São Paulo, domingo, 17 de dezembro de 2006

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PAINEL DO LEITOR

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Salários no Congresso
"A nação recebe, indignada, a notícia do aumento salarial dos nobres parlamentares. Que vergonha! Com que rapidez conseguiram chegar a um consenso. Pena que essa rapidez não se aplique a votações e a decisões de interesse do país e do povo. Os tais "acordos entre os líderes" demandam dias, meses de intermináveis reuniões, para que, na maioria das vezes, nada aconteça."
MARIA DE FÁTIMA MANO DE MELLO (Monte Aprazível, SP)

"É incompatível com os mais elementares princípios éticos admitir que os agentes políticos, eleitos pelo povo, se arroguem o poder de fixar a sua própria remuneração pelo exercício do mandato popular.
Eis por que o Fórum da Cidadania para a Reforma Política, lançado pela Ordem dos Advogados do Brasil, já apresentou proposta determinando que os subsídios dos parlamentares e dos chefes do Poder Executivo só possam ser pagos após a sua formal aprovação em referendo popular."
FÁBIO KONDER COMPARATO, coordenador do Fórum da Cidadania para a Reforma Política (São Paulo, SP)

"Escutei na rádio um deputado dizer que, por um lado, foi bom esse aumento, porque se criou uma regra para o gatilho salarial -a vinculação ao salário dos ministros do STJ- que até então não existia. Se é por falta de regra, sugiro uma: o aumento dos salários dos deputados fica vinculado ao aumento do salário mínimo. É uma regra, não é?"
PAULO AVANCINI (São Paulo, SP)

"É de causar indignação. É uma brincadeira de mau gosto. Como agüentar uma situação desta? Esses três Poderes brasileiros são uma coisa de maluco, não estão nem aí para as dificuldades do país.
Já temos um judiciário (com letra minúscula mesmo) inoperante e injusto; um executivo que só age em época de eleições (veja as estradas, que só foram reparadas na ocasião em que era bem interessante para o governo, e não para o povo); um parlamento ineficiente, corporativista e, em grande parte, corrupto. E esses parlamentares ainda se acham com direito a um salário mensal de R$ 25 mil. Isso sem falar nas verbas extras."
LYDIO COSTA REIS FILHO (Leopoldina, MG)

"Bom, muito mais fácil do que pagar mensalão é aumentar os salários dos deputados. Tudo ocorre de forma legal e todos ficam felizes, sem CPI sem nada."
ANDERSON NOGUEIRA NUNES (Belo Horizonte, MG)

"É simplesmente vergonhoso esse aumento. Eu trabalho numa indústria de plásticos e nosso dissídio, em novembro, foi de 3%. Além de não colaborarem para resolver os problemas do pais, os políticos não são capazes nem de disfarçar sua ganância e seu único interesse, que é o dinheiro."
CRISTIANE MESQUITA GERALDO (Santo André, SP)

"A temporada da sem-vergonhice está aberta. Vendo que Lula, cujo governo está envolvido até o pescoço em casos de corrupção, foi reeleito com folga, deputados e senadores entenderam tal fato como sinal verde para suas bandalheiras e não tiveram pejo de dobrar seus salários -numa época em que se busca a indispensável contenção de despesas e em que se discute se o aumento do salário mínimo será de 3% ou 4%."
ANTONIO CARLOS R. SERRANO (Valinhos, SP)

"É uma vergonha o que estamos observando nos últimos dias. Esse aumento que os parlamentares se deram é mesmo de tirar qualquer esperança de um Brasil melhor. Sou doutorando em física na PUC-Rio, recebo uma bolsa miserável de R$ 1.770 por mês e vejo que com R$ 12 mil esses maus elementos ainda não estão satisfeitos."
EDSON VERNEK (Rio de Janeiro, RJ)

Erro médico
"Em relação à reportagem "Justiça inocenta 65% dos médicos acusados de erro" (Cotidiano, 15/12), gostaria que também fosse publicado que isso ocorre porque, na grande maioria dos casos que chegam à Justiça, os médicos são realmente inocentes e, freqüentemente, vítimas de um sistema de saúde perverso que contrapõe, de um lado, a massa populacional miserável e indigente e, de outro, o médico mal remunerado, esgotado e exaurido pela jornada de cinco plantões semanais para sobreviver.
Tudo isso chancelado pelo Estado, que não cumpre sua obrigação constitucional de oferecer saúde de qualidade e com resolutividade a todos os brasileiros."
JOÃO CID GODOY PEREIRA, médico e advogado (Mococa, SP)

Lixo
"Em relação ao texto "Crise do lixo derruba secretário de Serviços" (Cotidiano, 15/12), esclareço que em nenhum momento disse que os serviços de limpeza deveriam ser transferidos para grandes empresas com favoritismo a quem quer que seja.
Fiz, sim, um comentário conceitual de que, em uma cidade com a dimensão e a complexidade de São Paulo, o serviço de limpeza deveria ser prestado por empresas que tenham porte, competência e confiabilidade, e que a coleta e a varrição, pela lógica, deveriam ser feitas pela mesma empresa, o que proporcionaria melhores resultados e menos custos à cidade."
ANDREA MATARAZZO, secretário de Coordenação das Subprefeituras (São Paulo, SP)

Nota da Redação - Leia abaixo a seção "Erramos".

Boas-festas
"A Folha agradece e retribui os votos de boas-festas recebidos de: Ricardo Corrêa de Oliveira Martins, diretor-presidente, Eugênio Brito, consultor, e Omar Abou Samra, secretário-executivo da Fundação Casimiro Montenegro Filho (São Paulo, SP); Lucila Ribeiro, assessoria de imprensa do Grupo Gerdau (São Paulo, SP); Berardino Antonio Fanganiello, Iate Clube de Santos (Santos, SP); Accesso Assessoria de Comunicação (São Paulo, SP); Artur Mancuso Lopes (São Paulo, SP); Paulo Dias Neme e Maria Apparecida Tricta Sallum Neme (São Paulo, SP).

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