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São Paulo, terça-feira, 16 de dezembro de 2003

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PAINEL DO LEITOR

Saddam capturado
"Não sou pró-Saddam Hussein. Porém duas coisas me intrigam. Se Saddam possuísse as supostas armas químicas, por que não as teria usado? Se um governante ficar quieto em seu país e for agredido por outro país, o que dizer do país agressor?"
Clóvis Deitos (Campinas, SP)

Síria
"Li com grande espanto o artigo publicado na edição do dia 6/11. Nele, foi cometida uma nocividade contra a Síria e seu líder, o presidente dr. Bashar al Assad. A nocividade se repetiu em várias outras edições. Talvez o editor nunca tenha visitado a Síria e jamais tenha tido informações corretas acerca do país. Aproveitamos o momento para esclarecer. O sr. presidente Bashar al Assad foi eleito em meados do ano 2000 por um plebiscito democrático e popular. Nele, o sr. presidente conquistou a maioria absoluta dos votos, quase por unanimidade. Gostaria de mencionar também que há na Síria uma Constituição Permanente, um Conselho do Povo (Parlamento) eleito, além das organizações populares, sindicatos profissionais e conselhos locais, todos exercendo suas atribuições num ambiente democrático. Existem também vários partidos que se unem debaixo da bandeira da Frente Nacional Progressista, e cada um desses partidos publica seu próprio jornal, como existem vários jornais independentes. Em todos esses jornais são abordados os diversos assuntos e com ampla liberdade. O presidente Bashar al Assad tem como prioridade máxima preservar a liberdade e a dignidade do cidadão sírio, além de elevar o nível de vida no seu país. Por isso concentrou os esforços no desenvolvimento, na abertura e nas reformas em todos os campos e setores de vida na Síria. Ao mesmo tempo, adotou uma posição firme nas causas nacionais e regionais e fez uma escolha estratégica para a paz na região, baseada na retirada de todos os territórios árabes ocupados e na criação de um Estado palestino independente para poder alcançar uma paz justa, ampla e duradoura no Oriente Médio. Além disso, trabalha para manter boas relações com os países vizinhos e com todos os demais países do mundo. Por isso o presidente Al Assad conquistou grande popularidade e o amor de todos na Síria, além do respeito e da consideração dos chefes de Estado dos países do mundo. Os observadores já notaram esse fato nas visitas do presidente a diversos países e a forma destacada como foi recepcionado nesses países e também nas constantes visitas dos diversos chefes de Estado à Síria com o propósito de abordar os problemas da região e estreitar os elos com nosso país. Citamos, como exemplo, a visita de algumas personalidades a Damasco durante as últimas semanas: o presidente do Egito, o rei da Espanha, o primeiro-ministro da Índia, o presidente do Brasil e o presidente da República de Belarus. Ou será que o editor do seu respeitado jornal conhece todos esses fatos e quis cometer injúria contra a Síria e seu líder com o propósito de estragar as boas relações entre os dois países amigos? Se for o caso, podemos garantir que isso é um objetivo que jamais será realizado, pois as relações entre o Brasil e a Síria são históricas e enraizadas. Milhões e milhões dos filhos da nação brasileira têm nas veias o sangue brasileiro misturado com o sangue árabe."
Ahmad Shaar, ministro plenipotenciário, cônsul-geral da República Árabe Síria em São Paulo (São Paulo, SP)

Clonagem
"A Folha do último sábado dá merecido destaque ao projeto de biossegurança. Vemos uma posição medieval dos EUA, que se opõem a qualquer forma de pesquisa nesse campo, enquanto o Reino Unido e outros países europeus são contrários à clonagem propriamente dita, porém favoráveis à clonagem terapêutica. Ainda bem que, no Brasil, o relator do projeto a respeito do tema pensa como os britânicos -para o bem da saúde e progresso da ciência."
Celio Levyman (São Paulo, SP)

