|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
PERTO DA DEFINIÇÃO
Já não há nome para qualificar os
encontros do PMDB que tentam
ordenar o comportamento do partido na eleição presidencial de outubro. O que era para ser "convenção
nacional extraordinária", no último
sábado, se tornou "consulta informal, pendente de decisão judicial". A
reunião, por margem estreita, decidiu que o partido não terá candidato
ao Planalto, tornando-se livre para
associar-se a quem bem entender
nos pleitos estaduais.
Desta feita -ao contrário do que
acontecera na também tumultuada
consulta anterior da legenda, que referendou o ex-governador do Rio
Anthony Garotinho-, é muito provável que o veredicto que saiu das urnas peemedebistas seja de fato refletido nas eleições deste ano.
Não porque o encontro de sábado
tenha tido mais "legitimidade" que o
anterior: apenas porque a ausência
de candidato à Presidência, no contexto da verticalização das alianças, é
a resultante natural de uma agremiação composta por forças regionais
que nunca se entendem.
De concreto, essa definição, olhando a partir dos dados disponíveis hoje, vai beneficiar os interesses do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O
petista é o favorito nas pesquisas eleitorais, e a ausência de Garotinho -o
terceiro colocado no último Datafolha, com 15% das intenções de voto- aumenta a probabilidade de
uma definição do pleito em um turno único. Numa competição de tiro
curto, o segundo colocado -o tucano Geraldo Alckmin- tem menos
tempo para recuperar-se.
Agora restam apenas definições
menores no quadro eleitoral: o nome
do pefelista candidato a vice na chapa do ex-governador paulista; o
companheiro de chapa de Lula; alguns arranjos regionais. E o tema
eleição presidencial tende a submergir para voltar com força depois da
Copa do Mundo de futebol.
Texto Anterior: Editoriais: ASFIXIAR A QUADRILHA Próximo Texto: Editoriais: CURSOS MONITORADOS Índice
|