São Paulo, sábado, 17 de dezembro de 2005

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Casa do Saber
"O prefeito José Serra nunca pediu a saída dos jornalistas presentes à aula promovida pela Casa do Saber, diferentemente do que foi publicado ontem em reportagem à página A7 ("Serra exige que imprensa deixe evento'). A solicitação foi feita pela própria direção da Casa do Saber diante da justa recusa do prefeito em prosseguir com a palestra ao tomar conhecimento, no intervalo, da inesperada presença de jornalistas. A assessoria do prefeito foi clara ao solicitar previamente à Casa do Saber que a aula fosse direcionada aos alunos do curso de forma que o prefeito, ali na condição de professor, pudesse tecer comentários de maneira livre, como o fez, sem se preocupar com as repercussões extra-acadêmicas que a eventual publicação dessas opiniões pudesse ensejar. A Casa do Saber interpretou erroneamente essa solicitação e, por isso, desculpa-se com o prefeito, com sua assessoria e também com os profissionais e órgãos de comunicação envolvidos. Agradece ao professor Serra por ter, apesar do imprevisto, prosseguido com a aula programada."
Mario Vitor Santos, diretor-executivo da Casa do Saber (São Paulo, SP)

Varig
"Em entrevista à Folha, o vice-presidente da República e ministro da Defesa, José Alencar, disse que "há um sentimento nacional em relação à Varig (...) A Varig foi a companhia que primeiramente começou a voar para Nova York, Tóquio, Londres, Frankfurt, Roma e Paris" ("Alencar diz que governo "não pode" interferir, Dinheiro, 14/12). Esqueceu o senhor ministro que foi a então gigante Panair do Brasil -essa, sim, venerada e celebrada em prosa e verso- que abriu as primeiras linhas internacionais para o país, em 1946. Esqueceu também que, em 1965, em ato ilegal e autoritário, o governo militar cassou, sem aviso prévio ou direito de defesa, as concessões da Panair, transferindo-as para a Varig, então coadjuvante no palco da aviação comercial brasileira, que, convenientemente, como já estivesse preparada, assumiu no mesmo dia as rotas européias daquela companhia. Esqueceu-se, por fim, o vice-presidente, do fato mais curioso nessa história toda: em cinco dias, o governo decretou a falência da Panair sem que houvesse qualquer título protestado, débito vencido ou atraso nos salários dos empregados. Coisas da história que caem no esquecimento."
Daniel Leb Sasaki, jornalista, autor do livro "Pouso forçado" (São Paulo, SP)

Homenagem
"Gostaria de parabenizá-los pelo belo e carinhoso artigo de Luís Nassif que homenageou Maneco Müller ("As lendas do Rio de Janeiro", Dinheiro, 11/12). Trabalhamos no "Última Hora", em 1975. Eu era o editor de arte do jornal e tinha o prazer de diagramar a coluna "Jacinto de Thormes'; ele, uma pessoa amável, bem humorada e amiga. Aqui, no Rio de Janeiro, acho que ninguém escreveu um texto tão bonito e sincero como o de Nassif. Não o conheço, mas desde então passei a admirá-lo."
Laerte Gomes (Rio de Janeiro, RJ)

Caixa dois e cartel
"O senhor Orestes Prata Tibery Júnior, presidente da ABCZ (Associação Brasileira dos Criadores de Zebu), na reportagem "Troca de governo é esperança, diz pecuarista" (Dinheiro, 16/12), afirmou que uma redução na carga tributária do mercado de carne pode acabar com o cartel e o caixa dois. Se não houver redução de impostos, significa que os dois crimes continuarão existindo. Isso é mais uma contundente demonstração de que o economista João Sayad estava absolutamente certo quando apresentou o inquietante questionamento sobre o caixa dois do PT: " O mistério é saber por que foi revelado. A indignação da elite é mentirosa. O escândalo, artificial" (Opinião, 15/8).
Marcos Videira (São Paulo, SP)

USP
"Com todo o respeito à carta que o professor Marcelo Henrique Romano Tragtenberg encaminhou à Folha, deve-se ter em mente que o problema da USP não é com negros ou com índios. Não adianta dar à questão rebuscamentos acadêmicos: negros e índios não entram na USP porque não possuem renda para pagar bons colégios e ficam à mercê de pífias escolas públicas. A matemática da questão é bem simples: aumente-se a renda dessas famílias (negros e índios) e elas terão mais acesso à educação e melhores posições no mercado de trabalho. As próximas gerações terão mais chances na vida (na vida, e não apenas na universidade). Não há mágica nisso: há que combater a desigualdade. Não podemos perder o foco da questão com teorias conspiratórias."
Mauro Kusznir (São Paulo, SP)

Luz
"Diferentemente do que foi publicado na reportagem "Comissão aponta indícios de crime de Marta" (Brasil, 14/12), a Eletrobrás não "repassou R$ 187 milhões à Eletropaulo para a modernização de 430 mil pontos de iluminação". A Prefeitura de São Paulo firmou com a Eletropaulo a contratação do Reluz em outubro de 2002, prevendo um financiamento com a Eletrobrás de R$ 113,4 milhões para a troca de aproximadamente 420 mil lâmpadas de mercúrio pelas de sódio, tendo por base custos orçados no ano 2000. O município assumiu contrapartida de 25%. Em 2004, foi assinado um aditivo ao contrato de 2002, atualizando em 23% os valores da operação. Não houve alteração nas quantidades de trocas de lâmpadas programadas, e foi incluída cláusula que permite a utilização dos materiais retirados como parte de pagamento, uma economia da ordem de R$ 7 milhões. Com esse ajuste, o empréstimo foi corrigido para R$ 140,2 milhões, e a contrapartida do município foi para R$ 46,7 milhões, perfazendo R$ 187 milhões de investimentos na melhoria da iluminação pública. O desembolso inicial foi da ordem de 10% do empréstimo de R$ 140,2 milhões por parte da Eletrobrás à Eletropaulo. Novas liberações da Eletrobrás aconteceriam à medida dos avanços do cronograma físico (medição dos serviços executados) ao longo do contrato."
Valdemir Garreta, ex-secretário municipal de Abastecimento e Projetos Especiais na gestão Marta Suplicy (São Paulo, SP)

Nota da Redação - Leia abaixo a seção "Erramos".

Boas-festas

"A Folha agradece e retribui os votos de boas-festas recebidos de: Alaíde e Orestes Quércia (São Paulo, SP); Celita Procopio de Carvalho, presidente do Conselho de Curadores da Fundação Armando Alvares Penteado (São Paulo, SP); Jens Olesen, McCann-Erickson Publicidade (São Paulo, SP); Antonio Carlos dos Reis, presidente do Sindicato dos Eletricitários de São Paulo (São Paulo, SP); Luiz Fernando Beraldo e Maria Cristina Ramos, SCR Consultores de Investimentos S/C Ltda. (São Paulo, SP); Sandra Semeghini (São Paulo, SP).


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