São Paulo, quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

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PAINEL DO LEITOR

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Vereadores
"É absolutamente espantoso o grau de desfaçatez de nossos parlamentares ("Senado deve votar hoje PEC que cria 7,8 mil vagas de vereadores", Brasil, ontem).
No Senado Federal, casa criada para ser a representante dos Estados, um filtro legislativo, composto por políticos responsáveis e experientes, discute-se essa proposta.
E o que nossos senadores comentam? Que são pressionados por vereadores derrotados nas últimas eleições. Que devem aprovar o projeto por acordo de lideranças. Acordos e conchavos não faltam.
Não se escuta uma só palavra, nem um argumento sequer, sobre a real necessidade de mais 7.000 vereadores, cujos cargos já foram extintos em boa hora pelo TSE.
Precisamos de mais 7.000 cargos? Teremos algum progresso social, político, econômico? Os Legislativos municipais funcionarão melhor com os novos eleitos? Certamente que não.
Se os senadores, que deveriam ser a nata de nossa classe política, não se interessam pelo bem público, como poderemos exigir algo dos vereadores de nossos já paupérrimos municípios?"
MARCUS VINICIUS PEREIRA DE CASTRO , professor de direito administrativo da Universidade Fumec (Belo Horizonte, MG)

Santa Catarina
"Que fato vergonhoso para o Exército do Brasil! Militares furtando e desviando descaradamente produtos doados às vítimas das chuvas em Santa Catarina.
Que conduta obscena e imprópria. É realmente imperdoável aproveitar-se do sofrimento alheio e da boa vontade de todos aqueles que fizeram as doações.
Esses maus militares (cujos nomes nem sequer foram divulgados, devido ao corporativismo que costuma acobertar tais situações) deveriam ter que devolver tudo o que subtraíram e ser expulsos imediatamente do Exército se a instituição não quer ver sua credibilidade abalada."
ARY BRAZ LUNA (Sumaré, SP)

Ilustrada
"Embora a jornalista Sylvia Colombo tenha uma visão otimista da Ilustrada atual, suas colocações não batem com a realidade ("Hoje, desafios da Ilustrada são outros", ontem).
A verdade é que o caderno não passa de um arremedo de jornalismo cultural. As falhas e omissões são muito maiores do que os acertos -o caderno deixa de cobrir parte importante e substancial das manifestações culturais, tanto como indicação do acontecimento como criticamente. A Ilustrada não aponta tendências, não tem nenhuma antena voltada para o futuro e apenas corre atrás dos modismos quando estes se apresentam -e os repercute.
Sei que o trabalho da jornalista é muito bom, porque o acompanho com interesse. Mas a Ilustrada, como jornalismo cultural, é fraca, não tem uma crítica real dos eventos e deixa muito a desejar."
SERGIO ALEXANDRE ANTUNES DE CARVALHO (São Paulo, SP)

 

"No bairro onde nasci e vivo, não existe biblioteca, museu, teatro, cinema ou universidade. Só há uma base da Polícia Militar, igrejas das mais variadas bandeiras, botecos com mesas de sinuca e escolas com aspecto de presídio.
"Eu não acredito em vocês" e "Não importa se vocês aprendem ou não, no fim do mês, o meu salário é o mesmo" são frases que ouvi em sala de aula da escola pública, proferidas por professores que deveriam me apresentar o mundo.
Não sou especialista em nada, mas, se hoje conheço Marilena Chaui, Oscar Niemeyer, Auguste Rodin, Claude Monet, Devendra Banhart, Maurice Béjart, Antunes Filho, Fiódor Dostoiévski e Bernardo Bertolucci, foi porque os descobri (às vezes tomando emprestado o dinheiro para comprar o jornal) nas páginas da Ilustrada.
Obrigado, Ilustrada, e parabéns pelo seus 50 anos!"
ALISON SALES BEZERRA , 27 anos, ator (São Paulo, SP)

Cartórios
"A Folha está de parabéns por mostrar, em editorial de ontem, a farra dos cartórios e a PEC que será votada pela Câmara e poderá permitir que os titulares não-concursados se efetivem no cargo. É uma pena que poucos cidadãos se dêem conta de o quanto isso onera e atrasa suas vidas, deixando de se manifestar e, com isso, permitindo que essa minoria continue sendo privilegiada."
ORSON MUREB JACOB (Assis, SP)

 

"Afirmar que "o proprietário terá renda assegurada até o fim da vida" (editorial "A farra dos cartórios") é um grande engano, pois o titular do serviço, aprovado em concurso público ou agraciado por benesses dos poderosos de plantão, é constantemente fiscalizado pelo Poder Judiciário e pode perder a delegação caso não preste um serviço público adequado.
Advogar contra o instituto do registro de imóveis, afirmando que sua função pode ser substituída por atividade a ser realizada pela prefeitura, representa, no mínimo, desconhecimento da importância da qualificação dos documentos que transferem a propriedade e do enorme risco de corrupção ou ingerência política que pode ocorrer nas prefeituras do país.
Igualmente inválido é o argumento de que a atividade notarial, ou seja, a intervenção de um tabelião de notas na formação de um contrato, seria totalmente dispensável. As lições da história mostram como é importante a atuação deste terceiro, que é um jurista, imparcial e dotado de fé pública, para a segurança dos próprios contratos e dos contratantes. Os casos da Encol e as mirabolantes hipotecas subprime dos EUA, onde não existe tabelião, representam lições que não devem ser esquecidas."
MARCO ANTONIO DE OLIVEIRA CAMARGO , 2º Tabelião de Notas e Protesto de Letras e Títulos de Matão (Matão, SP)

Boas-festas
A Folha agradece e retribui os votos de boas-festas recebidos de: Anita Catalão Maia e José Agripino, senador pelo DEM-RN (Brasília, DF); Alaíde e Orestes Quércia (São Paulo, SP); Carlos Vogt (Campinas, SP); Andrés Cardó, diretor executivo-geral do Grupo Santillana (São Paulo, SP); Alcides Lopes Tápias, Aggrego Consultores (São Paulo, SP); Eliseu Gabriel, vereador pelo PSB-SP (São Paulo, SP); Paulo Planet Buarque (São Paulo, SP); Sergio Tannuri e família (São Caetano do Sul, SP); Consulado Geral dos Países Baixos (São Paulo, SP).

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