São Paulo, sexta-feira, 17 de novembro de 2006

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PAINEL DO LEITOR

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Privatização
"Incompleta a análise do doutor Alexandre Schwartsman sobre os efeitos da privatização das estatais brasileiras no artigo "Privatização "marvada" (Dinheiro, 15/11). Diz Schwartsman que a dívida pública seria maior hoje caso não tivesse ocorrido o processo de desestatização.
O economista se esqueceu de que um dos motivos de a dívida pública ter aumentado tanto no governo de Fernando Henrique Cardoso foi justamente o fato de o governo ter assumido os gastos com encargos e aposentadorias dos demitidos das estatais?
Esqueceu-se também de que a maioria (se não todas elas) das empresas foi vendida em várias parcelas? Isso derruba a tese de que o dinheiro teria servido para abater a dívida. Depois ele ainda pergunta por que os tucanos não defenderam a privatização durante a campanha. Eles devem saber o que o doutor parece ter esquecido."
GEORGE ARAVANIS (Hortolândia, SP)

Ensino religioso
"A leitora Anete Araújo Guedes manifestou neste periódico ("Painel do Leitor", pág. A3, 16/11) a sua posição contrária ao ensino religioso nas escolas públicas alegando que a religião é algo "de foro íntimo, que deve permanecer restrita aos lares e às igrejas".
Essa opinião, muito freqüente, ignora que a grande maioria da população brasileira é muito religiosa e que o Estado laico não é aquele que fecha os olhos para o fenômeno religioso.
É triste verificar que, na sociedade atual, em nome do Estado laico, muitos meios de comunicação permitem que, nos temas polêmicos (ensino religioso, aborto, casamento gay etc.), todos opinem, menos as igrejas, cujas convicções devem ficar encurraladas nos lares e nas igrejas. Isso é pluralismo?"
ROBERTO VIDAL DA SILVA MARTINS (São Paulo, SP)

Mundo fashion
"Casos como o da modelo Ana Carolina Reston (Cotidiano, 15/11) vêm nos mostrar a realidade do tal "mundinho fashion': anorexia, hipocrisia e neurose."
LUIZ CLÁUDIO BRAIT (Americana, SP)

Cracolândia
"Seria interessante saber o que o plano de Jaime Lerner para o bairro da Luz, qualificado por Gilberto Dimenstein como "uma maravilhosa agulhada na "cracolândia" (Cotidiano, 15/11), contempla para a recuperação dos usuários de crack.
Ainda que não seja responsabilidade do brilhante arquiteto, como não foi a declaração da área como de utilidade pública e a sua transformação em um miniparaíso fiscal para quem quer investir e pagar menos imposto, inaceitável é que um empreendimento que gerará milhões em benefícios seja incapaz de recuperar centenas de cidadãos.
Espero que, em relação a estes, seja feito algo além de tornar-lhes impossível ali permanecer."
ANTONIO BARRETTO DOS SANTOS (Rio de Janeiro, RJ)

Lista da OAB
"Em relação à reportagem "OAB inclui mais nomes na lista de "personae non gratae" (Cotidiano, 16/11), a OAB-SP esclarece que não houve exclusão de nomes que figuravam na primeira relação. Na verdade, houve a baixa de um nome devido a morte e, na consolidação do cadastro, realizado na sexta-feira passada, todas as datas de publicação de desagravos e moções no "Diário Oficial" do Estado foram checadas. No caso de dúvidas, o processo foi desarquivado. Assim sendo, alguns nomes passaram por verificação e foram novamente incluídos.
Também é necessário esclarecer que os nomes das autoridades que violaram as prerrogativas de advogados vêm sendo divulgados no link da Comissão de Direitos e Prerrogativas, no site da OAB-SP, desde o início desta gestão (2004).
Quanto aos acréscimos de novos nomes, devem-se a dois fatores:
1 - Foram incluídos os casos de reincidência, que não constavam da versão anterior;
2 - Desde a primeira publicação da relação foram realizadas novas sessões do Conselho de Prerrogativas da OAB-SP, havendo, por conseguinte, o deferimento de novos desagravos e moções de repúdios."
MÁRCIA REGINA MACHADO MELARÉ, presidente em exercício da OAB-SP (São Paulo, SP)

Nota da Redação - A informação de que a lista passou a ser divulgada recentemente no site da OAB-SP foi dada em 8 de novembro pelo presidente da Comissão de Direitos e Prerrogativas da OAB-SP, Mário de Oliveira Filho.

Paz
"O texto de Ives Gandra de 15/11 ("O avanço do terrorismo", "Tendências/Debates'), lúcido e corajoso, verbera a insana obsessão do senhor Bush, fabricante de mártires. Razão tem o respeitável autor: só o diálogo adulto contribuirá para resgatar a paz entre os povos."
JOSÉ FERNANDES FILHO, presidente da comissão executiva do Colégio Permanente de Presidentes de Tribunais de Justiça (Belo Horizonte, MG)

Povinho
"Em reportagem publicada ontem ("Gastos com servidores e INSS barram alta do investimento", Dinheiro), o jornalista Gustavo Patu confirma a tese preferida da elite brasileira: o povo atrapalha o país.
Não fossem os funcionários públicos (burocratas, médicos, cientistas, fiscais, professores e toda essa multidão que dificulta o investimento público), e ainda os aproveitadores das régias benesses do INSS, sobraria farto volume de recursos para facilitar a ação dos angelicais e patrióticos banqueiros, através do Proer e de outras medidas, para promover o espetáculo do desenvolvimento -ou ainda para que os sacrificados empresários conseguissem empréstimos a juros negativos no BNDES, claro, para realizar investimentos cujos lucros reverteriam para a felicidade geral.
O país dos banqueiros e industriais é bom; o povinho é que atrapalha."
DÉCIO EDUARDO VALADARES (Belo Horizonte, MG)

Partido
"Como levar a sério as instituições partidárias no Brasil? O mestre "Houaiss" ensina que "partido" é "a organização social espontânea que se fundamenta numa concepção política ou em interesses políticos e sociais comuns e que se propõe alcançar o poder". De um lado, temos um PMDB que caminha célere para garantir seu quinhão na máquina administrativa do mandato do presidente Lula. De outro lado, temos o próprio presidente do partido, Michel Temer, declarando posição de independência absoluta em relação à presença do PMDB no próximo governo.
Que interesses comuns movem o PMDB? Fragmentado do jeito que está, quando o partido irá conquistar o poder central?"
SINVALDO DO NASCIMENTO SOUZA (Rio de Janeiro, RJ)

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