São Paulo, segunda-feira, 16 de agosto de 2010

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PAINEL DO LEITOR

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Eleições
Eu não preciso votar no "uni" ou "duni" ou "tê", se por nenhum deles me sinto representado. Este é o raciocínio do "voto útil": voto no menos ruim para excluir o pior. A opção do voto nulo não é omissão. Pelo contrário, pode ser uma intervenção mais eficaz do que o voto útil.
Tenho 73 anos e, apesar de ser isento de obrigatoriedade, não deixo de comparecer para denunciar a farsa do nosso processo eleitoral no qual nosso voto nada decide e o eleito com nada se compromete.
LUIZ DALPIAN (Santo André, SP)

 


Ferreira Gullar ("Continuidade e alternância", Ilustrada, ontem) sugere a alternância de poder no governo federal para o bem da democracia. Discordo por achar que o eleitor é quem decide isso. Pergunto por que nosso poeta não sugere alternância de poder em São Paulo, onde o PSDB está no governo estadual há mais de 15 anos. E já respondo. O povo do Estado está satisfeito com o governo do partido (cuja segurança pública, saúde e educação estão longe do ideal). Isso é democracia.
GERMANO RIOS FERREIRA (Uberaba, MG)

Educação
O sr. Rodolpho Pereira Lima ("Painel do Leitor", 14/8) lembra-se saudoso de quando a escola pública era excludente, e o fazia à perfeição com "exames de admissão" e "vestibulinhos".
Sou fruto da escola pública daquela época. O missivista se esquece dos que foram cruelmente alijados por aquela máquina perversa, reprodutora do modelo social vigente, que dava para os filhos da elite uma "educação de excelência" e aos filhos dos pobres o "direito" de não frequentar as escolas públicas mantidas com dinheiro dos impostos pagos por toda a sociedade. A eles sobrava o cabo da enxada ou o chão das fábricas. Aquelas escolas ajudaram a forjar este país injusto.
JOSE ARNALDO FAVARETTO (Ribeirão Preto, SP)

Habitação
Estabelece a verdade, em editorial, a Folha ("Números da habitação", ontem), quando mostra a pequenice do programa Minha Casa, Minha Vida -tema de grande apelo nacional. A população, na busca de lograr a sonhada moradia própria, acaba vilmente lograda no que representa apenas mais uma peça de marketing do governo federal.
LUIZ DE MELLO (São Paulo, SP)

Ambiente
Em seu artigo "Uma ecologia espiritual" (Ciência, ontem), o físico Marcelo Gleiser fala em "preservar todas as formas de vida" e que devemos agir como "guardiões da vida", mas abre uma exceção para usarmos os animais como alimentos, como se isso fosse imprescindível e não existissem os vegetarianos e veganos.
WILSON GRASSI (São Paulo, SP)

Organizações sociais
Ninguém nunca afirmou que as parcerias firmadas pelas organizações sociais com entes políticos são imunes a vulnerabilidades. Ignóbeis existem em todas as áreas e não seriam as OSs o sacrossanto sistema em que tais pessoas não atuassem. Elas são eficientes, sim, como insiste em negar o leitor Tarso Cabral Violin ("Painel do Leitor", 14/8).
A afirmação decorre do desconhecimento da realidade e dos indicadores utilizados pelo governo para fiscalizar o cumprimento de metas. Qual sistema é melhor que as OSs? A administração direta?
JOSENIR TEIXEIRA (São Paulo, SP)

Galvão
Quer dizer que o sr. Galvão Bueno ("Domingão do Galvão", Ilustrada, ontem) acha que a Rede Globo ainda não controla suficientemente nosso futebol? Quer dizer que todos os contratempos causados pelos horários que a emissora arbitrariamente impõe, não só aos torcedores que vão aos estádios, mas a todos que querem acompanhar importantes partidas, ainda são pouco?
FLÁVIO GUIMARÃES DE LUCA (Limeira, SP)

Petrobras
Sobre a reportagem "Devido a testes no pré-sal, Petrobras desperdiça gás" (Mercado, 11/8) a Petrobras reitera o que foi informado por escrito ao repórter: não há relação entre variações na demanda do mercado e a queima de gás. Não é correto comparar o volume total queimado com a possibilidade de abastecer uma cidade de gás, uma vez que essa queima é inerente ao processo de produção de petróleo.
A companhia esclarece que faz, com autorização da Agência Nacional do Petróleo, testes de longa duração nas acumulações de Tupi, Jubarte, além de Tiro e Sidon. Esses testes são essenciais para coletar informações sobre os reservatórios de petróleo do pré-sal, dimensionar os gasodutos e os sistemas de produção que serão ali instalados.
Desconsiderando os testes de longa duração em reservatórios que estão sendo dimensionados e que têm queima de gás presumida, o aproveitamento de gás pela Petrobras, nos primeiros meses deste ano, é o maior registrado pela empresa nos últimos cinco anos.
LUCIO MENA PIMENTEL, gerente de imprensa da comunicação institucional da Petrobras (Rio de Janeiro, RJ)

Trem-bala
A respeito da reportagem "Banco Mundial reprova trem-bala para emergentes" (Mercado, 7/8), é estranha a afirmação de que não há saturação dos sistemas de transportes no corredor Rio-São Paulo. Há trechos na via Dutra que operam com o dobro da capacidade recomendada.
Também é farta a documentação pela imprensa das filas quilométricas que se formam na rodovia em casos de acidentes. Quanto aos aeroportos, a própria Folha traz artigo em que o governador de São Paulo aponta a necessidade urgente de construção de novos aeroportos nas proximidades da capital paulista ("São Paulo precisa de mais um aeroporto", "Tendências/Debates", 9/8).
AGUINALDO NOGUEIRA, assessor de comunicação social da Agência Nacional de Transportes Terrestres (Brasília, DF)

RESPOSTA DO JORNALISTA DIMMI AMORA - O texto diz: "Não há saturação dos outros sistemas provocada pela demanda entre estas cidades". Os estudos feitos para a ANTT mostram que o trem-bala tiraria uma quantidade ínfima de veículos da via Dutra. Os trechos com o dobro de capacidade têm quase a totalidade dos veículos não oriundos da viagem SP-RJ. A saída de passageiros de Congonhas que usam o trecho SP-RJ calculada no estudo corresponderia a 9% dos usuários.

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