998, durante a gestão de Cristovam no Distrito Federal, o programa Bolsa-Escola foi implantado em dez cidades do DF, beneficiando 25,5 mil famílias -ou 50,7 mil alunos. Após a experiência ter sido colocada em prática em Brasília, o Bolsa-Escola ganhou o mundo. Em 1995, foi tema de reportagem na revista "BusinessWeek". Em 1996, recebeu o prêmio Criança e Paz do Unicef. Acadêmicos de vários países do mundo se debruçaram sobre os efeitos do programa, que inspirou o governo do México a fazer o mesmo. Até o Prêmio Nobel de Economia Gary Becker tratou do assunto em artigo publicado na revista "BusinessWeek" em 1997. Becker, ex-presidente do Fundo Monetário Internacional (FMI), defendeu investimentos maciços no programa. Somente em 2001, no governo Fernando Henrique, foi lançado o Bolsa-Escola federal, que visava garantir, em todos os 5.561 municípios brasileiros, um benefício mensal, em dinheiro, para as famílias com renda de até R$ 90 per capita e cujos filhos de 6 a 15 anos estivessem matriculados e freqüentando o ensino fundamental."
NEBLINA ORRICO , assessora de imprensa do senador Cristovam Buarque (Brasília, DF)

Organizações sociais
"Há um erro de interpretação do Ministério Público quando questiona a Lei das Organizações Sociais do município de São Paulo ("Justiça proíbe a terceirização da saúde", Cotidiano, 10/6). A prefeitura não pretende "terceirizar" o setor de saúde para "empresas privadas". O projeto do Executivo prevê parcerias com entidades sem fins lucrativos visando a melhoria do atendimento. Cito exemplos de organizações sociais que ajudarão a saúde na cidade: entidades religiosas, como a Santa Casa de Misericórdia e o Hospital Santa Marcelina, e entidades estatais, como o Hospital das Clínicas, a USP e a Unifesp. Classificar tais instituições como "empresas privadas" não tem cabimento. Também não corresponde à realidade a interpretação do MPF de que as parcerias com as OS causarão prejuízo à população, ao contrário. Pesquisas realizadas com quem utiliza hospitais do Estado de São Paulo, que trabalha em parceria com OS desde a década de 1990, apontam que 95% dos usuários do sistema público de saúde aprovam os seus serviços. Além disso, relatório do Banco Mundial concluiu que os hospitais gerenciados em parceria com OS atendem mais pessoas e com mais qualidade do que hospitais semelhantes gerenciados pelo Estado de maneira tradicional. Ao noticiar o questionamento da Lei das Organizações Sociais, a reportagem não explica por que não se tem notícia de questionamentos do Ministério Público Federal a leis idênticas, feitas por diversos governos estaduais e municipais de diferentes colorações partidárias, casos dos Estados do Acre, da Bahia e de Santa Catarina ou do município de Santo André, além da União Federal."
SÉRGIO RONDINO , assessor de imprensa da Prefeitura de São Paulo (São Paulo, SP)

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