Aborto
"Um último esclarecimento em relação à carta de Saulo Ramos, publicada ontem, sobre nossas divergências jurídicas a respeito do aborto, que, aliás, estão entre as poucas que mantivemos em mais de 40 anos de sólida amizade. Realmente, os tratados internacionais, no Brasil, têm nível de lei ordinária, como há referência nos comentários que elaborei com Celso Bastos à Constituição ou como escrevi no livro "Tributação no Mercosul". A única exceção diz respeito aos tratados sobre direitos fundamentais, assinados até 5/10/88, que, por força do parágrafo 2º do artigo 5º da Lei Suprema, foram constitucionalizados como cláusulas pétreas. A "Declaração Universal dos Direitos Humanos", de 1948, e o Pacto de São José, de 1970, estão entre eles. E paro por aqui para que Saulo e eu não ultrapassemos os limites da paciência do jornal e de seus leitores."
Ives Gandra da Silva Martins (São Paulo, SP)

O PT hoje
"Parabéns à senadora Heloísa Helena, expulsa do PT, pela sua coerência e obstinação na defesa de teses que, anteriormente, eram unânimes no partido. Excluídos deveriam ser aqueles que mudaram de opinião."
Helio Faria (Pirassununga, SP)

 

"Li emocionada na coluna de Clóvis Rossi de 14/12, na pág. A2, o trecho da carta de dona Celeste. Li emocionada e indignada. Nunca fui militante de partido algum, mas tenho grande admiração por quem defende com ardor uma causa. Principalmente a causa da justiça social, da democracia, da igualdade, como pregava o PT."
Jaci Polizero da Silveira (São Paulo, SP)

Vida de criminoso
"O artigo "Vida de ladrão", assinado pelo médico Drauzio Varella na Ilustrada do último sábado, tem a grande virtude de jogar por terra a demonização e espetacularização dos atos da bandidagem. É inegável que a mídia poderia ter um comportamento diferente daquele em que noticia sobretudo os crimes em que pessoas abastadas são alvo, em detrimento daqueles que são perpetrados todo (santo) dia na periferia. Diferente daquele em que deixa de acompanhar os efeitos do crime na vida de um brasileiro à margem da lei. Indaga o médico: "Por que não acrescentar à descrição do grande assalto, à da fuga espetacular e à do poder dos traficantes as consequências que essas ações provocam na vida de seus protagonistas? Por que não dar às prisões e às frequentes mortes de marginais a mesma ênfase dramática dedicada aos crimes por eles perpetrados?" A essas perguntas faltam as devidas respostas. E a outras também. Por que atacar tanto os criminosos sem antes tentar analisar a causa da criminalidade?"
Francisco Quinteiro Pires (São Paulo, SP)

Funcionários públicos
"Finalmente vejo alguém de peso, o jornalista Gilberto Dimenstein (Cotidiano, edição de 14/12), afirmar que os funcinários públicos que ganham fortunas de aposentadoria impedem o avanço social no nosso país. Sem dúvida, eles fazem parte da classe dominante, responsável pela miséria que grassa no país. Sem saber (ou fingindo que não sabem), são verdadeiros genocidas, responsáveis pela morte de tantas pessoas (principalmente crianças) e pela manutenção da ignorância, pois não há dinheiro para investir na educação."
Registila Libania Beltrame (São Paulo, SP)

Boas-festas
A Folha agradece e retribui os votos de boas-festas recebidos de: Consulado Geral da República Federal da Alemanha (São Paulo, SP); Hotéis Transamérica (São Paulo, SP); João Verdi Carvalho Leite, presidente da Avibras Aeroespacial (Jacareí, SP); Escritório Técnico Julio Neves S.C.L. (São Paulo, SP); Ricardo Yazbek, Renato Genioli Jr. e Rita de Cássia Yazbek, R. Yazbek Desenvolvimento Imobiliário (São Paulo, SP); João Carlos Schleder, assessor de Relações Externas da Concessionária Ecovias dos Imigrantes S.A. (São Bernardo do Campo, SP); Marisa e Tito Fleury Martins (São Paulo, SP) e Roberto Miller (São Paulo, SP).


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