São Paulo, segunda-feira, 18 de fevereiro de 2008 |
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Terra
Arnaldo x Ascher
Ciro "Excelente a entrevista com Ciro, mas faltou perguntar a ele o que o fez mudar tão radicalmente de posição em relação a Lula, que criticava com veemência na campanha de 2002 e, tão logo ela acabou, aceitou ser ministro sem constrangimento. Na campanha, apenas para ficar no que é publicamente citável, Ciro chamou Lula de "oportunista" e "rendido ao sistema". E disse que a eleição dele seria "uma temeridade". Agora, diz que Lula se acomodou ao patrimonialismo, esquecendo-se de que a crítica é uma autocrítica, já que foi ministro por quase quatro anos. E mais: agrava os temores de quem o vê como impulsivo, ao dizer, com orgulho, que alguns de seus interlocutores riem de suas maluquices. Pior: admite que, para um presidente, temperança "é mais do que boa, é necessária", mas afirma, a respeito de si, que só o tempo dirá se ele terá temperança em um hipotético governo seu. É risco demais para nós brasileiros." MARCOS OLINTO (Rio de Janeiro, RJ)
Política na mídia
Tropa dos cartões
Viagens de Lula
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