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Religião
As cenas mais deprimentes
que me lembro de ter assistido
nesta eleição foi o desespero dos
candidatos à Presidência tentando mostrar a sua fé aos crentes.
Ambos são mais ateus que Bakunin, Nietzsche, Einstein, Saramago e Carl Sagan juntos, mas sem
0,0000000001% da inteligência
e da integridade deles. Para um
ateu "apolítico", um crente é alguém que precisa de ajuda para
enxergar a verdade, e nada mais.
O religioso é ser humano carente de conhecimento e cultura
que baseia todas as suas necessidades em um amigo invisível para conseguir suportar o sofrimento da realidade da existência
na no planeta Terra, drogando-se de esperança crendo em algo
que nunca acontecerá. Os ateus
não enganam e não usam a ingenuidade dos crentes para chegar
ao poder e ganhar muito dinheiro e admiração. O que Dilma e
Serra estão fazendo é uma grande farsa: enganam os crentes do
Brasil visando apenas o poder.
ANDRÉ LUÍS DE OLIVEIRA LEITE (Pelotas, RS)
Como historiador e cristão
ecumênico de origem católica
que sou hoje, preocupa-me essa
"religiosidade" fundamentalista
que alguns tentam impor na
atual campanha. Se o próprio
Cristo não discriminou ninguém,
os que pregam um adesismo
obrigatório às suas crenças por
parte dos dois candidatos que
disputam o poder adotam uma
postura anticristã. Que no dia 31
votemos serenamente com nossas convicções, lembrando sempre que o Estado é laico e deve
assim continuar, para evitarmos
tragédias de origem religiosa que
aqui felizmente não tivemos e
não teremos, se Deus quiser.
JOSÉ DE ANCHIETA NOBRE DE ALMEIDA (Rio de Janeiro, RJ)
Câmbio
A Folha traz neste sábado uma
reportagem sobre o valor do Big
Mac no mundo e no Brasil ("Big
Mac caro no Brasil mostra real valorizado", pág. B15). A tabela demonstra não só a valorização da
moeda brasileira, como diz a
"The Economist", mas que o custo de vida no Brasil é um dos
maiores do mundo. Mas isso se
justifica, pois a pujança da economia brasileira é a maior dos últimos 50 anos. Essa aceleração
implica uma melhora no bem estar social, mas determina também o aumento dos preços praticados pelo mercado.
CÉLIO GURFINKEL MARQUES DE GODOY (São Paulo, SP)
Dersa
A situação do assessor do governo do Estado de São Paulo
que recentemente foi demitido
por motivos ainda não esclarecidos merece a devida atenção. E
não apenas por uma questão
eleitoreira, mas para demonstrar
que efetivamente as suas atitudes nada tinham a ver com o ex-governador do Estado e agora
candidato a presidente que, por
sinal, mostrou insegurança ao
ser entrevistado sobre o assunto,
chegando a alegar que não o conhecia. A imprensa mais uma
vez tem a oportunidade de demonstrar sua capacidade de investigar e não apenas ficar na denúncia vazia ou parcial.
URIEL VILLAS BOAS (Santos, SP)
Privatizações
Com relação à enquete sobre
"Privatizações" ("Tendências/
Debates", 16/10), será que as estatais que foram privatizadas só
poderiam ser rentáveis, bem geridas e ambientalmente corretas
se administradas pela iniciativa
privada, uma vez que quase todas já eram extremamente lucrativas, a exemplo da Cesp e da Vale do Rio Doce? Vale ressaltar a
Petrobras, que é gerida pelo Poder Público há várias gerações.
JOSÉ ROBERTO GONÇALVES (Rio Claro, SP)
Todas as vezes que leio artigos
associando empresas estatais ao
interesse nacional fico imaginando o que é mais relevante para o país numa situação extrema,
como uma guerra. Durante a Segunda Guerra Mundial certamente não existia matéria prima
mais importante do que o petróleo para os EUA, que combateu
em duas frentes. No entanto,
suas empresas de exploração, refino e distribuição eram privadas
e cumpriram sua missão com
grande eficiência. No caso do
Brasil, que nem refinaria possuía, nada foi mais importante
que o porto de Santos, uma concessão privada por 90 anos. Como ressaltou Sabino Ometto, cabe ao Estado fiscalizar com eficiência e não ser empresário, politizando o que deve ser técnico.
ROBERTO CASTRO (São Paulo, SP)
Vices
Entre os dois candidatos ao segundo turno, não consigo fazer
opção por nenhum. Mas, seja
qual for o vencedor, desejo-lhe
vida longa. Imagine se, por obra
do acaso ou ironia do destino,
ele venha a falecer logo após a
posse. Seríamos governados por
Michel Temer ou Indio da Costa.
Socorro! Mas esta tragédia certamente não ocorrerá: ambos são
íntimos de Deus. E Deus, apesar
de cansado desta palhaçada, é
brasileiro e não haverá de punir
190 milhões de inocentes.
MARCOS MARCONDES (Salto, SP)
Justiça na escola
Se o defensor público Renato
Khair ("Painel do Leitor", 16/10)
acha assim tão nefanda a decisão do juiz de Fernandópolis, tenho uma sugestão a fazer: que
ele, em nome da Defensoria Pública, peça a guarda provisória
da adolescente e, com todas as
responsabilidades e deveres do
"cargo", que tente ele educá-la,
incluindo aí forçá-la a frequentar
as aulas! O pobre juiz só fez cumprir o ECA, que pessoas como o
sr. Khair aliás acham o máximo!
PAULO BOCCATO (São Carlos, SP)
Dengue
Um novo tipo de dengue está
no ar. O mosquito é o mesmo,
mas o vírus é diferente. É necessário repetir a mesma informação várias vezes para que todos
fixem o aprendizado. Algumas
pessoas contraíram dengue duas
vezes. Isto é, vale a pena prevenir as doenças. A dengue é uma
doença de cunho social e não individual. O tratamento requer o
apoio de todos! Na água limpa e
parada é que os mosquitos procriam. Se todos nos unirmos com
o propósito de evitar o acúmulo
de água estaremos sendo cidadãos fraternos e estaremos pensando no bem comum.
PAULO ROBERTO GIRÃO LESSA (Fortaleza, CE)
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