São Paulo, terça-feira, 17 de agosto de 2010

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PAINEL DO LEITOR

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TV Cultura
Em relação ao texto "Matarazzo chama TV Cultura de "ficção" porque "ninguém assiste'" (Poder, 14/8), faço uma reparação. Não disse que os R$ 80 milhões de seu orçamento seriam vinculados a salários de conselheiros, como menciona o texto. Por hoje fazer parte do conselho da Fundação Padre Anchieta, sei que os conselheiros não têm remuneração e sempre prestaram e prestam um importante serviço à Fundação Padre Anchieta.
A meu ver, a TV Cultura, uma emissora pública, precisa passar por processo de reestruturação e de atualização para voltar a ter a relevância que já teve em nosso país.
ANDREA MATARAZZO, secretário de Estado da Cultura (São Paulo, SP)

RESPOSTA DA JORNALISTA LAURA MATTOS - A reportagem da Folha, conforme o texto informou, reproduziu entrevista do secretário publicada pelo site "Poder Online".

 

Morris Kachani produziu uma ampla reportagem sobre as propostas de Sayad para a TV Cultura ("O furacão Sayad", Ilustrada, 11/8). Em relação às recomendações do conselho curador, foi reducionista, apesar das completas informações que recebeu.
Consultados previamente, por Sayad, eu e o Comitê de Programação elogiamos a contratação de Marília Gabriela. Apenas, na reunião posterior do conselho, houve manifestação considerando que a grande profissional poderia fazer um programa muito melhor ao vivo.
As principais ressalvas do conselho, não abordadas na reportagem, referem-se aos anúncios de que, com a divulgação do "É Tudo Verdade", seria eliminada a veiculação dos filmes do DocTV, o principal projeto cultural nacional do MinC, e de que as gravações ao vivo da Osesp seriam substituídas por vídeos da qualidade da Filarmônica de Berlim, que custam US$ 2 mil.
O conselho considera que a Osesp é o melhor projeto cultural brasileiro -e mais bem-sucedido. Sayad reconsiderou as duas questões. O nome de Alexandre Machado nem sequer foi abordado na entrevista, mas foi sugerido por mim, três vezes, à consideração de Sayad, que o aceitou.
O de Cristina Poli idem.
A renovação não está no começo do século 20 nem na alta cultura do 19, mas nas indagações e na juventude criadora do século 21.
A esse respeito um intelectual não se pode permitir ironias.
JORGE DA CUNHA LIMA, vice-presidente do conselho curador da TV Cultura (São Paulo, SP)

RESPOSTA DO JORNALISTA MORRIS KACHANI - As considerações atribuídas a Jorge da Cunha Lima no texto sintetizam o que foi a entrevista concedida ao repórter. Foram priorizados os trechos que mais diziam respeito ao foco da reportagem, o que é próprio do processo jornalístico. Todos os nomes citados foram mencionados na entrevista.

Documentos públicos Em relação ao artigo "Cabeças opacas" (Opinião, 11/8), do jornalista Fernando Rodrigues, sobre a tramitação do projeto de lei da Câmara nº 41, de 2010, devo dizer que comungo das mesmas preocupações do articulista.
É preciso lembrar que a referida proposição começou a tramitar no Senado no dia 30 de abril deste ano, tendo sido despachada para três comissões. Atendendo a pedido do governo, assinei, como líder, requerimento para que o projeto seja discutido pela Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional.
A matéria possui 41 artigos, revoga uma lei completamente e dispositivos de outra. Pela sua complexidade, deve ser amplamente discutida pelo Senado. Na Câmara, foi discutido por mais de sete anos.
Pessoalmente, sou favorável a uma transparência total no trato das informações de governo, que são produzidas pelo poder público, seja ele federal, estadual ou municipal.
Sou contrário a essas imposições de prazos dilatados de resguardo das informações, pois avalio que esses alargamentos dificultam, em muito, a pesquisa e a produção de conhecimento.
EDUARDO MATARAZZO SUPLICY, senador pelo PT-SP (Brasília, DF)

Trilho
O descaso de nossos governantes e da nossa população com o transporte ferroviário, apontado no editorial de ontem "Trilho e asfalto", fica ainda mais evidente quando se constata a situação das ferrovias que cortam o nosso Estado e servem dezenas de cidades.
O transporte de passageiros foi extinto há mais de uma década.
As estações estão fechadas e abandonadas; vagões enferrujam ao tempo. Preferimos viajar de carro e pagar caros pedágios.
AMAURI ALVARES (Marília, SP)

Budismo
Aviso o querido colunista Luiz Felipe Pondé ("Abel", Ilustrada, ontem) que ele caiu em uma incoerência ao criticar José Saramago, conhecido por suas assíduas críticas ao cristianismo, quando julgou ser o escritor um infantil espiritual. Pondé fala do budismo como algo fora da realidade, algo suprarreal, o que não é verdade.
Bem saberia ele se realmente conhecesse essa doutrina. Como budista, senti-me ofendido.
REINALDO JUNIO DE SOUZA RODRIGUES (São José dos Campos, SP)

 

Tabuada
Qual é o problema em decorar a tabuada ("Guerras matemáticas", Saber, ontem)? Daqui a um milhão de anos, 7x8 ainda será 56. Talvez se as crianças de hoje decorassem mesmo a tabuada, no futuro não cairiam em armadilhas como a de pagar por um produto de R$ 2 mil nove prestações de R$ 399,99 (tabuada do 9).
SANDRA BROGIONI (São Paulo, SP)

 

Escolas construtivistas não se opõem à memorizaçao da tabuada. Ao contrário, valorizam e ensinam esse procedimento e cobram-no dos alunos.
É fato que o aluno precisa dispor progressivamente de um conjunto cada vez mais amplo de resultados numéricos conhecidos. Mas é importante que essa memorização esteja vinculada à compreensão dos contextos dos problemas em que são úteis. É diferente aprender os cálculos como se fossem uma lista de itens isolados a ser memorizada.
Ajuda muito na hora de controlar o resultado dos cálculos, revisar erros e ajustar respostas saber com segurança, por exemplo, que, se 3 x 7 é igual a 21, 6 x 7 precisa, necessariamente, ser o dobro.
Esse tipo de aprendizagem não se dá de forma mecânica, pois pressupõe discussões de caráter matemático mais profundo, vinculadas às propriedades dos números e das operações.
IVONE DOMINGUES, pedagoga (São Paulo, SP)

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