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PAINEL DO LEITOR
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São Paulo e Brasil
"Clóvis Rossi, em sua coluna de
11/10 ("Mentiras e indigência", Opinião), erra ao acusar o candidato
Geraldo Alckmin de apresentar um
dado "falso" quando este declarou,
no debate da Bandeirantes, que o
Estado de São Paulo cresceu mais
do que Brasil no governo Lula.
A reportagem "Candidatos distorcem dados em duelo", de Gustavo
Patu e Marta Salomon, veiculada
em 10/10 (caderno Brasil), por sua
vez, não informa ao leitor que o Estado teve, de fato, um desempenho
melhor do que a média brasileira
durante o governo Lula.
As estatísticas do IBGE e da Fundação Seade atestam que Alckmin
tem razão. Entre 2003 e 2005, segundo o IBGE, o Brasil cresceu
7,85%. No mesmo período, o Estado de São Paulo, na época governado por Alckmin, cresceu 8,52% ou
10,6%, a depender da estatística
utilizada. Se for usada a série da
Fundação Seade para os três anos,
o crescimento é de 8,52%. Se for o
dado do IBGE para 2003 e da Fundação Seade para 2004 e 2005, o resultado é 10,6%. O IBGE ainda não
calculou o crescimento dos Estados
para os dois últimos anos."
Fernando Guedes , assessoria de imprensa de
Geraldo Alckmin (São Paulo, SP)
Resposta do jornalista Gustavo
Patu - O candidato Geraldo Alckmin afirmou, no debate, que em
seu governo a economia de São
Paulo cresceu "muito mais" que
a do Brasil. Não é verdade. Em
seu período como governador,
de 2001 a 2005, o Estado teve
crescimento médio anual de
2,15%, pouco abaixo da média
nacional, de 2,19%. Sua assessoria quer limitar a comparação
ao período 2003-2005, mas,
ainda assim, a diferença em favor do Estado é irrisória: média
paulista de 2,76% ao ano e média nacional de 2,57%. Em qualquer comparação, só faz sentido
usar, para o Estado, a série da
Fundação Seade, a única que
compreende os anos de 2004 e
2005.
Promessas tucanas
"Ao ler a manchete de ontem
("Para atrair PDT, Alckmin faz carta
antiprivatização'), lembrei-me de
outro documento, também assinado por um tucano, que prometia aos
eleitores paulistas manter o Banespa como banco estatal. A carta, que
muitos banespianos guardam até
hoje, foi assinada pelo então candidato ao Palácio dos Bandeirantes,
Mario Covas, e enviada aos milhares de empregados do banco às vésperas das eleições de 1994. "Meu
compromisso é o de resgatar a grandeza e tradição do Banespa, bem como a dignidade de seus funcionários (...)", dizia trecho da missiva.
Se nem Mario Covas, de longe o
melhor de todos os tucanos, conseguiu cumprir sua palavra, imagine
então se Alckmin, que liderou o
processo de privatização em São
Paulo, irá manter a promessa de
não vender as poucas empresas federais que restaram do governo
FHC."
AIRTON GOES (São Paulo, SP)
Sono tranqüilo
"Por que o PT e o presidente Lula
não abrem a caixa-preta do dossiê?
Será que o presidente está mentindo e sabe que o conteúdo da caixa-preta vai respingar em Vossa Excelência? Por que ele não acaba logo
com isso e pede a seus aliados que
foram pegos com o dinheiro que falem tudo o que sabem, mostrando
que realmente não tem nada com
isso?
Não precisa da Polícia Federal."
MARCUS LUCIANO VILLAR (Itapevi, SP)
Dossiê
"A Folha deve uma explicação a
seus leitores depois da reportagem
da revista "CartaCapital" deste fim
de semana. A revista aponta uma
manipulação das imagens na Primeira Página da edição de véspera
do pleito e uma omissão de informações sobre as fotos e o processo
de investigação da Polícia Federal.
A reportagem de "CartaCapital" é
bem apurada e não deve ser ignorada pelo ombudsman."
PEDRO GABRIEL DELGADO (Rio de Janeiro, RJ)
Nota da Redação - A Constituição brasileira garante o direito
ao sigilo da fonte. Por isso, a Folha não publicou o nome do delegado que vazou as fotos, já que
elas foram obtidas com esse
compromisso. No dia seguinte,
o próprio delegado assumiu publicamente a responsabilidade
pela distribuição das fotos aos
jornalistas, o que foi registrado,
com menção na Primeira Página. Nesse mesmo dia, a Folha
também publicou as opiniões
do governo e do PT sobre o episódio. A publicação das fotos tinha evidente interesse público.
Usina
"No texto "Usina em MT consolida crime ambiental" (Dinheiro,
11/10) foram cometidas impropriedades. Afirmar que o EIA/Rima do
Aproveitamento Hidrelétrico Dardanelos é "fajuto" afronta não só as
empresas Eletronorte e Odebrecht
mas também o órgão responsável
pelo licenciamento, a Secretaria de
Meio Ambiente de Mato Grosso.
O cálculo da energia assegurada
dos empreendimentos hidrelétricos obedece a parâmetros e metodologias legalmente instituídos, de
responsabilidade direta da Empresa de Pesquisa Energética. O processo passa pela validação do Operador Nacional do Sistema Elétrico
(ONS) e da Aneel. A audiência pública realizada em Aripuanã não
apresentou o valor de 99 MW para
a energia assegurada do empreendimento. O valor de 155 MW resulta de cálculo feito pela EPE, com
base nas vazões ratificadas pela
ANA. Como já esclarecemos ao jornal, no período de cheia, os saltos
manterão a exuberância atual. A
vazão máxima será reduzida de
2.100 m3/s para 1.800 m3/s. No período de estiagem, ficou assegurada
vazão mínima 21 m3/s. Nas duas situações, serão preservadas a paisagem cênica e a fauna e flora locais.
Quanto ao Proecotur, os esclarecimentos feitos no Relatório de
Atendimento aos Condicionantes
da Licença Prévia são absolutamente contundentes para desmontar o apelo econômico e emocional
feito na reportagem."
ZENON PEREIRA LEITÃO, coordenador de
Comunicação e Relacionamento Empresarial da
Eletronorte (Brasília, DF)
Resposta do jornalista Claudio
Angelo - O EIA-Rima não avalia
as linhas que conectam a usina
ao Sistema Interligado Nacional, ignora que o Ibama quer
criar uma unidade de conservação na área e teve cálculos de
vazão remanescente alterados
nada menos do que três vezes.
O valor de 99 MW está em uma
apresentação da própria Eletronorte. A reportagem não informou que "a Eletronorte admite
que a usina acabará com as cachoeiras". Apenas citou um documento da própria empresa
que diz que "as alterações a serem desencadeadas pela implantação do empreendimento
(...) gerando alterações irreversíveis nas cachoeiras, interferem negativamente no potencial natural de atração do turismo para o município".
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