São Paulo, domingo, 17 de outubro de 2010

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros

PAINEL DO LEITOR

O "Painel do Leitor" recebe colaborações por e-mail (leitor@uol.com.br), fax (0/xx/11/3223-1644) e correio (al.Barão de Limeira, 425, 4º andar, São Paulo-SP, CEP 01202-900). As mensagens devem ser concisas e conter nome completo, endereço e telefone. A Folha se reserva o direito de publicar trechos.

Leia mais cartas na Folha Online
www.folha.com.br/paineldoleitor

Religião
As cenas mais deprimentes que me lembro de ter assistido nesta eleição foi o desespero dos candidatos à Presidência tentando mostrar a sua fé aos crentes.
Ambos são mais ateus que Bakunin, Nietzsche, Einstein, Saramago e Carl Sagan juntos, mas sem 0,0000000001% da inteligência e da integridade deles. Para um ateu "apolítico", um crente é alguém que precisa de ajuda para enxergar a verdade, e nada mais.
O religioso é ser humano carente de conhecimento e cultura que baseia todas as suas necessidades em um amigo invisível para conseguir suportar o sofrimento da realidade da existência na no planeta Terra, drogando-se de esperança crendo em algo que nunca acontecerá. Os ateus não enganam e não usam a ingenuidade dos crentes para chegar ao poder e ganhar muito dinheiro e admiração. O que Dilma e Serra estão fazendo é uma grande farsa: enganam os crentes do Brasil visando apenas o poder.
ANDRÉ LUÍS DE OLIVEIRA LEITE (Pelotas, RS)

 

Como historiador e cristão ecumênico de origem católica que sou hoje, preocupa-me essa "religiosidade" fundamentalista que alguns tentam impor na atual campanha. Se o próprio Cristo não discriminou ninguém, os que pregam um adesismo obrigatório às suas crenças por parte dos dois candidatos que disputam o poder adotam uma postura anticristã. Que no dia 31 votemos serenamente com nossas convicções, lembrando sempre que o Estado é laico e deve assim continuar, para evitarmos tragédias de origem religiosa que aqui felizmente não tivemos e não teremos, se Deus quiser.
JOSÉ DE ANCHIETA NOBRE DE ALMEIDA (Rio de Janeiro, RJ)

Câmbio
A Folha traz neste sábado uma reportagem sobre o valor do Big Mac no mundo e no Brasil ("Big Mac caro no Brasil mostra real valorizado", pág. B15). A tabela demonstra não só a valorização da moeda brasileira, como diz a "The Economist", mas que o custo de vida no Brasil é um dos maiores do mundo. Mas isso se justifica, pois a pujança da economia brasileira é a maior dos últimos 50 anos. Essa aceleração implica uma melhora no bem estar social, mas determina também o aumento dos preços praticados pelo mercado.
CÉLIO GURFINKEL MARQUES DE GODOY (São Paulo, SP)

Dersa
A situação do assessor do governo do Estado de São Paulo que recentemente foi demitido por motivos ainda não esclarecidos merece a devida atenção. E não apenas por uma questão eleitoreira, mas para demonstrar que efetivamente as suas atitudes nada tinham a ver com o ex-governador do Estado e agora candidato a presidente que, por sinal, mostrou insegurança ao ser entrevistado sobre o assunto, chegando a alegar que não o conhecia. A imprensa mais uma vez tem a oportunidade de demonstrar sua capacidade de investigar e não apenas ficar na denúncia vazia ou parcial.
URIEL VILLAS BOAS (Santos, SP)

Privatizações
Com relação à enquete sobre "Privatizações" ("Tendências/ Debates", 16/10), será que as estatais que foram privatizadas só poderiam ser rentáveis, bem geridas e ambientalmente corretas se administradas pela iniciativa privada, uma vez que quase todas já eram extremamente lucrativas, a exemplo da Cesp e da Vale do Rio Doce? Vale ressaltar a Petrobras, que é gerida pelo Poder Público há várias gerações.
JOSÉ ROBERTO GONÇALVES (Rio Claro, SP)

 

Todas as vezes que leio artigos associando empresas estatais ao interesse nacional fico imaginando o que é mais relevante para o país numa situação extrema, como uma guerra. Durante a Segunda Guerra Mundial certamente não existia matéria prima mais importante do que o petróleo para os EUA, que combateu em duas frentes. No entanto, suas empresas de exploração, refino e distribuição eram privadas e cumpriram sua missão com grande eficiência. No caso do Brasil, que nem refinaria possuía, nada foi mais importante que o porto de Santos, uma concessão privada por 90 anos. Como ressaltou Sabino Ometto, cabe ao Estado fiscalizar com eficiência e não ser empresário, politizando o que deve ser técnico.
ROBERTO CASTRO (São Paulo, SP)

Vices
Entre os dois candidatos ao segundo turno, não consigo fazer opção por nenhum. Mas, seja qual for o vencedor, desejo-lhe vida longa. Imagine se, por obra do acaso ou ironia do destino, ele venha a falecer logo após a posse. Seríamos governados por Michel Temer ou Indio da Costa.
Socorro! Mas esta tragédia certamente não ocorrerá: ambos são íntimos de Deus. E Deus, apesar de cansado desta palhaçada, é brasileiro e não haverá de punir 190 milhões de inocentes.
MARCOS MARCONDES (Salto, SP)

Justiça na escola
Se o defensor público Renato Khair ("Painel do Leitor", 16/10) acha assim tão nefanda a decisão do juiz de Fernandópolis, tenho uma sugestão a fazer: que ele, em nome da Defensoria Pública, peça a guarda provisória da adolescente e, com todas as responsabilidades e deveres do "cargo", que tente ele educá-la, incluindo aí forçá-la a frequentar as aulas! O pobre juiz só fez cumprir o ECA, que pessoas como o sr. Khair aliás acham o máximo!
PAULO BOCCATO (São Carlos, SP)

Dengue
Um novo tipo de dengue está no ar. O mosquito é o mesmo, mas o vírus é diferente. É necessário repetir a mesma informação várias vezes para que todos fixem o aprendizado. Algumas pessoas contraíram dengue duas vezes. Isto é, vale a pena prevenir as doenças. A dengue é uma doença de cunho social e não individual. O tratamento requer o apoio de todos! Na água limpa e parada é que os mosquitos procriam. Se todos nos unirmos com o propósito de evitar o acúmulo de água estaremos sendo cidadãos fraternos e estaremos pensando no bem comum.
PAULO ROBERTO GIRÃO LESSA (Fortaleza, CE)

Leia mais cartas na Folha Online
www.folha.com.br/paineldoleitor

Serviço de Atendimento ao Assinante: 0800-775-8080
Grande São Paulo: 0/xx/11 3224-3090
www.cliquefolha.com.br

Ombudsman: 0800-15-9000
ombudsman@uol.com.br
www.folha.com.br/ombudsman


Texto Anterior: Giuseppe Cocco: Dilma é garantia do processo democrático

Próximo Texto: Erramos
Índice | Comunicar Erros



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.