São Paulo, quarta-feira, 16 de setembro de 2009

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PAINEL DO LEITOR

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Enchentes
"A propósito do texto "Enchentes e equívocos" (Opinião, 15/9), que tem o secretário municipal do Meio Ambiente, Eduardo Jorge, como um dos autores, percebe-se que ele já incorporou o estilo autoritário do governo Serra. É tudo o que precisamos diante duma realidade complexa e de muitos problemas a resolver: senhores da verdade, "especialistas" que não podem ser questionados. Sr. Eduardo: conheça Tóquio e Seul. Nestas metrópoles o sr. não precisará se locomover no lombo de um burrinho, mas também não precisará ficar engarrafado em ruas e avenidas, dada a existência real -e não só em propagandas de governo- de uma extensa rede de trens e metrôs de alta qualidade."
JOSÉ HAMILTON CRUZ (São João da Boa Vista, SP)

 

"O artigo "Enchentes e equívocos" é curioso: "Hoje somos vítimas de um passado de políticas erradas".
Ora, há muitos anos que a atual situação comanda o Estado. Ela é o passado a que se referem os autores, por sinal pessoas do governo."
THOMAS BUSSIUS (São Paulo, SP)

 

"A Barragem Taiaçupeba, situada entre Suzano e Mogi das Cruzes, tem 30 metros de altura e foi construída há 31 anos. Infelizmente todos os governadores, inclusive José Serra, menosprezaram o seu valor, não concluindo até hoje o fechamento da sua comporta. Por isso a água é desperdiçada e jogada no rio Tietê, tornando-se assim a causadora das enchentes do Aricanduva."
GERALDO NUNES SEBASTIANI (Guarujá, SP)

Lixo
"O anúncio do prefeito Gilberto Kassab sobre a redução das despesas com varrição de ruas e coleta de lixo se contrapõe à vistosa propaganda do governo municipal que está no ar. São Paulo nunca esteve tão emporcalhada e descuidada como agora! Uma vergonha. Estou preocupado com o efeito da redução da coleta de lixo sobre a saúde das pessoas pobres, especialmente das crianças, que vivem nas ruas ou em condições precárias de moradia. É previsível que aumentem as doenças típicas da falta de saneamento."
PEDRO GIBERTI (São Paulo, SP)

Universidades
"Acerta em várias moscas o artigo de Luiz Felipe Pondé na Ilustrada de 14/9, sobre o triunfo da burocratização e a banalização do dia a dia nas nossas (raras) universidades dignas de tal denominação. Talqualmente os nossos antes valorosos institutos de pesquisa do Estado de São Paulo vão, no seu cerne, se apequenando. Pobre Brasil!"
JOÃO LUIZ COSTA CARDOSO (São Paulo, SP)

Diesel
"Lamentável a decisão de liberar a fabricação de veículos de passeio movidos a diesel no Brasil. O país é grande importador do diesel (US$ 5 bilhões em 2008), com autossuficiência plena somente a partir de 2014. Mais veículos a diesel significam maior poluição ambiental com efeitos na saúde da população. O carro a diesel é mais caro (20 a 30% mais elevado que o flex), bem como a sua manutenção. Hoje, o etanol é o combustível líquido mais barato e ecológico do mundo (um litro de etanol tem o preço inferior à água mineral nos restaurantes paulistas). O veículo a diesel é mais ruidoso que o carro à gasolina ou flex, contribuindo para aumentar o ruído urbano, que também tem efeitos negativos na saúde dos habitantes."
LUIZ GONZAGA BERTELLI , diretor dos departamentos de Infraestrutura e Meio Ambiente da Fiesp (São Paulo, SP)

Caixa
"Ao contrário do que diz a matéria "Caixa e BB puxam alta de tarifa bancária" (14/9), a Caixa não aumentou tarifas para compensar a redução dos juros e spreads bancários. Desde maio de 2008 a instituição, como demonstra pesquisa do Procon-SP, mantém os valores das tarifas regulamentadas pelo Banco Central. A repórter se equivocou ao comparar a soma da conta Rendas de Tarifas Bancárias entre os dois semestres. Até abril de 2008, várias tarifas eram classificadas na conta Receita de Prestação de Serviços e só a partir de abril de 2008, conforme regulamentação do BC, passaram a ser contabilizadas na conta Rendas de Tarifas Bancárias. Compararam-se dados de três meses de 2008 contra dados de seis meses de 2009, gerando a distorção dos resultados e o erro da reportagem. Na entrada em vigor da nova regulamentação do BC, a Caixa inclusive reduziu a tarifa de 17 serviços.
Portanto, desde maio de 2008 a Caixa mantém os preços das principais tarifas avulsas inalteradas. Essa política, como demonstra o quadro Star da Febraban, coloca a Caixa entre as menores tarifas quando comparada às instituições relevantes. A Caixa ampliou sua base de clientes de 44 milhões para 48 milhões de clientes, entre pessoas físicas e jurídicas, o que possibilitou ganho de Receita de Tarifas Bancárias. Outros fatos merecem destaque: pela nova regulamentação do BC, foi segregada a contabilização das rendas tarifárias do total das receitas de prestação de serviços. A Caixa começou a utilizar essa segregação a partir de maio de 2008. Ao ser feita a comparação entre os semestres, foram comparados dados não homogêneos, produzindo um percentual de elevação inadequado que não condiz com a realidade. Para evitar esse problema deveriam ser comparadas as Receitas Prestações de Serviços mais Rendas de Tarifas Bancária do primeiro semestre de 2008 em relação ao primeiro semestre de 2009. Se isso fosse feito, o aumento observado seria de 10,3%, valor alinhado com o crescimento da base de clientes.
Também considerando nova regulamentação do BC, a Caixa passou a cobrar tarifas em conta poupança a partir, por exemplo, da terceira movimentação da conta no mês, o que ocasionou uma arrecadação adicional em Rendas de Tarifas Bancárias. Visando aperfeiçoar o relacionamento com os clientes, a Caixa promoveu recomposição da cesta de produtos sem alterar os preços unitários dos mesmos."
GABRIEL DE BARROS NOGUEIRA , assessor de Imprensa da Caixa Econômica Federal (Brasília, DF)

Resposta da repórter Sheila D'Amorim - A Folha analisou os dados do BC e os listados em balanço pela Caixa, que consolida os dados da conta renda de tarifas bancárias dos seis primeiros meses de cada ano. Os números citados já consideraram a nova metodologia do BC. Na semana passada, a Caixa admitiu que "alguns itens de receita tais como saque no autoatendimento e cesta de serviços sofreram aumentos em relação ao primeiro semestre de 2008 de R$ 42,9 milhões e R$ 65,7 milhões". Segundo o BC, a tarifa de criação de cadastro subiu de R$ 15 para R$ 30, e a de renovação, de R$ 15 para R$ 22,5. A sustação de cheque foi de R$ 9 para R$ 11, e a ordem de pagamento, de R$ 20 para R$ 25. A assessoria da Caixa admitiu que algumas tarifas começaram a ser cobradas, caso das movimentações de poupança.

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