São Paulo, sábado, 16 de dezembro de 2006

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PAINEL DO LEITOR

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Eu não mereço
"É velho conhecido o adágio que diz que cada povo tem os políticos que merece. Mas eu não consigo achar que eu seja merecedora dessa corja que polui Brasília.
Eu sou honesta, vivo do meu trabalho, pago os meus impostos, não tento enganar pessoas para levar vantagem, sou inimiga do jeitinho brasileiro que enseja a corrupção e meus filhos conquistaram pelo próprio esforço aquilo que têm. Tenho amigos e conhecidos em igual situação e, no entanto, entra mandato, sai mandato, entra PSDB, sai PT, os políticos não mudam."
VERA LUCIA CORDEIRO ABRAM (Curitiba, SP)

"Mais uma vez, Brasília terá um "Feliz Natal", comemorado não com o tradicional peru, mas com muita pizza! Lamentável, execrável e humilhante... Em um ano em que os pilares do Congresso Nacional tremeram diante de uma enxurrada de denúncias de corrupção, conluios e negociatas patrocinadas pelo dinheiro público em todos os escalões, agora nossos políticos se presenteiam com um lauto aumento de salário enquanto se discute o irrisório aumento do salário mínimo!"
ORLANDO DE CARVALHO JÚNIOR (São Paulo, SP)

"Diante dos fatos concretos e vergonhosos que têm sido mostrados pela mídia nestes últimos anos, culminando agora com esse aumento imoral dos salários dos parlamentares, eu pergunto: não estariam cutucando os "urutus e cascavéis" com vara muito curta?"
JOÃO CARLOS GONÇALVES PEREIRA (Lins, SP)

"O quixotesco Oscar Niemeyer, um dos "problemáticos" que ainda insiste em ser de esquerda, recebeu uma homenagem inglória ao completar 99 anos. Sua mais nova obra, o Museu da República, foi inaugurada no mesmo dia em que as manchetes estamparam o vergonhoso aumento autoconcedido pelos incansáveis parlamentares. Certamente a riqueza da obra do arquiteto supera infinitamente a pífia história escrita em 117 anos pelos "parlamentares republicanos"."
ALFREDO CASEIRO (São Paulo, SP)

"Um país com parlamentares dessa extirpe, que desprezam a opinião pública e elevam seus salários em 90%, não carece de inimigos."
WILSON NASCENTES QUEIROZ (Sorocaba, SP)

"O mais triste dessa história é a miopia dos nobres parlamentares, que não conseguem enxergar o desdobramento dessa decisão que agride toda uma nação. Se for proposto o fechamento do Congresso, o povo irá aplaudir. É para lá que estamos caminhando."
FERNANDO M. RIBEIRO (Belo Horizonte, MG)

Campanhas
"Na reportagem "Campanhas desafiaram lei sobre doações" (Brasil, 10/12), consta afirmação atribuída ao senhor Torquato Jardim segundo a qual as campanhas que receberam doações de empresas que participam da composição societária de concessionárias teriam sido mal orientadas.
Como um dos advogados responsáveis pela campanha do presidente Lula, gostaria de esclarecer o que segue:
1) O citado advogado não dispõe de informações sobre o cotidiano das campanhas para saber qual orientação técnica foi dada;
2) A tese que defende foi rechaçada pelo plenário do Tribunal Superior Eleitoral, a quem coube a análise de mérito final;
3) Ao jornal pode ser cômodo valer-se de interposta pessoa para reproduzir sua linha editorial, mas teria que, necessariamente, ter ouvido a opinião dos diretamente envolvidos, no caso, advogados de candidaturas como a do presidente Lula, a do governador Aécio Neves, a do ex-governador Alckmin e a do ex-prefeito Serra, entre outros.
A Folha insiste na tese indefensável de que seria plausível questionar o mandato do presidente em decorrência de doação de R$ 10 mil, em contexto de despesas de R$ 104 milhões, hipótese já devidamente rechaçada pela Procuradoria Geral da República.
Faltou informar que a área técnica do Tribunal, açodadamente, apontava supostas irregularidades de cerca de R$ 20 milhões, depois reduzidas para cerca de R$ 12 milhões, meticulosamente desqualificada pela Corte, que acabou por apontar "irregularidade insanável" de R$ 10 mil."
MÁRCIO LUIZ SILVA, advogado do PT (Brasília, DF)

Incentivos
"A ciência no Brasil nunca foi prioridade em nenhum governo. Porém as últimas notícias, de que os escassos incentivos fiscais que favorecem a inovação científica terão de competir com a área dos esportes, são de entristecer o mais perseverante dos cientistas.
Imagine então para nós, pós-graduandos, que ainda engatinhamos em nossas carreiras. Dada a visibilidade que lhes é intrínseca, as atividades desportivas, especialmente as referentes aos esportes de alto desempenho, conseguem no mundo todo arrecadar financiamentos com imensa facilidade se comparadas a qualquer ato científico.
Com certeza, o esporte merece o mesmo tipo de auxílio que a ciência ou a cultura, mas fazer com que estes últimos concorram com o primeiro é muito injusto.
Um país que obriga cientistas, artistas e esportistas a esmolarem não merece -e não terá- um futuro que espelhe a sua grandeza." PEDRO AUGUSTO FRANCO PINHEIRO MOREIRA e RAFAEL MONTEIRO FERNANDES, pós-graduandos em física na Unicamp (Campinas, SP)

CARTA REGISTRADA
"Agora os deputados podem falar abertamente que recebem o mensalão: R$ 24,5 mil."
CARLOS GASPAR (São Paulo, SP)

Boas-festas
"A Folha agradece e retribui os votos de boas festas recebidos de: Miguel Jorge, vice-presidente-executivo do Santander Banespa (São Paulo, SP); Mailson da Nóbrega e Tendências Consultoria Integrada (São Paulo, SP); Aggrego Consultores (São Paulo, SP); Sergio Ricardo Tannuri (São Caetano do Sul, SP); Pintores com a Boca e os Pés e Cultural Blue Life (São Paulo, SP); José Moscogliatto Caricatti, diretor-financeiro da Fundação Conrado Wessel (São Paulo, SP).

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