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PAINEL DO LEITOR
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Fumo
"Muito se tem falado e discutido
sobre a lei que proíbe o fumo em
locais fechados.
Eu, particularmente, concordo
com a lei, pois não sou fumante e a
fumaça incomoda muito.
Em vez de criar tamanha polêmica e praticamente retornar aos tempos da ditadura, o governo deveria
simplesmente impedir o tratamento de doenças causadas pelo tabagismo pelo sistema público de
saúde.
Da mesma forma, os planos de
saúde poderiam ter tabela de valores variadas para fumantes e não-fumantes. Assim, quem fuma teria
plena consciência de que, se portador de doença causada ou agravada
pelo tabagismo, não teria direito ao
sistema público de saúde, que tanto
onera o nosso pobre governo."
WILLIAM ROGER GEORGIANI DOS SANTOS
(São Paulo, SP)
"Foi de extremo mau gosto a reportagem que levou uma atriz para
fumar em locais proibidos, perto de
placas com a inscrição "Proibido
Fumar" e de crianças e idosos ("Até
Palácio é "reprovado" em teste do cigarro", Cotidiano, 14/9).
Num país onde sempre se precisa
dar o bom exemplo, é lamentável
fazer uma reportagem dessas, chamando-a de "teste de tolerância".
Não se faz reportagem com o objetivo de informar ou de educar
deseducando.
Lastimável."
HÉLCIO LUIZ PIRES (Santo André, SP)
Cárcere
"Parabéns a Mônica Bergamo e à
reportagem da Folha por terem
conseguido o depoimento do senhor Edemar Cid Ferreira em seus
dias de cárcere ("Memórias do cárcere", Ilustrada, 14/9).
Ao relatar abertamente os seus
péssimos momentos nas casas de
detenção, o ex-banqueiro prestou
um grande serviço de conscientização à população, mostrando o caos
em que se encontra o nosso sistema
presidiário, que, lamentavelmente,
continua bem distante de obter sucesso no processo de ressocialização do ser humano."
NELSON EVÊNCIO (São Paulo, SP)
Síntese
"Fernando de Barros e Silva fez
ontem uma síntese perfeita do presidente Lula ("Lulismo, modos de
usar", Opinião).
O autor foi feliz em sua coluna."
MARCOS BARBOSA (Casa Branca, SP)
Parto
"O artigo de Antonio Carlos Lopes de 12/9 ("Parto normal ou cesárea", "Tendências/Debates'), em que
define o parto como ato médico,
mostra como faria bem a esses profissionais, tão aferradamente defensores do saber acadêmico, a leitura de Foucault e de autoras como
Ana Paula Vosne Martins, que, entre nós, historiou a formação do discurso médico sobre o corpo da
mulher.
Pensariam duas vezes antes de
expor um desconhecimento que já
não mais se admite, mesmo em se
tratando de especialistas."
ANA REIS , médica, mestre em estudos de gênero,
mulher e feminismo pela Universidade Federal da
Bahia (Salvador, BA)
Paraolimpíada
"Praticamente já se encerrando a
Paraolimpíada, não podemos nos
furtar às comparações com sua irmã Olimpíada, sob a óptica de um
brasileiro.
Com uma delegação menor do
que a olímpica (188 x 277 integrantes; 68% a menos), nossos atletas
paraolímpicos fizeram mais bonito.
Suas 41 medalhas conquistadas falam alto em contraste com as 15 das
olímpicas. Por atleta enviado, isso
representa quatro vezes!
Apenas uma TV fechada transmitiu ao vivo as competições, mas
quem pôde ver deve ter ficado encantado com o empenho dos atletas, com o atestado de superação
das limitações, com as emoções
proporcionadas por cada um participante...
Em destaque, Daniel Dias, com
nove medalhas nas 11 participações.
Entre todas as delegações, é o atleta
paraolímpico em com maior número de medalhas, feito que o deixa
parelho a Michael Phelps."
PAULO JOSÉ SILVA FERRAZ
(São José dos Campos, SP)
Bolívia
"Concordo plenamente com José
Lourenço Cindra e Antonio Negrão
de Sá ("Painel do Leitor" de ontem).
Se o alvo dos opositores bolivianos fosse um governo neoliberal,
certamente eles já estariam sendo
tachados de terroristas. Mas, como
se trata de protestos contra um governo de esquerda, são somente
opositores -ou autonomistas.
Quem será que bloqueou abruptamente o envio de gás para o Brasil? Foi Morales?
Quanto à mensagem do leitor
Cleiton Luiz Rocha Teodoro, a única pergunta que tenho é: qual ilegalidade Evo Morales cometeu contra
a Constituição de seu país?"
FELIPE ALVES LARSEN , jornalista (São Paulo, SP)
Unifesp
"Gostaria de esclarecer que, diferentemente do que foi publicado na
reportagem "Reitor da Unifesp festeja ranking, mas teme piora" (Cotidiano, 10/9), o reitor pro-tempore,
Marcos Pacheco de Toledo Ferraz,
jamais disse que "temia" uma queda
do desempenho da instituição nas
futuras avaliações do MEC quando
fossem incorporadas as análises das
primeiras turmas de formandos dos
cursos ministrados nos campi mais
novos (o Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes, Enade,
avalia turmas de primeiro e de último ano), assim como sua produção
científica.
O professor Ferraz foi indagado
pela repórter Laura Capriglione se
haveria o risco de a universidade
deixar de ser a melhor do país quando os cursos novos fossem também
avaliados. Ele apenas respondeu
que esta é uma possibilidade, mas
que não acredita que isso vá ocorrer, até porque foram contratados
para lecionar nesses campi 100% de
docentes com titulação mínima de
doutorado, estimulando o surgimento de linhas de pesquisa e cursos de pós-graduação.
Por fim, deixamos claro que o restante do texto publicado é absolutamente correto e reflete a íntegra da
entrevista concedida."
RICARDO VIVEIROS , assessoria de imprensa da
Unifesp (São Paulo, SP)
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